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Conjuntura externa: Exportação e importação de móveis e colchões

Depois de trazermos os resultados consolidados da indústria em 2020, de acordo com a Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), chegou a hora de falarmos de outro ponto essencial para a saúde e manutenção do setor moveleiro: a conjuntura externa! Afinal, de que maneira a participação das exportações e importações no mercado moveleiro nacional impactou e vem impactando o volume produzido em nosso mercado? Tal detalhamento faz parte do relatório mensal “Conjuntura de Móveis”, idealizado pela Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário (ABIMÓVEL) em parceria com o IEMI – Inteligência de Mercado.

Conjuntura externa

De acordo com as informações da Conjuntura de Móveis – Janeiro/2021, com dados consolidados do panorama externo entre janeiro e dezembro de 2020, as exportações brasileiras de móveis e colchões fecharam o ano com um crescimento de 5,1% em volume exportado em relação ao resultado do acumulado de 2019. Por outro lado, em termos de valores exportados — US$ 628,2 milhões —, nota-se recuo de 2,5%, também comparado com o ano anterior.

Dessa forma, o preço médio geral dos produtos exportados apresentou decréscimo de 6,8%. O que, refletido em números, mostra uma média de US$ 0,13 centavos por quilo. Resultado, então, do recuo de US$ 1,92 em 2019, para US$ 1,79 em 2020, quando falamos no valor médio por quilo exportado. Essa queda foi mais do que compensada pela valorização do dólar americano frente ao real, em taxa próxima a 40% em 2020 frente a 2019.

Dadas às circunstâncias com que esses números se apresentam, com a pandemia mundial e suas implicações ao redor do globo, porém, a ABIMÓVEL entende que tais resultados refletem um cenário promissor e relevante para o comércio exterior.

Países de destino das exportações de móveis brasileiros

“Desse total, destacam-se as exportações de móveis para os Estados Unidos, com participação bastante significativa de 39,9% dos valores exportados. Aumento de 11,5% em relação a 2019, demonstrando a força da relação entre esses dois mercados”, ressalta a ABIMÓVEL em comunicado à imprensa. Aliás, a exemplo do que aconteceu no Brasil, o varejo de móveis americano experimentou um aquecimento substancial no segundo semestre de 2020, com efeitos positivos até pelo menos 2024 — nós falamos sobre isso neste artigo. Tais projeções indicam boas oportunidades de negócios com o país também neste e nos próximos anos.

Em segundo lugar no ranking aparece o Reino Unido, com 8,6% de participação no acumulado de janeiro a dezembro de 2020. Apesar da boa colocação, neste caso houve queda de 16,8% em termos de valores exportados frente ao registrado em 2019. “Vale ressaltar que o varejo britânico enfrenta graves sanções devido a uma segunda onda ainda mais severa da pandemia por lá. O que levou o governo local a impor medidas bastante restritivas de distanciamento social e fechamento de lojas físicas. Em contrapartida, o avanço na vacinação nos territórios britânicos apontam para uma recuperação econômica potencialmente mais rápida do que em outros mercados”, esclarece a ABIMÓVEL.

O Uruguai aparece em terceiro lugar, com 7,4% do total exportado, representando queda de 6,7%. Seguido, então, por outros parceiros sul-americanos: Chile (6,6%), Peru (5,1%) e Paraguai (3,3%). As relações com os Países Baixos (Holanda) vêm demonstrando evolução nos últimos anos. Com o país aparecendo como o sétimo mercado no ranking de exportações de móveis brasileiros em 2020: 2,8% de participação entre janeiro e dezembro do ano passado, apontando leve crescimento (0,4%) em relação ao acumulado de 2019.

EXPORTAÇÃO TABELA PAÍSES - CONJUNTURA DE MÓVEIS - ABIMÓVEL

Países de origem das importações de móveis para o Brasil

Ainda no acumulado de janeiro a dezembro de 2020, o Brasil importou US $193,8 milhões em móveis e componentes para móveis. Queda de 8,7% sobre o mesmo período do ano anterior. Em termos de participação, a China foi a origem de 77,9% das importações totais realizadas pelo Brasil no período. Seguida pela Itália, com 5,3%, e os Estados Unidos com 2,8%.

Em termos de variação do valor importado, boa parte dos países apresentaram queda no montante enviado ao Brasil quando comparado com o mesmo período do ano anterior. Espanha (1,8%), Coréia do Sul (0,5%) e Israel (0,6%) foram os únicos países que, na contramão, apresentaram crescimento no período. No lado negativo, a Alemanha registrou a maior queda como origem das importações brasileiras na indústria moveleira entre janeiro e dezembro do ano passado. O país europeu foi de 1,3% no consolidado do ano de 2019 para 0,9% em 2020.

IMPORTAÇÃO TABELA PAÍSES - CONJUNTURA DE MÓVEIS - ABIMÓVEL

Projeto Brazilian Furniture

Na última quinta-feira (11), uma comitiva da ABIMÓVEL, liderada pela presidente da entidade, Maristela Cusin Longhi, esteve em Brasília (DF) para a assinatura da renovação do convênio da entidade com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil). Idealizadores conjuntos do Projeto Brazilian Furniture, de fomento à exportação de móveis, a parceria foi oficialmente renovada para o biênio 2021-2023.

Entre os mercados-alvos nesta nova fase do projeto estão Alemanha, Chile, Emirados Árabes, Estados Unidos, México, Peru, Reino Unido e o Canadá, que aparece como a novidade da lista. Colômbia, França, Índia, Itália e Panamá também são elencados como mercados potenciais.

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