E-commerce de móveis já vinha aquecido mesmo antes da pandemia

E-commerce de móveis pré-pandemia

Muitos diziam que nunca seria possível vender móveis on-line… Que os custos de frete seriam inviáveis, que as pessoas precisam sentar em um sofá ou ver o acabamento de uma mesa de jantar para comprá-la etc., etc. Tudo isso deve ser levado em consideração, é verdade. Mas daí para dizer que lugar de móvel jamais seria na Internet… Bem, o que não faltam são exemplos de empresas provando o contrário e investindo fundo no e-commerce de móveis!

A MadeiraMadeira, maior e-commerce de móveis e artigos para casa do Brasil, é uma delas. Para começar, diante da pandemia e do aumento das compras de produtos para casa, só em 2020, a startup curitibana abriu dez centros de distribuição no Sul e Sudeste, mais um centro de fulfillment no interior de São Paulo. Essa ascensão, no entanto, não ocorreu do dia para a noite. Trabalhando firme não só num novo modelo de gestão e de vendas, mas também de relacionamento e de entrega, a MadeiraMadeira vem trilhando um caminho bastante inovador e de sucesso.

Com um novo aporte de 190 milhões de dólares, anunciado logo no início do ano, o e-commerce é agora avaliado em mais de 1 bilhão de reais, passando a compor o seleto grupo de unicórnios brasileiros — entenda mais sobre este conceito clicando neste link. Apenas 14 startups fazem parte dessa lista, para se ter uma ideia.  Segundo a empresa, o novo aporte será usado para investimentos em logística, desenvolvimento de marcas próprias e na expansão de suas guide shops.

E-commerce de móveis no Brasil e no mundo

E bem, muitos são os exemplos de triunfo no e-commerce de móveis ao redor do mundo. Enquanto a Magalu desenvolveu uma estratégia vencedora nos últimos anos, ganhando prêmios internacionais de inovação no varejo e vendo suas ações dispararem na Bolsa de Valores, a IKEA — a imbatível sueca dos móveis — se entregou de vez ao online shopping, transformando seu aplicativo em uma plataforma de compras, onde consumidores podem navegar e comprar produtos para entrega em domicílio ou retirada na loja.

E, claro, como já dito, nada disso aconteceu do dia para a noite, nem da noite para o dia. O canal de acesso direto ao consumidor, amplamente impulsionado por gigantes como a Wayfair e a Amazon, foi o setor de mais rápido crescimento no comércio de móveis nos Estados Unidos durante 2019. Superando de longe qualquer outra forma de varejo desses produtos, mesmo antes de se falar sobre pandemia, isolamento social e lockdown.

Juntos, esses varejistas registraram cerca de 49 bilhões de dólares em vendas no varejo no ano retrasado. Mas foram os players de comércio eletrônico de móveis que realmente explodiram. Com a Wayfair e a Amazon, então, relatando um total de 7,5 bilhões de dólares em vendas no varejo na categoria de mobiliário residencial. Valores 1,6 bilhão de dólares acima dos números de 2018. Um grande salto, de acordo com os dados da Furniture Today — especialista no varejo moveleiro norte-americano.

e-commerce de móveis

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As duas líderes no comércio eletrônico mundial percorreram um longo caminho desde os dias em que o setor moveleiro em geral olhava com desconfiança para as vendas virtuais. “Esse sentimento foi inicialmente confirmado durante o primeiro estouro da Internet no final dos anos 90 e início dos anos 2000, que viu muitas das startups no campo quebrar e queimar. Mas, nas últimas duas décadas, a Amazon construiu seu negócio de móveis com base em sua receita geral de comércio eletrônico. A Wayfair, que está no mercado em sua forma atual há menos de uma década, explodiu nos últimos anos”, pontua Warren Shoulberg, referência no setor moveleiro e de design de interiores nos Estados Unidos, para a Business of Home.

2020: O ano que consolidou de vez a venda de móveis on-line

E, claro, os números serão ainda muito maiores quando a contagem das vendas eletrônicas de 2020 forem finalmente contabilizadas. Só a Wayfair relatou um crescimento surpreendente durante a pandemia, incluindo 84% somente no último trimestre. Já a Amazon não divide suas vendas por classificação de mercadoria. Não sendo possível, portanto, saber se a empresa teve um crescimento semelhante no segmento durante o ano passado, mas com tudo indicando que sim.

“No início da era pontocom, a indústria de móveis costumava apontar para três categorias que nunca teriam sucesso on-line: móveis e colchões, eletrodomésticos e carpetes. Como a maioria das outras previsões sobre o negócio moveleiro, todas se revelaram erradas. E eles parecem estar errando mais a cada ano”, finaliza Shoulberg.

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