Em busca do amor-próprio: marcas devem investir na personalização e criação de valor

A individualidade e a autenticidade impulsionam a felicidade. Dessa forma, aceitação, autocuidado e inclusão estão na vanguarda do estilo de vida de muitos consumidores atualmente. O que quer dizer que as pessoas “em busca do amor-próprio” priorizam a própria felicidade, sentindo-se confortáveis em sua pele e, portanto, buscando por bens e serviços que elevem seu senso de identidade e possibilitem personalização.

E, como é de se esperar, se as empresas querem lucrar com este novo movimento de consumo, é preciso que criem conexões profundas com os clientes. Produtos que evocam bem-estar físico, emocional ou espiritual vão repercutir e melhorar a vida desse novo perfil.

Aliás, segundo levantamento feito pela Euromonitor International, que aponta os consumidores “em busca de amor-próprio” como uma nova tendência global, 54% dos profissionais já sabem que experiências de compra mais personalizadas terão um forte impacto no varejo até 2027. Fator que coincide com o fato de 56% dos consumidores ouvidos acreditarem que serão mais felizes nos próximos cinco anos.

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Personalização e criação de valor

Confiantes e satisfeitos, então, os consumidores anseiam por conforto e amor à medida que a vida volta ao “normal”. Como não estão mais em modo de sobrevivência, esses consumidores estão abraçando o futuro e se orgulham de superar as adversidades.

Os que estão em busca do amor-próprio compreendem seu valor e aceitam suas lutas e falhas. Desse modo, ter consciência dessa realidade permite com que eles sejam suas próprias fontes de felicidade.

Esses consumidores investem no cuidado de seu corpo e mente, e estão atentos ao que consomem, de produtos a serviços. A forma como ostentam combina com seu estilo de vida, seja comprando um produto que contenha Cannabis, seja adquirindo uma bolsa de luxo.

Os produtos e as experiências que empoderam esses consumidores a se tornarem sua melhor versão, portanto, vão direcionar as decisões de compra e lealdade dos clientes.

Indulgência, personalização e novas normas

Nessa tendência, inovações de produtos de indulgência —  de “prazer sem culpa” — estão crescendo globalmente em todos os setores. As marcas de beleza oferecem produtos com qualidade de salão em casa. Os fabricantes de alimentos e bebidas investem em ingredientes funcionais, com pouco ou sem álcool. Os fabricantes de móveis apostam em sustentabilidade e storytelling.

As empresas estão investindo em tecnologia para oferecer um cuidado personalizado. E essa personalização avançará e mudará em direção à aceitação em massa, desde o ramo da beleza e dos cuidados pessoais, até o da saúde, bem como o da decoração e do design e interiores.

Além disso, o marketing e as ofertas precisam ser inclusivos, sobretudo agora que os consumidores finais estão reconhecendo cada vez as marcas de móveis, algo recente no mercado. Por sua vez, as marcas estão quebrando estereótipos e normas sociais, ao vender mais do que produtos, experiências, soluções e, muito importante, estilos de vida. Permitindo, assim, que as pessoas em busca de amor-próprio se sintam confortáveis e confiantes para expressar seu verdadeiro eu.

Perspectivas para os consumidores em busca do amor-próprio

Os consumidores se concentrarão, cada vez mais, no crescimento pessoal e na aceitação. Especialmente enquanto essa sensação de incerteza social e econômica ainda continua no ar.

As empresas precisam, consequentemente, precisam apoiar os consumidores em sua jornada e compreender suas prioridades para instruir as inovações. Ofertas que ajudem os consumidores a se sentirem realizados, positivos e autoconfiantes vão melhorar a percepção da marca.

Investir em tecnologias, como inteligência artificial (IA), pode facilitar o desenvolvimento de soluções personalizadas mais sofisticadas.

Mais importante ainda: os que estão em busca do amor-próprio compram produtos e serviços que se alinham com suas motivações e identidades, que devem permanecer no centro das estratégias de negócios.

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