Feiras canceladas, lojas fechadas. Como expor seus produtos em um ano tão atípico quanto 2020? É nesse cenário que a ambientação de fotos para catálogos e campanhas – especialmente os digitais – ganham ainda mais importância (e cuidado!) nas estratégias comerciais de qualquer negócio. O que demanda uma atenção bastante especial das indústrias de móveis. Afinal, sem o benefício do toque e todo o calor humano das feiras de negócios e showrooms – que permitiam explorar diferentes caminhos e argumentos de vendas -, as negociações remotas exigem não só jogo de cintura, como uma apresentação muito versátil, além de uma ajudinha do chamado storytelling para agregar valor de forma persuasiva aos produtos.
O conceito de storytelling no mercado moveleiro, aliás, não é exatamente novo. Utilizando-se de diferentes recursos, como a fotografia, o método visa promover uma empresa, serviço ou produto sem que haja a necessidade de fazer uma oferta direta. Em outras palavras, o storytelling tem um caráter muito mais persuasivo do que invasivo. Sendo uma tática perfeita para catálogos e campanhas comerciais.
A ferramenta se destaca pela capacidade de estreitar a relação entre uma marca e seu cliente por meio de uma narrativa que envolva sua atenção e, por que não, resolva a uma situação, problema, necessidade ou sentimento que este possível comprador esteja tendo ou que passa a ter ao se deparar com aquelas soluções. Por isso, criar uma ambientação que de fato converse com a realidade do seu público-alvo é essencial.
Casa: lugar de ser, não só de estar
Então, esqueça aquelas fotos estáticas, com espaços meticulosamente organizados e milimetricamente mobiliados. Abrace a casa viva, como um espaço de trabalho, estudos, entretenimento, exercícios… lugar de cozinhar, compartilhar, dançar, enfim, um lugar de ser, não só de estar! Com os móveis não só ocupando ambientes, mas tornando-os mais práticos, funcionais, expressivos e significativos.
Mas como conseguir captar essa diversidade de universos e possibilidades na ambientação de fotos para catálogos? Bem, muito além da neutralidade de estilos, como apostar em paletas de cores sóbrias, shapes pouco expressivos e decorações não temáticas, devemos nos focar em construir uma estética que busque a multiplicidade e a customização. Assim como reflita uma infinidade de possíveis identidades. Definindo uma linguagem plural por meio de uma gama diversificada de cores, texturas, formas, símbolos, narrativas etc.
Afinal, famílias são compostas por pessoas de diferentes gêneros, estilos e idades. Isso, sem ainda entrar no mérito da expansão das moradias coletivas em todo o mundo. Nesse sentido, o desafio é encontrar o equilíbrio entre a neutralidade e a diversidade, com a mistura de materiais e estilos, grande tendência desde a última temporada, sendo uma ótima aliada. A gente te dá algumas dicas logo abaixo!
Crie contrastes na ambientação de fotos para catálogos
Mais do que apostar na inserção de pessoas de diferentes idades, etnias e estilos, escolher e distribuir os móveis da forma certa é o que ditará o ritmo da história que você quer contar. Pense no ambiente como um todo! Dessa forma, equilibre as peças com cores, formas, texturas e tamanhos contrastantes. Cores claras combinadas a tonalidades escuras criam um jogo de luz muito interessante. Proporcionando equilíbrio e trazendo sensação de profundidade.
Além dos revestimentos unicolores, investir em superfícies com padrões híbridos e gráficos também podem ajudar a criar contraste. Além de trazer texturas e efeitos visuais não estigmatizados. A mistura de itens decorativos e de iluminação, também flexibilizam o ambiente e amplificam o conceito decorativo.
Combine materiais naturais e brutos
As madeiras, como sempre, podem ser as melhores opções na construção de espaços ou móveis neutros, mas, ainda assim, de muita personalidade. Que tal combinar madeirados clássicos como a Nogueira e o Carvalho a opções mais exóticas e regionais, como o Freijó? O casamento entre a madeira com elementos industriais, como o aço e o concreto, ainda, traz bastante equilíbrio ao espaço.
Adicione toques de materiais macios, como pelúcias e tecidos, especialmente nos estofados, remetendo àquela sensação de conforto e acolhimento, que tanto buscamos após um longo dia. Por fim, aposte em cores como o verde, o cinza, o laranja e tons terrosos. Alcançando, assim, um espaço fluido e plural.
Atemporal e heterogêneo
Por falar nessa pluralidade, o chamado design genderless ou design sem gênero, é uma ótima opção para quartos de casal ou infantis. No caso dos quartos infantis, esse tipo de decoração vai encontro da demanda crescente daqueles que por opção ou não, não sabem o sexo do bebê antes do nascimento; bem como daqueles que necessitam projetar espaços para comportar crianças de diferentes gêneros, como um casal de irmãos – realidade cada vez mais corriqueira frente a imóveis cada dia menores.
Além disso, o conceito traz uma proposta atemporal para esses espaços. Acompanhando o amadurecimento da criança sem exigir mudanças drásticas e custosas em um curto espaço de tempo. Nesse sentido, vale a pena fugir apenas do azul e do rosa e investir num aspecto multicolorido; superfícies com padrões descontraídos, como os geométricos ou no estilo lousa; e itens com pegada lúdica. O foco é acolher, proporcionar conforto e estimular o desenvolvimento e a criatividade das crianças.
Combine estilos na ambientação de fotos para catálogos
Lembre-se ainda que os ambientes contemporâneos geralmente adotam decoração moderna, utilizando-se de móveis e itens conceituais. No entanto, alguns detalhes vintages adicionam personalidade. A procura se dá especialmente por peças com formas limpas e com acabamento em materiais e cores naturais. Móveis e itens de iluminação de grande dimensão também ajudam a preencher o espaço de forma clean e balanceada.
Seguindo esses passos simples, sem investimentos extras e com pequenas adequações às novas coleções é possível se alcançar um resultado ao mesmo tempo pontual e abrangente. Criando narrativas atuais por meio de ambientes que conversam e atendem às novas demandas do viver – argumento crucial para se fazer negócios no novo normal.