Consumidores do futuro: os nascidos a partir dos anos 80 estão gastando menos

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Enquanto “os reguladores” — grupo de consumidores formado majoritariamente por nascidos entre os anos 60 e 80, a chamada “geração X” — buscam e confiam na consistência como um diferencial; os “conectores” estão é mesmo determinados a reescrever as regras do empreendedorismo, do consumo e da vida.

Conheça hoje o segundo perfil de consumidores do futuro, definidos pela WGSN Insight. Especialistas no assunto, a empresa de pesquisa identificou quatro sentimentos dos consumidores para 2024, que estão influenciando os hábitos de compra no Brasil e no mundo. E nós da Plataforma Setor Moveleiro estamos compartilhando os principais insights em uma série de conteúdos por aqui.

Conheça os ‘conectores’

Economistas, executivos e jornalistas vêm relatando uma queda nas vendas entre os chamados millennials ou geração Y (nascidos entre 1980 e 1995) e a geração Z (1995 a 2010). Sim, aparentemente, os nascidos a partir da década de 80, não estão gastando o suficiente.

Na realidade, estamos na interseção de grandes mudanças de valor em todo o mundo. Isso, além da falta de serviços sociais, a inflação crescente, dificuldade no acesso ao crédito e baixos salários. O que, para os conectores, é uma tempestade perfeita no sentido de mudanças.

Esse grupo está se posicionando contra a cultura de agitação e da massificação do consumo, mas não de maneira preguiçosa. Os consumidores conectores vêm explorando estilos de vida fracionados, como co-compra, co-living e modelos de assinatura compartilhados.

Além disso, as gerações mais jovens também estão tendo menos filhos, optando por colegas de quarto em vez de relacionamentos e mudando de emprego ou desistindo em taxas recordes, ao redefinir o significado de sucesso.

O que também impacta no mercado moveleiro. Afinal, até mesmo a forma de se pensar os móveis para essas gerações, que muito antes do home office se tornar uma expressão da moda, já trabalhavam de casa, do aeroporto, de cafés e de onde quer que encontrassem uma tomada e um bom sinal wifi, é diferente. Remodelando a arquitetura, o design de interiores e o mobiliário não só voltado para os lares ou para os escritórios, mas de diversos outros estabelecimentos públicos e privados que se mostram cada vez mais adaptados para atender a estes consumidores, com bancadas ergonômicas, móveis com adaptadores elétricos, assentos confortáveis etc.

Comportamento do Consumidor

Consumidores do futuro constroem um novo amanhã

É importante dizer, no entanto, que embora as crises econômicas sejam períodos disruptivos, novas ideias e formas de fazer negócios geralmente acabam por vir à tona. Para os conectores, portanto, isso está resultando em um impulso ao empreendedorismo: um recorde de 1,4 milhão de solicitações de negócios foi registrada nos Estados Unidos em 2021; já a Índia se tornou o terceiro maior ecossistema de startups, apenas atrás dos EUA e da China; e, no Brasil, 4,026 milhões de novas empresas foram abertas apenas durante o ano passado.

O que não necessariamente é bom, nem ruim. Muitos buscam na informalidade uma questão de sobrevivência, a partir do momento que os níveis de desemprego bateram recordes nos últimos anos, com o índice atual de desocupação em nosso país batendo a marca de 11,1% atualmente (menor do que no ano passado, quando a taxa média fechou em 13,1%). O que significa, portanto, menos renda e dinheiro circulando no País.

Por outro lado, essas novas configurações da vida profissional vêm impactando em novos modelos de negócios, novas modalidades de vendas, novas concepções de espaço e conceitos econômicos que podem, sim, influenciar positivamente no futuro.

E como isso deverá influenciar a relação desses consumidores com o mobiliário?

Para os nascidos entre os anos 80 e os anos 2000, a vida tem um significado cada vez mais transitório e fluido, com o fenômeno de compartilhamento via aplicativos de casas, carros, roupas e outros objetos. Ou seja, querem móveis mais leves e flexíveis, tanto do ponto de vista físico quanto estético, diferente do que víamos em gerações passadas.

Sua relação com a casa, portanto, reflete a busca por autenticidade e um certo desapego com relação a bens materiais. Apelidada também de “geração burnout” — constantemente estressados com trabalho, prazos e budgets —, mais do que nunca os millennials procuram criar lares reconfortantes, revigorantes e inspiradores, buscando por qualidade de vida, localização e um ambiente autêntico.

Dessa forma, estando totalmente conectados virtualmente e preocupados com as constantes transformações do nosso mundo, a geração dos nativos digitais buscam mais integração com a natureza, ao mesmo tempo em que valoriza a versatilidade que a  tecnologia tem a oferecer. Ponto que se aplica não só ao design dos móveis que querem comprar, como ao grau de experiência que buscam ter em suas jornadas de compra.

A dica da Plataforma Setor Moveleiro é: as gerações Y e Z baseiam-se altamente na personalização e no lifestyle. Se a sua loja, seja ela física ou virtual, não fornecer a esses usuários o tipo de experiência certa, você perderá esses clientes, que hoje investem não só no produto, mas em conceitos e estilos de vida que acreditam e os façam sentir melhores em relação ao dinheiro gasto, especialmente quando o assunto é desprendimento das regras padrões e sustentabilidade (ambiental, econômica e social).

 

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