Apresentando-se como a sétima maior economia do mundo, nós falamos AQUI recentemente que a França foi o terceiro maior destino das exportações de móveis brasileiros em julho de 2022, com participação de 6,4% no total exportado pela indústria brasileira do mobiliário no período.
Dessa forma, apesar de significativamente menor do que a participação dos Estados Unidos (43,8%), maior destino dos móveis e colchões brasileiros no mundo, os negócios entre as indústrias nacionais do setor e compradores franceses cresceram 186,3% no mês em comparação com julho de 2021. No ano, as exportações com destino ao país europeu já acumulam crescimento de 60,8%. Em 12 meses, o avanço é de 63,3%.
Os dados são do “Monitoramento das Exportações de Móveis”, estudo realizado pelo IEMI – Inteligência de Mercado com exclusividade para o Projeto Setorial Brazilian Furniture, de organização da ABIMÓVEL (Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário) e da ApexBrasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos).
O mercado de móveis e colchões na França
De acordo com pesquisa realizada pela INSEE (Institut national de la statistique et des études économiques), a França é o quinto maior produtor de móveis da Europa, ficando atrás de nações como Alemanha, Itália, Polônia e Reino Unido. O país contou com uma produção de móveis modesta, se comparada a do Brasil, porém. O que, refletido em números, representou US$ 7,5 bilhões produzidos, conforme números estimados pelo IEMI para 2021.
“Outro indicador importante é o do consumo aparente no país”, ressalta a equipe do Brazilian Furniture, que em 2021 teve 60,5% da participação suprida, justamente, pelo produto estrangeiro. “Confirmando, assim, que a França vem se abrindo gradativamente para o mercado e tornando-se um parceiro comercial com potencial. O que pode ser especialmente positivo para a indústria brasileira de móveis e colchões”, enfatiza a entidade.
Exportações de móveis brasileiros para o mercado francês
“Importante ressaltar também, porém, que os consumidores franceses prezam pela qualidade e transparência de informação [ambiental e social] dos produtos que têm a intenção de adquirir, o que exigirá um pouco mais de experiência do exportador para acessar tal mercado”, dizem.
Apesar de recuar significativamente entre 2006 e 2021, as exportações brasileiras de móveis e colchões para a França cresceram 68,4% na passagem de 2020 para 2021, quando foram exportados mais de US$ 19,9 milhões. Entre outros fatores, tal percentual de crescimento pode ser atribuído à recuperação do fluxo comercial mundial após a crise sanitária da Covid-19, em especial no ano de 2020.
No mix de produtos exportado pelo Brasil para a França, tendo por base o ano de 2021, a categoria de móveis foi a detentora da maior participação, representando o equivalente a 94,6% do total exportado. Em menor escala, verificou-se a linha de assentos: 5,4%.
“A partir desses resultados foi possível concluir que o Brasil conta com um potencial adicional de crescimento, numa perspectiva de longo prazo, de US$ 17,8 milhões em suas exportações para a França. Podendo, assim, vir a atingir um patamar de US$ 37,7 milhões”, aponta a equipe do projeto responsável pela divulgação do “Estudo de Oportunidades para Empresas com Potencial e Exportadoras – Edição França”. Isto é, um crescimento de 89,1%.
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