Fartos do establishment, consumidores estão a cada dia mais inquietos e rebeldes

“Os consumidores estão fartos. Desconfiar dos líderes agora é a regra. Preconceitos e desinformação estão causando uma crise de confiança. Depois de sofrer, dar prioridade a outras pessoas e quebrar a cara, estes entusiastas de si mesmos estão se rebelando e colocando suas necessidades e desejos em primeiro lugar.” É dessa forma que a Euromonitor International, referência mundial em pesquisas e estratégias de mercado, descreve mais uma “super tendência” entre consumidores, denominada “Inquietos e Rebeldes”.

E o que o setor moveleiro tem a ver com isso? Bem, segundo os responsáveis pelo relatório “10 principais tendências globais de consumo em 2021”, há duas formas do empresariado se beneficiar dessa nova onda.

1- Inquietos e rebeldes: Atendendo à mentalidade do ‘primeiro eu’

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Cansados e desiludidos, os consumidores passam, de um lado, a olhar cada dia mais para si. Seguindo essa premissa e indo um tanto quanto na contramão de tendências como da “valorização do local” e do “consumo consciente”, após o fim do primeiro lockdown na China,  os compradores correram para as lojas de grife. Em um único dia, a marca francesa Hermès, por exemplo, registrou US$ 2,7 milhões em vendas só na cidade de Guangzhou. Os Inquietos e Rebeldes estão imersos em um “consumo de vingança”, fazendo, então, compras extravagantes depois de ficarem confinados em casa por vários meses. As empresas, por sua vez, estão identificando oportunidades de crescimento em artigos de luxo acessíveis, como móveis sob medida e artigos de design.

2- Produzindo conteúdo e entregando informação

Para aproveitar a tendência dos Inquietos e Rebeldes, ainda, as empresas podem realizar ações de marketing mais precisas nas redes sociais, por exemplo, dando voz aos consumidores e pressionando as plataformas a combaterem a desinformação. Empresas e veículos devem atuar juntas para viabilizar o compartilhamento de informações assertivas e relevantes. Evitando, assim, o risco de perder a confiança dos consumidores.

A desconfiança generalizada com relação à mídia e ao conteúdo da Internet, aliás, indica que as empresas têm a chance e a obrigação de orientar seu marketing para o combate à desinformação. Os consumidores querem ter acesso aos fatos e esperam iniciativas das próprias marcas neste sentido. O que é não só uma ótima oportunidade para a efetivação de vendas, mas, sobretudo, para a captação de leads e criação de ofertas personalizáveis.

Para se ter uma ideia, 37% dos consumidores em todo o mundo compartilharam seus dados para receber ofertas personalizadas durante o ano passado. Ações de marketing mais precisas no universo virtual serão essenciais para a navegação das empresas em 2021. As experiências virtuais on-line continuarão relevantes e os negócios sofrerão grandes perdas caso não considerem estas possibilidades de crescimento e posicionamento de marca.

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