Lojistas de móveis – Além de ser o maior ponto de encontro e plataforma de negócios entre produtores e distribuidores da cadeia do mobiliário no estado, a Femur, Feira de Móveis de Minas Gerais, também busca ser um espaço de aprendizado e novas experiências tanto para os expositores quanto para os visitantes.
Observando a lacuna que existe no setor moveleiro quando falamos no compartilhamento de informação e troca de insights entre o público lojista, e compreendendo a importância dessa movimentação para o desenvolvimento contínuo do segmento, especialmente frente aos desafios que se estabelecem ao consumo de móveis neste ano, dentre a programação de eventos paralelos da Femur 2022, que se encerra hoje, chamou a atenção a realização do 1º Encontro de Lojistas de Móveis da Femur, atraindo um público surpreendente e já abrindo caminho para futuras edições.
1º Encontro de Lojistas de Móveis da Femur
O evento contou com a participação de importantes nomes do setor moveleiro nacional, que compartilharam tanto da experiência de décadas de atuação no setor como do espírito inovador da nova geração de profissionais da área. O 1º Encontro de Lojistas de Móveis da Femur contou com a presença de:
- Carlos Bessa, CEO da Plataforma Setor Moveleiro, apresentando um “cenário presente e futuro do setor moveleiro” com base em dados consolidados e projeções preliminares levantadas em fontes de consulta oficiais;
- Mário Gazin, fundador do Grupo Gazin, que ministrou a palestra “Uma vida de empreendedorismo”, compartilhando sobre sua jornada e, muito importante, demonstrando erros e acertos, dificuldades e oportunidades que levaram a Gazin ao patamar de referência no qual hoje se encontra;
- Flávio Daniel, CEO da Tradição Móveis, que levou uma nova visão sobre as relações na indústria e no varejo de móveis por meio da palestra “Inovando na gestão”, ao lado de Pablo Oliveira;
- Pablo Oliveira, CEO da Nova Casa Oliveira, responsável pela organização e execução do encontro, que, mesmo num curto espaço de tempo para divulgação e promoção, atraiu centenas de participantes.
Cenário presente e futuro do setor moveleiro
“A ação foi muito importante, pois preencheu um espaço que estava desassistido. Não havia, até então, um projeto com esta característica no Brasil”, aponta Carlos Bessa, que se diz muito satisfeito com a aderência e interação do público.
Satisfação compartilhada pelo organizador do evento, Pablo Oliveira: “Há uma lacuna no setor sobre compartilhamento de informação e troca de insights, com muitos empresários sentindo-se retraídos. O que temos de enfatizar, porém, é que sempre podemos aprender e ensinar um com o outro, na busca por não cometermos os mesmos erros e replicarmos os acertos para um mercado mais positivamente competitivo e qualificado”, explica o CEO da Tradição Móveis.
Questionado sobre como o momento de alta concorrência no setor pode afetar essa troca entre empresários do mesmo segmento, Oliveira ressalta que “não existe um grande segredo, mas sim um conjunto de ações”.
“A grosso modo, podemos dizer que muito da demanda por móveis foi suprida durante o isolamento social. Portanto, a fatia geral do mercado estará menor neste ano, é verdade. No entanto, não podemos nos retrair. O que vai acontecer, então, é que teremos mais empresas disputando mercado. Fazer campanhas que induzam o consumidor a voltar novamente seu olhar para a casa, pode ser um bom caminho, que ajudará a todas. Irá se sobressair, porém, quem for mais eficiente, quem trabalhar melhor sua mídia, quem fizer boas parcerias e acertar na compra dos produtos, entre outros pontos em que a informação é a chave estratégica. Ninguém vai conseguir te copiar da noite para o dia, mas a troca de informações e possíveis soluções, sempre te ajudará a ser melhor”, pontua Oliveira.
Olhar para a casa perdeu força nos últimos meses, impactando negativamente na venda de móveis
O 1º Encontro de Lojistas da Femur ocorreu dias após a divulgação da última edição da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada pelo IBGE, que veio para jogar um balde de água fria nos dados preliminares de fechamento de 2021 no setor moveleiro, de acordo com a instituição.
Enquanto as vendas no comércio geral cresceram 0,6% em novembro, a categoria “móveis e eletrodomésticos” foi responsável pelo maior recuo do mês: -21,5% nas vendas em relação a outubro do mesmo ano. Demonstrando que o olhar para a melhoria das casas tem mesmo perdido fôlego entre os brasileiros.
Embora os resultados do penúltimo mês do ano tenham colocado o varejo nacional num patamar 1,2% superior ao do pré-pandemia, a baixa representatividade da Black Friday nas vendas de novembro ligaram um sinal de alerta para a economia e o consumo no Brasil. Veja todos os principais indicadores em: Black Friday 2021 não alavancou venda de móveis em novembro.