O primeiro turno das Eleições Presidenciais foi ontem (02), levando os candidatos Luiz Inácio “Lula” da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) para a disputa em segundo turno, que ocorre no próximo dia 30 de outubro. Mas, afinal, quais são as pautas prioritárias para a indústria e para o empresariado brasileiro no próximo governo?
Bem, 56% dos empresários apontam a reforma tributária como a principal delas. Entendendo-a não só como um passo imprescindível para a melhoria do ambiente de negócios, gestão e produção no País, mas também da geração de emprego e renda, considerado por eles o principal gargalo em nossa economia.
Além do modelo complexo e ineficiente de cobrança de impostos, que freia o crescimento da economia, os altos tributos e a falta de qualificação profissional também são vistos como obstáculos para ampliar as oportunidades de trabalho no país.
Na opinião de 48% dos executivos, é preciso reduzir os impostos sobre a folha de pagamento e 35% apontaram também, entre as principais medidas para gerar emprego, a necessidade de fortalecer a capacitação profissional.
Os dados são de uma pesquisa inédita realizada pela CNI (Confederação Nacional da Indústria).
“O complexo e oneroso sistema de cobrança de impostos do país inibe a produção de todos os setores econômicos e dificulta a geração de empregos e de renda para os brasileiros. A reforma tributária é fundamental para acelerar o ritmo de crescimento da economia e, por isso, deve ser uma prioridade para o próximo governo”, afirma o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade.
Ainda aparecem como medidas relevantes para a geração de empregos, de acordo com os empresários entrevistados pela pesquisa: liberar crédito para as empresas investirem e/ou expandirem a sua capacidade produtiva (29%) e realizar novos aperfeiçoamentos na legislação trabalhista (25%). Os percentuais são o somatório total de entrevistados que citaram a medida como primeira e segunda mais importante.
E quais devem ser as prioridades do próximo presidente, segundo o empresariado brasileiro?
Perspectivas para os próximos quatro anos: agenda de prioridades da indústria brasileira
Importante ressaltar o aumento da confiança do empresariado brasileiro que, de acordo com a pesquisa, aposta na melhoria de cenário para os próximos anos, após um período complexo devido, sobretudo, a pandemia: 7 em cada 10 executivos acreditam na melhora da economia; 77% estão otimistas em relação ao futuro da indústria brasileira; e 69% disseram que a economia do país deve melhorar nos próximos quatro anos.
“A discussões em torno da reforma tributária avançaram no País e hoje temos um inédito consenso em relação à importância e urgência dessa agenda. O texto em tramitação no Congresso Nacional, a PEC 110, é resultado de um amplo debate, com a participação dos mais diversos segmentos da sociedade e especialistas”, fala o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo.
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Há uma expectativa dos empresários industriais em relação à prioridade que será dada ao tema no próximo governo. Aprovar a reforma tributária, com adoção de um sistema de tributação do consumo que seja mais moderno, eficiente e alinhado ao padrão mundial, é um passo fundamental para aumentar a competitividade das empresas e, assim, acelerar o ritmo de crescimento da economia, gerando mais empregos e renda para os brasileiros.
Confira a íntegra da AGENDA DE PRIORIDADES – EMPRESÁRIO, idealizada pela Confederação Nacional da Indústria: CLIQUE AQUI