As exportações de móveis e colchões brasileiros tiveram um recuo de 1,5% no primeiro semestre de 2022 em comparação a igual período em 2021. É o que apontam os dados preliminares recém-divulgados pela ABIMÓVEL (Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário).
Apesar da queda, contudo, o resultado não é visto com pessimismo pelo setor. “O primeiro semestre de 2021 foi marcado por um grande desempenho nas exportações no setor. Colocando-se, então, como uma das bases comparativas mais expressivas da história”, ressalta a ABIMÓVEL. Justificando, assim, uma possível interpretação para o atual cenário, que, segundo a entidade, fica ainda mais claro ao analisarmos a variação dos últimos 12 meses.
“Os resultados obtidos nas exportações do setor nos últimos 12 meses validam o progresso da indústria brasileira na exportação de móveis e colchões, ao crescer cerca de 16% no acumulado do período sobre igual base comparativa no ano passado”, reforçam.
No último mês da primeira metade do ano, junho, estima-se que o País tenha exportado cerca de US$ 74,6 milhões (FOB) em produtos acabados. Resultado que representa um avanço de aproximadamente 2,5% quando comparado com igual mês no ano passado. “Mais um fator que demonstra um desempenho otimista, apesar do leve recuo no primeiro semestre deste ano”, pontua a entidade.
Os indicadores são extraídos da “Conjuntura de Móveis” e do “Monitoramento das Exportações de Móveis”, relatórios mensais desenvolvidos pelo IEMI – Inteligência de Mercado com exclusividade para a ABIMÓVEL, que, em parceria com a ApexBrasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), é também responsável pelo Projeto Setorial Brazilian Furniture, de incremento às exportações e à internacionalização do design e da indústria moveleira nacional.
- Você também pode se interessar – Crise logística internacional: fretes mais altos da história atrapalham importações e exportações
Exportações de móveis e colchões
O “Monitoramento” também revela os dados preliminares do semestre por linha de produto, apontando que o segmento de móveis de madeira continua sendo o principal carro-chefe da indústria brasileira do mobiliário no mercado internacional, representando 82,7% do total exportado pelo setor, isto é, cerca de US$ 59,3 milhões (FOB).
A segunda maior participação foi da linha de móveis estofados, com uma parcela de 12,4%. Por fim, móveis de metal e colchões tiveram uma participação de 2,6% e 2,3% respectivamente.
Veja os principais resultados preliminares do primeiro semestre por segmento:
Na variação mensal observou-se que dois segmentos apresentaram crescimento em junho deste ano quando comparados com os resultados de junho de 2021: a venda internacional de estofados brasileiros cresceu 26,9% na comparação; enquanto a de móveis de metal mostrou-se 18% superior neste ano.
Nota-se queda, contudo, nos segmentos de móveis de madeira (-1%) e de colchões (-5%).