Exportações de móveis e colchões – Os Estados Unidos permaneceram como principal destino do mobiliário brasileiro no exterior durante o início da segunda metade do ano, recebendo 43,8% das exportações de móveis e colchões nacionais. Enquanto o Uruguai, na segunda posição, recebeu 7,4% do volume exportado pela indústria de móveis brasileira. O destaque do mês, contudo, segundo a ABIMÓVEL (Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário), ficou mesmo com a França.
Com todo o universo criativo voltando os olhares para a Semana de Design de Paris by Maison & Objet, durante os últimos dias 08 e 17 de setembro, as exportações de mobiliário brasileiro para a França aumentaram 186,3% na comparação mensal.
Resultado de fato relevante, considerando que o país europeu é agora o terceiro maior destino das exportações brasileiras de mobiliário, com parcela de 6,4% do total. No ano, as exportações com destino ao país europeu já acumulam crescimento de 60,8%. Em 12 meses, o avanço é de 63,3%.
Se por um lado vemos bons sinais. Por outro, é possível afirmar que as exportações brasileiras estão perdendo ritmo?
Sim e não. Afinal, depois de crescer acima dos 500% nos últimos cinco anos, a ABIMÓVEL já previa uma estabilização nas exportações brasileiras de móveis e colchões entre 2022 e 2023. Ainda assim, mantendo números, tanto em volume quanto em faturamento, bastante superiores aos do pré-pandemia.
Após subir 2,5% em junho frente a maio, a indústria brasileira entrou no primeiro mês do segundo semestre exportando cerca de US$ 73,2 milhões (FOB) em móveis prontos e colchões. “Resultado satisfatório, mas que representa um recuo de 1,8% quando comparado com o mês anterior e de aproximadamente 11% em relação a igual mês em 2021”, diz a entidade em comunicado.
Com tal desempenho, o acumulado do ano continua em queda: -1,5% de janeiro a junho e -3,5% até julho, comparando-se a iguais períodos do ano passado.
Apesar dos recuos em algumas variações, porém, ao analisarmos os últimos 12 meses, vemos um aumento de mais de 10,5% no montante exportado pela indústria brasileira de móveis e colchões. Confirmando a tendência positiva nas exportações brasileiras também neste ano.
Exportações de móveis e colchões por linha de produto
Por linha de produto, nota-se que os móveis de madeira representaram 82,8% do total exportado pelo País no sétimo mês do ano. Isto é, cerca de US$ 58 milhões (FOB). A segunda maior participação foi da linha de móveis estofados, com uma parcela de 11,3%. Por fim, móveis de metal e colchões tiveram uma participação de 3,6% e 2,3%, respectivamente.
Na variação mensal, observou-se que dois segmentos apresentaram crescimento quando comparado com julho de 2021: móveis de metal (+24,4%) e estofados (+21,7%).
A exportação de móveis de madeira, no entanto, que representa o maior montante exportado pelo Brasil no setor do mobiliário, apresentou queda de 15,5% em julho. Queda também observada no segmento de colchões, que recuou 21%. Ambos na comparação mensal.