Exportações de móveis e colchões – Em agosto de 2021, o Brasil exportou mais de US$ 75 milhões (FOB) em móveis e colchões prontos. Tal resultado representa um aumento de +30,3% quando comparado com agosto de 2020. Quando analisada a variação no acumulado até o oitavo mês deste ano em relação a igual período do ano passado, no entanto, observa-se uma evolução ainda maior: +62,7% no montante exportado.
Apesar de estar abaixo do acumulado até o mês de julho (+72,1%), as variações entre 2021 e 2020 começam a se equilibrar em bases comparativas mais realistas, como ressalta a ABIMÓVEL (Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário), sem a influência das restrições mais severas impostas na primeira metade do ano passado, que, entre outros fatores, impactaram nos resultados positivos deste ano. “De qualquer maneira, os números observados demonstram, indiscutivelmente, um fôlego consistente nas exportações do setor. Indicando que os móveis e colchões brasileiros estão conquistando cada vez mais espaço ao redor do mundo, com progressão de +48,2% no acumulado dos últimos 12 meses”, ressalta a entidade. .
A situação vem sendo documentada no “Monitoramento das Exportações de Móveis e Colchões”, relatório mensal desenvolvido pelo IEMI – Inteligência de Mercado para a ABIMÓVEL e a Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos). O estudo acompanha o comércio de móveis em suas quatro principais linhas de produtos. São elas: estofados, madeira, metais e colchões.
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Exportações por segmento
Por linha de produto, aliás, nota-se que os móveis de madeira representaram 84,9% do total exportado pela indústria moveleira no Brasil em agosto de 2021. Isto é, cerca de US$ 63,7 milhões (FOB). A segunda maior participação foi da linha de móveis estofados, com uma parcela de 8,7%. Por fim, ambas as linhas de móveis de metal e colchões tiveram participação de 6,4%.
Na variação mensal, observou-se que todos os segmentos apresentaram um crescimento expressivo quando comparado com agosto de 2020. O destaque ficou para as exportações de estofados que registraram um crescimento de +88,8%, o maior entre todos eles. Na sequência, os móveis de metal registraram a segunda maior variação, com um crescimento de +76%, seguindo a trajetória de recuperação dos últimos meses.
Principais importadores e destinos em potencial
Com relação aos principais destinos das exportações brasileiras de móveis e colchões, os Estados Unidos permanecem como principal importador, recebendo 35,9% das exportações brasileiras no setor. O Chile segue na segunda posição, recebendo 15,5% dos produtos exportados pela indústria brasileira de móveis e colchões, e mantendo tendência de crescimento.
Em tempo, o Panamá novamente se destacou por apresentar um dos maiores crescimentos no montante recebido do Brasil: +964,6% na comparação de agosto de 2021 para igual mês do ano passado. O país da América Central, porém, ainda possui uma baixa participação entre os principais destinos, o que indica um espaço potencial para a expansão das exportações brasileiras por lá.
Exportações de móveis e colchões em agosto de 2021
- Para Alemanha houve aumento de +33,8% na variação mensal e queda de -2,4% no acumulado do ano.
- Para Arábia Saudita não foram realizadas exportações de móveis e colchões em agosto de 2021. Porém, no acumulado do ano, as exportações para esse país acumulam um crescimento de +301,9%.
- As exportações para o Chile apresentaram aumento de +199,1% na variação mensal e aumento de +212,8% no ano.
- Para a Colômbia houve queda de -12,7% na variação mensal e aumento de +41,3% no acumulado do ano.
- Para os Emirados Árabes Unidos foi registrado um aumento de +445,2% na variação mensal das exportações e aumento de +109,9% no ano.
- Para os Estados Unidos houve queda de -0,2% na variação mensal e aumento de +43,2% no ano. Apesar do recuo em agosto, o país continua sendo o maior importador de móveis brasileiros em termos de participação.
- Para o México houve queda de -49,6% na variação mensal e aumento de +50,6% no ano.
- Para o Panamá observou-se aumento de +964,6% na variação mensal e aumento de +235,0% no ano.
- O Peru apresentou aumento de +70,9% na variação mensal e crescimento de +85,9,% nos últimos 12 meses.
- E por fim, para o Reino Unido, destaque da nossa última análise, houve aumento de +0,9% na variação mensal e de +33,5% no acumulado do ano.