Confiança cresce no setor de móveis ao final de 2022

A confiança da indústria caiu em 19 dos 29 setores industriais, três regiões do Brasil e em todos os portes de empresas industriais na passagem de novembro para dezembro de 2022. Enquanto quatro setores fizeram a transição de um estado de confiança para falta de confiança, contudo, um deles fez a transição oposta, de falta de confiança para confiança: justamente o setor de móveis.

Os dados são do ICEI (Índice de Confiança do Empresário Industrial) medidos pela CNI (Confederação Nacional da Indústria).

De acordo com o gerente de análise econômica da CNI, Marcelo Azevedo, a avaliação negativa dos empresários acerca da economia brasileira afetou, de forma geral, a confiança da indústria no final do ano.

A maioria dos setores segue avaliando positivamente o estado atual e futuro das próprias empresas. Mas, em contrapartida, a maior parte avalia negativamente o estado atual e futuro da economia brasileira. O ICEI é a média ponderada desses dois componentes. Por isso, 18 setores seguem confiantes e 11 setores encerram o ano pessimistas, principalmente em relação a economia”, explica o economista.

Setor de móveis

A leve recuperação na produção industrial moveleira na segunda metade de 2022, todavia, deve ter trazido novas perspectivas ao setor, com a confiança dos empresários moveleiros subindo de 47,4 pontos em novembro para 50,7 em dezembro. O indicador, porém, ainda se encontra abaixo do registrado em dezembro de 2021. Quando a confiança do empresário industrial no setor de móveis era de 53,7% pontos.

Vale lembrar que o ICEI varia de 0 a 100 pontos. Valores acima de 50 pontos indicam confiança do empresário. Valores abaixo de 50 pontos indicam falta de confiança. Dessa forma, quanto mais abaixo da linha divisória, maior e mais disseminada é a desconfiança com o futuro do setor industrial. 

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confiança na industria dezembro 2022

Disseminação da confiança na indústria


Confiança que recuou nas regiões Sudeste, Norte e Sul do Brasil e se manteve inalterada nas regiões Nordeste e Centro-Oeste.

O índice de confiança da região Sudeste recuou de 51,3 pontos, em novembro, para 49 pontos, em dezembro. Atravessando, assim, a linha divisória dos 50 pontos e, portanto, demonstrando a transição de um estado de confiança para um estado de falta de confiança. Além do Sudeste, empresários da região Sul também demonstram falta de confiança (desde novembro empresários da região Sul já mostravam falta de confiança).

A confi ança caiu em indústrias de todos os portes (pequenas, médias e grandes empresas), sendo o recuo mais pronunciado nas empresas de grande porte, cujo ICEI caiu 1,2 ponto. Apesar da queda, todos os portes de indústria seguem demonstrando confiança.

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