Engajamento e conversão – Muitas empresas lidam com a mídia social incorretamente, esperando que uma única ação vá perdurar por tempos. A verdade, porém, é que as marcas precisam ser mais estratégicas, com conteúdo adaptado ao consumidor e o objetivo de sustentar comunidades digitais leais e engajadas. Tanto gerando conteúdo como também interagindo com conteúdos gerados por seus usuários, neste caso, clientes.
É verdade, porém, que as empresas nem sempre têm controle sobre essas comunidades. A mídia social permite que elas se formem fora da bolha da marca. O que ficou bastante claro no ano passado, quando a Internet mostrou o poder dessas comunidades digitais, que provocaram disrupções em vários mercados.
Você, gestor, já pensou, por exemplo, em contratar um gerente de comunidades para o seu negócio? Pois é, essa profissão não só existe, como tem crescido e vem trazendo muitos benefícios para a expansão das marcas.
As comunidades de consumidores não são mais tão passivas. Com mais maneiras de se conectar com comunidades afins em todo o mundo, o público não se contenta mais em discutir passivamente seus interesses.
Em vez disso, os consumidores têm a dedicação e o poder para impulsionar a mudança ativamente. Essas comunidades estão rapidamente identificando os problemas nos quais estão interessadas e agindo em seguida para mudá-los.
Dessa forma, é inevitável que esperemos ver mais ativismo do consumidor em 2022. Com essas comunidades mais fortes e levando a mais mudanças em seus mercados.
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Nesse sentido, se o fortalecimento dessas comunidades on-line continuará sendo uma prioridade nos próximos anos; fundamental, portanto, é criarmos estratégias para infraestruturas digitais e espaços coletivos. E é sobre isso que falamos hoje em mais um conteúdo da série “Tendências Mídias Sociais 2022”, baseada em estudo homônimo da Hubspot e da Talkwalker, referências mundiais no assunto.
Análise de tendências nas comunidades digitais
O isolamento e o distanciamento social aumentaram nossa necessidade de socializar e se conectar. Disso, já sabemos. O ano de 2022, então, tem testemunhado o crescimento contínuo de
comunidades on-line. Grupos que se tornarão cada dia mais cruciais para que as empresas cultivem relacionamentos e atendam às necessidades do seu público.
As questões sociais que estiveram em destaque, por exmplo, tais como as Eleições, o movimento Vidas Negras Importam, a pauta feminista e a sustentável, entre outras, têm um aspecto importante em comum: todas elas têm por trás uma força motriz das comunidades.
Trata-se, dessa forma, de um poder coletivo que viabiliza sua causa, ideia, missão, por fim, marca!
As comunidades sociais podem se unir e crescer, por vezes muito rapidamente, e as marcas de sucesso conseguem ter acesso a essas comunidades com a mensagem e a intenção certas.
Engajamento e conversão: cases
No início de 2021, o mercado de ações testemunhou um período de pandemônio. Vimos marcas como GameStop, AMC, Nokia, BlackBerry e outras se manterem firmes enquanto as conversas on-line aconteciam de forma desenfreada.
“Ter usuários de mídia social criando esse efeito em Wall Street é outro exemplo de como as conversas on-line de nicho podem ser influentes. No início de 2021, compartilhamos como um dos tweets de Elon Musk fez a ação de uma marca explodir. Agora, ele é o dono do próprio Twitter”, ressaltam os idealizadores do estudo “Tendências Mídias Sociais 2022”.
Enquanto o mercado tentava entender essas ações movidas à energia social, a popularidade do mercado de investimento estava nos pensamentos de todos: 9,1 milhões de menções sobre o termo “investimento” nos últimos 7 dias em comparação com 3,1 milhões na semana anterior.
De fato, investir no mercado de ações é mais fácil hoje do que há uma década e, como mostrado a seguir, havia um misto de emoções. Alguns consideraram bom ter maior acessibilidade a esse mercado e outros se mostraram confusos com os eventos da semana. O mesmo podemos afirmar hoje sobre tudo o que aconteceu nas últimas semanas envolvendo a plataforma Meta, de Mark Zuckerberg, em relação ao metaverso, ou no mundo das moedas digitais, com os escândalos envolvendo a FTX, de Sam Bankman-Fried.
Conversas influentes podem acontecer em qualquer lugar e, desde o início da pandemia, elas acontecem cada vez mais no universo virtual.
Compartilhar ideias pela Internet, portanto, virou uma forma de ajudar outras pessoas com seus problemas. Conquistando, assim, apoio para suas próprias questões e motivando mudanças em tempo real em uma infinidade de casos. Como marca, desse modo, é fundamental monitorar conversas em várias plataformas e dados demográficos que possam ter impacto em seus negócios.
Foque a transparência
Cada aspecto de sua plataforma, marca e presença on-line deve ser genuíno e o mais transparente possível. Permita engajamentos e reconhecimento sempre que possível, como comentários, curtidas, votações e outras formas de fornecer feedback ou participar das discussões.
Seja persistente e expanda
Assim como não se pode esperar que uma comunidade on-line surja da noite para o dia, você também não pode ter a expectativa de que ela se mantenha sem esforço consistente ou sem conhecer seu público. As comunidades crescem porque as pessoas se sentem bem em fazer parte de algo. Certifique-se de que isso esteja no centro de seus esforços.
Dê aos consumidores um motivo
Explorar comunidades específicas pode ajudar a aumentar o envolvimento e a exposição e até mesmo o amor pela marca. Dê aos consumidores um forte motivo para ficar. Assim, você evita perder pessoas após o interesse inicial.
Busque o que realmente importa para sua marca
Claro, você quer que sua marca se conecte com seu público e esteja sempre por dentro das questões que importam para ele. Mas antes de mergulhar de cabeça, certifique-se de que seja uma questão que você possa acompanhar. Não há nada pior do que uma marca que só fala.
Desconfie de potenciais crises sociais
Mesmo que você não se envolva ou promova sempre conteúdo que gira em torno de questões sociais, precisa ter cuidado com o que associa ao nome da sua marca. Ninguém quer uma crise de relações públicas, já que esse é um jeito infalível de perder clientes.