Importador de móveis brasileiros: Um dos maiores destaques nas exportações do setor moveleiro em 2021, o Chile ocupa hoje a segunda posição entre os principais destinos do mobiliário brasileiro no mercado global, com um crescimento acumulado de 164,4% ao longo de todo o ano passado, e apontando ritmo contínuo para 2022.
Com participação de 11,6% no total de móveis e colchões exportados pela indústria brasileira em 2021, o país sul-americano fica atrás apenas dos Estados Unidos — mercado sobre o qual já falamos aqui — no ranking das exportações do setor.
O Chile, aliás, é uma das economias que mais vêm crescendo na América Latina nas últimas décadas. Mas embora o país possua uma indústria de base florestal relevante, devido ao mercado diminuto e a grande abertura comercial, o Chile conta hoje com uma produção de móveis bastante restrita.
Em 2020, por exemplo, cerca de 41,1% do consumo de móveis do Chile foi suprido pelas importações. O crescimento das importações de móveis, aliás, supera a média mundial. Ponto que, aliado ao fato do país enquadrar-se como mercado adequado em escala para empresas de menor porte e que buscam um país próximo, fácil de acessar e em crescimento nas compras externas, faz do Chile um mercado atraente para médias e pequenas empresas brasileiras que se interessem em exportar.
As informações são do “Estudo de Oportunidades para Empresas com Potencial e Exportadoras – Edição Chile”, desenvolvido pelo IEMI – Inteligência de Mercado para os associados do Projeto Brazilian Furniture, organizado pela ABIMÓVEL (Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliár0io) e pela a ApexBrasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos).
Aumento do poder de compra no segundo maior mercado importador de móveis brasileiros
A expansão do mercado chileno resultou, aliás, em um crescimento na demanda do consumidor. Da mesma forma, o aumento na qualidade do padrão de vida trouxe como consequência um rápido crescimento nos gastos com eletrodomésticos, móveis e outros bens duráveis nos últimos anos.
Embora o preço continue sendo um fator importante nas decisões de compra, outras considerações incluem variáveis como qualidade, durabilidade, tecnologia, suporte ao cliente e disponibilidade de serviço.
“Pode-se dizer, portanto, que o Chile entrou em uma ‘era de consumismo’. Em que o consumo é visto como uma forma de gratificação e status social. Assim, indo além de apenas satisfazer às necessidades do consumidor”, ressalta o estudo.
Oportunamente, destaca-se que os chilenos também valorizam sua experiência de compra e fatores relacionados à sustentabilidade. Não por acaso, a sociedade chilena é considerada a mais ambientalmente consciente entre os países da América Latina. Ou seja, sustentabilidade é outro quesito importante a ser considerado por empresas brasileiras que queiram explorar o mercado consumidor de móveis do Chile.