As exportações de móveis e colchões brasileiros em março apresentaram crescimento de 40,1% em relação a fevereiro do mesmo ano. Seguindo, portanto, uma trajetória positiva desde o início de 2021, o acúmulo no primeiro trimestre foi de 34,5%.
Outra boa notícia é que voltando ao patamar de janeiro, todas as categorias analisadas no “Monitoramento das Exportações de Móveis” tiveram avanço nas vendas internacionais no mês de março. O estudo é desenvolvido mensalmente pelo IEMI – Inteligência de Mercado com exclusividade para as empresas associadas ao Projeto Brazilian Furniture — iniciativa da Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário (ABIMÓVEL) em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil).
Na comparação com fevereiro, os números em ordem de crescimento foram: estofados, +69,5%; móveis de madeira, +37%; e móveis de metal, +27,6%. Com tal resultado, então, a categoria “metal” recupera parte do volume perdido no mês anterior. Fechando, assim, o primeiro trimestre com variação positiva de 6,3%.
Os colchões continuam na liderança quando o assunto são as exportações no setor moveleiro. Crescimento significativo de 81,7% em março na comparação com o mês imediatamente anterior, quando já havia apresentado variação positiva de 63,4%. Dessa forma, o acumulado da exportação de colchões neste ano já é de 62,9%. Nesta categoria, a novidade é que diferente de fevereiro, o Uruguai foi o país que mais importou colchões brasileiros no mês de março (acréscimo de 51%). Deixando, assim, a Bolívia na segunda posição, mas ainda em ritmo acelerado (+106,3%).
Veja o panorama geral das exportações de móveis e colchões brasileiros na tabela abaixo:
Principais destinos das exportações de móveis e colchões brasileiros
Os Estados Unidos seguem firme como o principal destino do mobiliário brasileiro no exterior: +13,7% na passagem de fevereiro para março de 2021 e +31,5% no acumulado dos três primeiros meses. As negociações com o Chile, porém, também vêm crescendo a passos largos: +217,8% e +185,8% nas mesmas comparações, respectivamente.
Mais uma notícia muito bem-vinda: após queda de 11% na relação fevereiro-janeiro 2021, as exportações de móveis e colchões para o Reino Unido, importante parceiro comercial no setor, avançaram 27,1% em março. Com a movimentação positiva, o acumulado no primeiro trimestre foi de +7,7%. Não houve variação negativa na passagem de fevereiro para março entre os principais destinos das exportações brasileiras de móveis e colchões.
Oportunidades para o móvel brasileiro ao redor do mundo
Outros mercados que vêm demonstrando cada vez mais interesse pelo mobiliário brasileiro são nossos vizinhos sul-americanos. As exportações da indústria para o Uruguai cresceram 42,6% em março; já para o Peru, o incremento nos negócios foi de 48,5% — ambos na comparação mês a mês.
O avanço significativo no comportamento de consumo da população peruana, cada vez mais orientada à qualidade dos produtos quando falamos em bens duráveis, colocam o Brasil como um parceiro de negócios ideal: considerando a proximidade territorial, bem como a maior flexibilidade logística, tecnológica, econômica e de inovação de nossas indústrias.
E apesar de não figurar na lista dos dez maiores destinos do mobiliário brasileiro no mundo, as exportações de móveis de madeira para a Arábia Saudita vêm crescendo também com bastante robustez nos últimos meses. Só entre fevereiro e março de 2021, a variação foi de 221,9%. Ao observarmos o acumulado do primeiro trimestre, o salto é ainda maior: 346,3%.