Design democrático é possível!

Design democrático no setor moveleiro

Ao longo dos anos, utilizamos a expressão “mobiliário de design” para nos referir a peças assinadas por grandes nomes ou coleções lançadas por marcas de alto padrão. O que, por muito tempo, afastou a ideia de “conceito agregado” das estratégias de marketing no segmento popular moveleiro. Períodos como os que estamos passando, no entanto, tornam cada vez mais óbvio o papel do design na concepção de móveis para todas as classes, ambientes e necessidades. Mostrando que um design democrático não é só possível, como indispensável para se responder às demandas geradas a partir das novas dinâmicas do viver – com a casa assumindo um papel central em nosso dia a dia.

“Temos muitas indústrias propondo um design democrático. Com criatividade e soluções acessíveis”, ressalta Andrea Krause, consultora de design que há mais de 20 anos se dedica ao desenvolvimento de novas soluções em materiais para o setor moveleiro. “Precisamos abrir a visão do varejo para que se comece a introduzir o design com novos pilares. De forma que usuários entusiastas e visionários comecem a consumir. Hoje estamos olhando apenas para os consumidores mais conservadores. Por isso, vendemos o que se vende sempre e não inovamos tanto quanto poderíamos.”

 

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Design democrático no setor moveleiro

E é justamente na busca por desmistificar esse pensamento e estratégia, ampliando as oportunidades no mercado de móveis brasileiro – tanto no B2B (de negócio para negócio) quanto no B2C (de negócio para consumidor final) – que a consultora esteve a frente de mais uma edição do Webinar Setor Moveleiro. Com o tema “Design democrático é possível!”, Andrea coloca o ser humano no foco das estratégias de design, marketing e vendas a partir de agora.

Para compreender essa dinâmica, no entanto, primeiro é preciso entender as diferenças entre “consumidor” e “usuário”. Enquanto o consumidor é aquele que adquire o produto para seu consumo ou apenas participa do processo de escolha / compra. O usuário é aquele que realmente faz uso dos produtos.

Num momento em que ficamos a maior parte de nossos dias dentro de casa, começamos não só a perceber os elementos a nosso redor, como a fazer cada vez mais uso deles. Nesse sentido, muitos consumidores (que antes assumiam apenas o papel de compradores) tornaram-se também usuários. Passando não só a utilizar quanto a compreender o impacto das suas escolhas, inclusive os negativos. Como falta de ergonomia e funcionalidade, cores ou materiais cansativos etc. etc.

Mobiliário no ‘novo normal’: Afeto, valor visual e soluções práticas

Dessa forma, o design (incluindo aqui áreas de desenvolvimento de produto, design thinking, design estratégico, de gestão, entre tantas outras) passa a ser aplicado como um operador de significados e valores para dar aos usuários experiências que vão fazer sentido em suas vidas, entregando ao mesmo tempo afeto, valor visual e soluções práticas. Assim, pensar no design, é pensar num processo compreensível, que dialoga com as pessoas, despertando a curiosidade e visando criar identificação entre elas e os produtos. Gerando, então, um senso de necessidade. Dessa maneira, tornando-se um dos mais potentes argumentos de venda no mercado atual.

“A cadeia, muitas vezes, olha apenas para os números do consumo. Consumir tem a ver com adquirir um produto. Porém, para quem projeta o olhar para o usuário, tem relação com acompanhar a vivência, analisar necessidades e soluções. Criar para as pessoas!”, enfatiza Andrea. E para entender um pouco mais sobre macro e microtendências do design, com base em uma visão global do comportamento de consumo e do morar nos dias de hoje, chegando, então, a uma abordagem pontual e assertiva, que compartilhamos na íntegra a participação de Andrea Krause em nosso Webinar Setor Moveleiro. Além do vídeo, você também pode baixar o material de apoio logo abaixo.

 

 

 

 

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