Feiras e eventos: O papel da tecnologia para unir e compreender pessoas

Depois de tantos meses de expectativas e com a vacina ainda se mostrando uma incógnita, apenas uma verdade se faz absoluta neste ano: precisamos nos reinventar! Máxima que se torna ainda mais precisa quando falamos de feiras e eventos. Depois de cancelamentos, remarcações, incertezas, planos e mais planos, o que fica para a área é a necessidade de finalmente se abraçar as mudanças que já batiam à porta do segmento há tempos. Com a tecnologia, claro, assumindo de vez o centro do palco.

Experiências interativas, por exemplo, já são comuns em exibições de feiras hoje em dia. Ou melhor, já eram comuns nas feiras do “velho normal”. Ferramentas como scanners de crachás, quiosques com tablet, murais interativos e aplicativos para smartphones já vinham mudando a forma como as marcas moveleiras estavam abordando aos visitantes. Mas esse movimento foi apenas o começo de uma transformação que, em curso, acelerou-se completamente neste ano.

Unir

Antes de tentarmos desvendar o que deverá acontecer no futuro, porém, que tal entender o que está sendo ou pode ser feito hoje para se manter a conexão entre compradores e fornecedores? Enquanto as relações humanas continuam (ainda mais intensamente a partir de agora) a serem o foco das feiras de negócios , mais tecnologia está a caminho para, contraditoriamente, colaborar nessa missão de aproximar pessoas.

Para que essa transformação realmente ocorra, porém, há um ponto essencial a ser explorado por organizadores e expositores em todo o mundo. Estamos falando em personalização! E não apenas de produtos, serviços e atendimentos personalizados para os clientes. Mas também personalizáveis por eles. Entendeu a diferença? Cada vez mais, as pessoas querem ter o controle sobre suas decisões. Com as tendências surgindo a partir de seus comportamentos, e não mais definindo-os.

Compreender

O marketing eficaz nesse ambiente, portanto, exigirá a previsão das necessidades dos clientes em potencial. Para tal, sairá na frente expositores e organizadores que passem a dar mais atenção à pesquisa de mercado. Com cada vez mais dados disponíveis e facilmente acessíveis, o objetivo será aprender tudo o que puderem sobre seus possíveis clientes. Dessa maneira, serão  capazes de prever o comportamento dos participantes. O que lhes dará a capacidade de criar experiências customizáveis, seja nas plataformas digitais ou nos estandes.

Oferecer essas experiências centradas no cliente, então, criará uma conexão mais profunda entre os elos do setor. O resultado deverá ser uma vivência mais rica e memorável em relação à marca. Justamente passando essa sensação de controle e exclusividade que tanto as pessoas procuram. O que poderá culminar na fidelização de novos compradores e encurtar o ciclo de vendas.

Abraçar essas mudanças, portanto, é necessário não só para realizar feiras comerciais de sucesso nos próximos anos, como para manter níveis de interação com seu público-alvo enquanto as feiras e eventos presenciais ainda não voltam a ser uma realidade. Dessa forma, soluções e práticas que funcionaram no passado estão se tornando desatualizadas e ineficazes.

Agir

Um bom exemplo brasileiro dessa movimentação em busca de atualização e do melhoramento do fator experiência mesmo que de maneira virtual, vem da organização da feira ForMóbile. Realizada pela Informa Group – maior promotora de feiras de negócios do mundo -, eles recentemente anunciaram o lançamento de uma nova plataforma, a Xperience. Reunindo em um ambiente digital os principais conceitos e atividades praticados nas feiras e eventos físicos. São eles: conteúdo, networking e negócios.

“Todo o nosso modelo foi desenvolvido com base em pesquisas de interesse dos usuários”, explica Liliane Bortoluci, diretora da ForMóbile. “A usabilidade da Xperience é bastante intuitiva e toda pensada para favorecer a interação entre o público. O grande destaque fica por conta da Blue – ferramenta de Inteligência Artificial que possibilita uma análise avançada dos interesses de cada usuário e oferece produtos, conexões e conteúdos adequados para cada perfil.”

A plataforma será lançada durante a ForMóbile Xperience, de 20 a 22 de outubro de 2020 – outra aposta do grupo no universo virtual. “Durante esses três dias, os usuários poderão acompanhar conteúdos inéditos e ao vivo. Interagindo com os palestrantes, encontrando conexões que os interesse e conhecendo os principais lançamentos do mercado. Além disso, haverá a possibilidade de conversar diretamente com fornecedores do nosso setor, realizar orçamentos e tirar dúvidas”, explica a diretora. A inscrição pode ser feita gratuitamente a partir de 1º de outubro no site da ForMóbile – clique aqui.

A data marca o lançamento da Xperience ao mercado. Porém, a plataforma continuará sendo atualizada e poderá ser sempre acessada. “E, claro, também mantemos uma comunicação diária por meio das redes sociais. Tudo desenhado com base em uma estratégia de acordo com a jornada e interesse de cada um dos consumidores. O que fortalece nossa proximidade e referência no setor.”

Redes sociais como novo ambiente de conexão e exposição

E por falar nas redes sociais, é inegável o papel dessas plataformas como os principais braços de apoio na organização de feiras e eventos moveleiros em 2020. E é justamente sobre isso que continuamos a falar por aqui na próxima semana. Continuem nos acompanhando. Aliás, inclusive pelas redes sociais!

 

O futuro high-tech das feiras e eventos

Queiramos isso ou não, as feiras moveleiras estão em constante evolução. Podemos continuar a fazer as mesmas coisas, com as mesmas ferramentas, se quisermos. Mas é provável que isso só leve a resultados decrescentes. Efeitos que podem ser muito melhores se assumirmos as mudanças que estão acontecendo em nosso setor.

Devemos, então, nos posicionar para atender a esses novos tempos e aos novos perfis de compradores com novos planos e mecanismos. Afinal, após a longa paralisação dos negócios, todos estão ansiosos para “correr atrás do tempo perdido” – maximizando o impacto de marketing e vendas. Então, não se esqueça de avaliar todas as ferramentas disponíveis no mercado e o que mais conseguiríamos criar.

“Em um mundo baseado na web, não é mais necessário esperar até o próximo evento para que os clientes encontrem o que procuram. A experiência da feira comercial deve oferecer algo que não pode ser fornecido pela Internet. Ele acredita que as demonstrações de produtos passarão a ter um tom mais teatral, com maior suporte tecnológico. Tais como simulações 3D, telas interativas e conteúdo entregue nos celulares dos participantes.

Os jogos também deverão encontrar lugar nos estandes de alguns expositores. Os visitantes poderão se envolver com o produto de maneiras que não seriam possíveis em outros lugares. Algumas marcas criarão novos catálogos e mostruários para seus produtos usando dispositivos de Realidade Virtual, Tecnologia Vestível, Realidade Aumentada e a lista só aumenta. Apesar de toda a digitalização, apenas as ofertas que realmente fornecem aos visitantes valor agregado de uso ou entretenimento terão sucesso.

Feiras e eventos: Uma nova dinâmica

Isso, sem ainda entrar no mérito dos protocolos de segurança que, mudando a todo momento, deverão representar uma grande parte das transformações na dinâmica, formato e programação das feiras no pós pandemia. Enquanto ainda é impossível prever o futuro, apegamo-nos, então, no que pode ser feito hoje. Para além dos organizadores, o que você, como expositor nessas feiras, tem feito para alcançar clientes?

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