O panorama das exportações brasileiras de móveis e colchões no último mês de outubro foi 41,2% superior ao montante exportado em outubro de 2020. Cerca de US$ 88 milhões (FOB), este foi o valor exportado pelo setor no décimo mês do ano.
Em escalada, o resultado nominal foi mais uma vez superior ao do mês anterior, quando a indústria moveleira nacional havia exportado US$ 79,6 milhões – relembre os números de setembro de 2021 clicando aqui.
Os resultados fazem parte da mais recente edição do “Monitoramento das Exportações de Móveis”, estudo mensal realizado pelo IEMI – Inteligência de Mercado com exclusividade para os associados ao Projeto Setorial Brazilian Furniture, iniciativa da ABIMÓVEL – Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário e da Apex-Brasil – Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos.
Panorama geral
Paralelamente, quando analisada a variação no acumulado de janeiro a outubro de 2021, observou-se aumento de 56,9% no volume exportado em relação a igual período no ano passado. Número menor que o acumulado até setembro (+59,3%) e agosto (+62,7%), mas que, para a ABIMÓVEL, “continua demonstrando a consistência das exportações neste ano, agora sob bases comparativas mais sólidas, ou seja, com menor influência da pandemia”.
Pontos que se confirmam também no avanço de 51,7% no montante exportado nos últimos 12 meses. Veja o panorama geral abaixo:
Principais destinos das exportações de móveis e colchões brasileiros
Por linha de produto, nota-se que os móveis de madeira continuam representando a principal categoria de exportações no setor: 85,1% do total exportado pela indústria de móveis brasileira, isto é, cerca de US$ 74,9 milhões (FOB).
A segunda maior participação foi da linha de móveis estofados, com uma parcela de 10%. Na sequência aparecem as linhas de móveis de metal e colchões, que tiveram participação de 2,7% e de 2,3%, respectivamente.
Na variação mensal, ou seja, na comparação entre outubro de 2021 e outubro de 2020, observou-se que todos os segmentos apresentaram crescimento neste ano. O destaque, desta vez, ficou para as exportações de móveis de metal. Categoria que após períodos de instabilidade, sobretudo em relação à escassez de matéria-prima para produção, voltou a avançar nos últimos meses. Com isso, o segmento alcançou crescimento de 102,4% no décimo mês, o maior entre todos os segmentos.
Logo em seguida aparecem os estofados, registrando aumento de 84,2%, também na comparação mensal.
Oriente Médio foi um dos destinos de destaque em outubro
Com relação aos principais destinos das exportações brasileiras de móveis e colchões, não houve surpresas entre as primeiras colocações. Os Estados Unidos, portanto, permanecem como o principal mercado importador, recebendo 38,8% das exportações; seguido, assim, pelo Chile, que recebeu 13,2%, continuando em tendência de crescimento.
O destaque, porém, veio do Oriente Médio, com as exportações para a Arábia Saudita crescendo mais de 2013,7% na variação mensal. O resultado elevou o acumulado das exportações brasileiras para o mercado saudita neste ano em 532,9%. Colocando, então, o país na nona posição entre os principais destinos do mobiliário nacional ao redor do mundo.
Em termos de participação, contudo, a Arábia Saudita ainda possui baixa representatividade nas exportações brasileiras do setor. Tal comportamento revela, no entanto, o potencial de expansão dos negócios para a região.
Segundo maior destino dos móveis brasileiros no Oriente Médio, já para os Emirados Árabes Unidos foi registrado um aumento de 74% na variação mensal das exportações e crescimento de 102,7% no ano.
Para o Brasil, o país da Península Arábica representa uma das nações árabes com maior abertura para o mundo ocidental. Nós falamos mais sobre esta interessante conexão para a indústria brasileira de móveis no exterior foi nossa colunista Caroline Balbino, no artigo: “Expo 2020 Dubai e as possibilidades de negócios para a indústria de móveis brasileira”.