Nos últimos anos, a relação entre a indústria moveleira e os profissionais de arquitetura e design ganhou, portanto, uma nova relevância estratégica. De fato, o Canal dos Arquitetos e Designers deixou de ser visto apenas como uma ponte comercial e passou a ser considerado também um vetor de influência direta sobre as decisões de compra do consumidor final. Além disso, em um mercado competitivo e cada vez mais orientado pela confiança, não basta oferecer descontos ou vantagens imediatistas. Assim, a construção de programas de relacionamento eficazes exige personalização, diálogo constante e, sobretudo, uma compreensão profunda das necessidades desses profissionais, que são formadores de opinião e responsáveis por transformar ideias em projetos tangíveis.
De acordo com dados do Sebrae (2024), mais de 70% dos clientes que investem em mobiliário afirmam confiar na recomendação de arquitetos e designers no momento da decisão. Esse índice reforça o poder de influência do canal e explica por que indústrias e varejistas têm se empenhado em criar estratégias de aproximação mais sólidas. No entanto, a implementação de programas que mantenham consistência e ao mesmo tempo garantam competitividade sem corroer margens de lucro é um desafio. O cenário exige entender se essa é uma tendência em consolidação, quais são os benefícios e riscos envolvidos e de que maneira a indústria pode se adequar para fortalecer a presença nesse elo da cadeia.
Neste texto, você encontrará uma análise aprofundada sobre como a indústria pode criar programas de relacionamento com arquitetos e designers, quais obstáculos enfrenta e quais soluções vêm sendo aplicadas. O objetivo é mapear tendências, apresentar experiências reais e oferecer pistas de como o setor moveleiro pode se reposicionar para ganhar relevância nesse diálogo. Ainda mais:
- 1. Quais são os principais desafios para a indústria se aproximar de arquitetos e designers?
2. O que torna um programa de relacionamento eficaz além de vantagens comerciais?
3. Como a personalização e a experiência influenciam a fidelização desse público?
4. Quais estratégias digitais e presenciais têm se mostrado mais eficientes?
5. Esse canal é realmente uma tendência para o futuro do setor?
Desafios para se conectar com arquitetos e designers
A aproximação da indústria moveleira com arquitetos e designers envolve barreiras que vão além da oferta de produtos. Juliane Weiss, fundadora da Cose Design, explica que muitos programas falham por não compreenderem o que realmente move esse público. Para ela, o primeiro passo é alinhar os valores da indústria às necessidades profissionais. A comunicação, muitas vezes falha, gera distanciamento e impede que iniciativas ganhem consistência.
Elisa Meilke, vice-presidente da Confraria de Arquitetos e Designers de Curitiba, reforça essa visão ao destacar que confiança é o alicerce da relação. “Arquitetos precisam de parceiros que cumpram prazos, respondam com agilidade e entreguem o que prometem”, afirma. Nesse contexto, o desafio não se limita ao produto, mas se estende ao atendimento e ao pós-venda, que podem determinar se uma marca será lembrada ou descartada em futuras especificações. Para aprofundar esse ponto, veja as vantagens estratégicas das feiras no setor moveleiro: https://setormoveleiro.com.br/feiras-de-negocios-na-era-digital-ainda-vale-a-pena-investir/

O que torna um programa de relacionamento eficaz
Para que o canal dos arquitetos e designers funcione de forma estratégica, é preciso ir além de descontos e recompensas. Segundo Weiss, o verdadeiro valor está em construir confiança e oferecer ferramentas que reforcem a imagem profissional. Quando uma marca apoia o arquiteto, o cliente final também se sente seguro para investir.
Meilke acrescenta que programas bem-sucedidos são aqueles que fortalecem o dia a dia do escritório. “Não se trata apenas de pontuar compras, mas de contar com uma presença ativa que apoie o nosso trabalho junto ao cliente”, observa. Esse apoio pode incluir treinamentos, acesso a informações técnicas e consultoria personalizada. Saiba mais em: https://setormoveleiro.com.br/parcerias-estrategicas-e-design-o-caminho-para-marcas-de-prestigio/
A importância da personalização e da experiência
Além disso, a humanização é um dos aspectos mais destacados pelas especialistas. Nesse sentido, Katalin Stammer, diretora da Escola Curitibana de Design, afirma que a personalização deve ser a base de qualquer programa de relacionamento. Para ela, se for genérico, perde valor. Por isso, o diferencial é ter uma pessoa que visite o escritório, entenda as demandas e apoie os projetos, explica.
Meilke reforça que o tempo é hoje um recurso escasso e, portanto, a assertividade no atendimento gera fidelização. Quando uma marca demonstra conhecer a forma de trabalho do profissional, otimiza processos e transmite paz ao cliente final. Para entender o papel da inovação nesse processo, confira as tendências de design: https://setormoveleiro.com.br/tendencias-de-design-para-2025-inovacoes-que-estao-moldando-o-futuro-dos-moveis-e-colchoes

Estratégias digitais e presenciais no relacionamento
Com a ascensão do digital, é natural que a indústria explore ferramentas de omnicanalidade para estar próxima dos profissionais. Plataformas digitais de suporte, atendimento online e webinars têm se mostrado alternativas valiosas. Veja mais sobre estratégias digitais em: https://setormoveleiro.com.br/marketing-digital-para-empresas-do-setor-moveleiro/
Entretanto, Meilke alerta para o risco da invasão digital. “Quando recebemos mensagens indesejadas em aplicativos pessoais, isso gera antipatia”, destaca. Para ela, encontros presenciais, palestras técnicas e eventos ainda são cruciais para marcar a memória e manter vínculos. Exemplos: https://setormoveleiro.com.br/design-e-inovacao-marcam-abertura-da-movel-brasil-2025-em-sc/ e https://setormoveleiro.com.br/movelpar-2025/
O canal como tendência no setor moveleiro
De acordo com pesquisas recentes do IEMI (2024), empresas que investem em programas de relacionamento com arquitetos e designers registraram aumento médio de 15% nas especificações de produtos em projetos residenciais e corporativos. Portanto, esse dado mostra que o Canal dos Arquitetos e Designers é uma tendência crescente e, consequentemente, já impacta diretamente o desempenho da indústria. Leia também: https://setormoveleiro.com.br/o-futuro-do-morar/
Canal dos arquitetos e designers: como a indústria pode reagir sem comprometer a competitividade
O desafio final está em estruturar programas que ofereçam benefícios relevantes sem sacrificar margens de lucro. Nesse contexto, Weiss sugere que a chave está em alinhar branding e relacionamento, reduzindo a dependência de vantagens puramente financeiras. Assim, esse movimento fortalece a confiança e mantém a relevância mesmo em cenários de alta concorrência.
Por outro lado, para Meilke, a clareza na comunicação e o cumprimento rigoroso de compromissos são diferenciais que não exigem grandes investimentos. Além disso, Stammer aponta a curadoria personalizada como fator de valor agregado, capaz de diferenciar marcas e criar vínculos duradouros. Em todos os casos, o consenso é claro: não basta oferecer preço, é preciso oferecer parceria.Saiba mais em: https://setormoveleiro.com.br/feiras-para-arquitetos-que-trabalham-com-moveis

