Exportações moveleiras – Apoiando-se em uma base comparativa bastante alta, considerando o avanço significativo das exportações brasileiras de móveis e colchões durante o ano passado — na casa dos 50% —, o ritmo de vendas do setor no mercado internacional sofreu leve recuo nos primeiros cinco meses de 2022.
Segundo divulgado pela ABIMÓVEL (Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário), por meio de indicadores atualizados dos relatórios “Conjuntura de Móveis” e “Monitoramento das Exportações de Móveis”, ambos desenvolvidos pelo IEMI – Inteligência de Mercado para a entidade, apesar de positivo, o resultado de maio de 2022, dado mais recente, demonstra queda de mais de 9% em relação a maio de 2021.
Acumulando, dessa forma, recuo de pouco mais de 2,5% no ano.
“É importante ressaltar, contudo, que o primeiro semestre de 2021 foi marcado por uma das maiores performances da indústria moveleira nacional no comércio exterior, aquecido em virtude de diversos fatores internos e externos”, ressalta a ABIMÓVEL.
No comparativo mês a mês, no entanto, nota-se aumento de 10,2% em maio sobre abril deste ano, recuperando, em parte, o ritmo perdido ao final do primeiro quadrimestre e sinalizando estabilidade no comércio exterior no setor.
“Os resultados dos últimos 12 meses consolidam a fase positiva e promissora das exportações brasileiras de móveis e colchões, que acumula avanço de 20,2% no montante exportado no período”, enfatiza, mais uma vez, a entidade em comunicado.
Exportações moveleiras por linha de produto
Por linha de produto, nota-se que os móveis de madeira continuam representando o principal carro-chefe da indústria brasileira no mercado internacional. As exportações no segmento representaram 83,7% do total de mobiliário exportado pelo País. Isto é, cerca de US$ 58,8 milhões (FOB). É importante observar, no entanto, para fins estratégicos, que a categoria apresentou queda de 12,5% em maio.
A segunda maior participação foi da linha de móveis estofados, com uma parcela de 10,2%. Por fim, móveis de metal e colchões tiveram uma participação de 3,4% e 2,7% respectivamente.
Na variação mensal, observou-se que dois segmentos apresentaram crescimento quando comparado com maio de 2021: móveis de metal e colchões, que registraram aumentos de 29,3% e de 13,6%, respectivamente.