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Depois do pico no isolamento social, varejistas ainda estão aderindo ao e-commerce?

e-commerce moveleiro

O e-commerce de fato está passando por uma mudança no cenário global e, provavelmente, não na direção que muitos imaginam. Após um crescimento vertiginoso nos últimos anos, muito em função do distanciamento social e da impossibilidade de frequentar lojas físicas, uma pesquisa realizada pela eMarketer em julho de 2022 demonstrou que o comércio eletrônico cresceu 17,2% no Brasil em um ano. Apesar de positivo, o resultado foi o menor desde 2011. 

Mas isso, claro, não significa que as empresas varejistas estejam fugindo do varejo. Pelo contrário. Mesmo com a desaceleração da área, conforme relatório divulgado pela Nuvemshop no último mês de janeiro de 2023, 59% das lojas no Brasil já se dedicam 100% ao comércio on-line. Além disso, entre as que possuem faturamento maior do que R$ 50 mil mensal, 90% se dedicam completamente à atividade.

Há algo importante a ser observado, contudo. De acordo com Eduardo Esparza, VP da Tenerity no Brasil e na Espanha, empresa especialista em fidelidade lucrativa e detentora da plataforma de cashback Compra e Volta, ainda existe uma tendência muito clara de compras em lojas físicas. O que se aplica, em especial, ao falarmos de setores como o moveleiro. 

Entre os segmentos que mais vendem via web, segundo os dados da Nuvemshop, estão o de moda e vestuário, que lidera com 38% do volume comercializado, seguido por acessórios (9,9%), saúde e beleza (8,3%), além de joias e artesanato (3,9%), que ficam empatados.

A compra de bens duráveis e mais complexos como o mobiliário, no entanto, ainda demandam cuidado e estratégias especiais das lojas que queiram ampliar a participação das vendas do setor no comércio eletrônico. Comprovando, portanto, o que não cansamos de dizer: O FUTURO É FIGITAL, conectando o mundo físico com o digital e vice-versa.

Comércio figital moveleiro

O uso de ferramentas digitais nas lojas físicas permitirá que o varejo de móveis ofereça um serviço mais personalizado e interativo. Algumas das principais estratégias figitais para o varejo de móveis incluem a incorporação de tecnologia como QR Code, Realidade Aumentada e Realidade Virtual nas lojas físicas. 

Os varejistas também devem considerar o uso de sistemas de gerenciamento de inventário digitais para rastrear os produtos e garantir que os itens estejam disponíveis quando necessário tanto nas lojas físicas quanto virtuais. O aprimoramento da experiência do cliente através de Chatbots e Inteligência Artificial completam a lista de alguns exemplos do que o varejo de móveis pode fazer para investir em estratégias digitais, conectando o mundo físico e o digital.

“O compromisso com a digitalização é uma das garantias do futuro para o e-commerce, por conceder segurança cibernética eficiente e uma experiência personalizada para o consumidor”, comenta Esparza. No entanto, a experiência física ou, ao menos, humana em determinadas etapas da jornada de compra será essencial para a tomada de decisão do consumidor final.  

Datas especiais e e-commerce

Um movimento comum entre os consumidores é aproveitar as datas comemorativas para usufruir de descontos e promoções, por exemplo. A data mais utilizada pelo e-commerce são Black Friday (53%), Dia do Consumidor (32%) e Dia das Mães (31%). Vale lembrar que 20% dos lojistas não realizam campanhas em datas comerciais, ainda de acordo com Esparza. 

Entretanto, segundo ele, existem contrapontos importantes que precisam ser considerados entre os varejistas: 55% das lojas on-line são administradas por apenas uma pessoa. Em adição, alguns problemas relatados por vendedores são a baixa taxa de conversão (71%), alto custo do frete (33%) e abandono de carrinhos (27%).

Nesse sentido, as redes sociais podem ser, mais uma vez, ótimas aliadas. 

Redes sociais

Um fator que deve manter o comércio eletrônico em alta é a crescente utilização dos dispositivos móveis para realizar compras on-line. Segundo o relatório Webshoppers, mais de 70% dos pedidos já são feitos por meio de smartphones ou tablets. Isso mostra a importância de ter uma plataforma de vendas on-line responsiva e otimizada para dispositivos móveis. E, para além disso, estratégias que ampliem o alcance do m-commerce (mobile commerce) e tragam vantagens competitivas e expansionistas para a marca, ao levar, por exemplo, potenciais clientes que navegam pelas redes sociais até o site de vendas da marca.

“Atualmente é de extrema importância o investimento em redes sociais por parte dos lojistas”, ressalta o especialista. As estratégias mais utilizadas pelas lojas de e-commerce são tráfego pago (26%), artes para redes sociais (19%) e banners (17%). Para este primeiro item, existem algumas faixas de preço para injeção de dinheiro: 39% dos varejistas pagam até R$ 300, já 14% investem entre R$ 1 mil e R$ 5 mil.

Para as mídias sociais, existem três grandes favoritos do setor para se atuar: Instagram (97%), Facebook (71%) e TikTok (33%) são as mais escolhidas pelos lojistas para criarem seus perfis. Isso, pois além de serem grandes fontes de investimentos em anúncios, têm grande taxa de conversão de clientes, com 67%, 61% e 6%, respectivamente.

Opinião Setor Moveleiro

O comércio físico não deixará de existir. Afinal, muitos consumidores ainda preferem fazer compras em lojas físicas. Porém, o varejo deve entender que a presença on-line é essencial para complementar sua estratégia de vendas e atender às demandas dos consumidores.

Em resumo, os números mostram que o comércio eletrônico brasileiro cresceu significativamente durante a pandemia e deve continuar sendo uma das principais ferramentas de vendas do varejo, mesmo após a retomada das atividades presenciais. A adoção de uma estratégia omnichannel, portanto, que integre o on-line e o off-line, é fundamental para atender às necessidades dos consumidores e manter-se competitivo no mercado.

 

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