Desde o final do ano passado temos trazido aqui um panorama detalhado sobre o comércio externo de móveis no Brasil. Analisando-se a tabela dos principais destinos de móveis brasileiros no exterior entre os meses de janeiro e novembro de 2020 (veja abaixo), liderada pelos Estados Unidos, chama a atenção o mercado chileno, que aparece na quarta posição. Logo atrás de outro país sul-americano, o Uruguai (3º colocado), o Chile contou com uma participação de 6,5% nos negócios de exportação de mobiliário no acumulado entre o primeiro e o penúltimo mês do ano passado. Movimentando, assim, mais de US$ 35,8 milhões no período.
O Chile é a 42ª maior economia do mundo. Também é a 61ª economia mais complexa, segundo o Índice de Complexidade Econômica (ICE), o qual utiliza a pauta exportadora de um país para medir a sofisticação tecnológica da sua produção. Em 2019, o Produto Interno Bruto (PIB) chileno foi de US$ 282,3 bilhões, resultando em um PIB per capita de US$14.896.
Consumo de móveis no Chile
Em termos geográficos, trata-se de um país de território longo e estreito. É dividido em 16 regiões e 57 províncias, abrigando cerca de 19 milhões de habitantes. Segundo dados do “Estudos de Oportunidades”, divulgado pelo projeto Brazilian Furniture – iniciativa da Abimóvel e da Apex-Brasil, que tem por objetivo incrementar a competitividade da indústria brasileira no mercado internacional —, o consumo de móveis no país foi de aproximadamente US$ 791 milhões (valores sell-in) em 2019. Isso representa uma queda de 3,5% no período de 2015 a 2019. Porém, quando comparado com 2018, o consumo apresentou um crescimento de 9%. Além disso, no ano retrasado, cerca de 48,5% do consumo de móveis do Chile foi suprido pelas importações.
Os dados estatísticos apresentados retratam a evolução do mercado nos últimos cinco anos. Representando, assim, um terreno fértil para a consolidação e expansão dos negócios entre Brasil e Chile quando o assunto é o comércio internacional de móveis e colchões. O que se intensifica devido à proximidade logística, bem como em face da queda de 20,4% em termos de valores exportados para o Reino Unido — segundo maior destino de mobiliário brasileiro (8,8% de participação entre janeiro e novembro de 2020) frente ao registrado em igual período do ano anterior. Algo a se pensar quando o assunto é o planejamento estratégico de exportações da sua empresa em 2021.