Empresas do mundo todo estão aderindo e se engajando em projetos de implantação do ESG. Isso não só pelas vantagens na preferência dos consumidores, com 70% estando dispostos a pagar mais caro por produtos e serviços de empresas que praticam a sustentabilidade, segundo pesquisa do Sebrae; mas também por impactar POSITIVAMENTE na redução de custos, redução de riscos e aumento da credibilidade para com os stakeholders.
A questão é: ninguém nasce pequeno e quer ser pequeno uma vida inteira. Precisamos pensar em nossos negócios como GRANDES pequenos negócios e zelar pela GOVERNANÇA corporativa, desde o nascimento até mesmo nos planejamentos de crescimento e desenvolvimento do negócio.
Assim, podemos citar, dentre outros, os principais setores que se beneficiam da Governança: Recursos Humanos, Jurídico, Departamento Pessoal, Segurança do Trabalho, meio ambiente, questões sanitárias, metrológicas, setor de compras e almoxarifado, setores de qualidade e financeiro.
Os principais problemas que impactam a Governança das empresas, sejam elas de quais tamanhos forem, são:
- Setor administrativo: vazamento de dados sigilosos e estratégicos da empresa; segredos industriais; desenhos técnicos; modelos; moldes;métodos dos setores administrativos.
- Setor RH/DP: perda de documentos de colaboradores; exposição de dados de saúde dos mesmos; ausência de compliance na contratação, gerando turn over alto; absenteísmo; não guarda pelo prazo legal de documentos rescisórios dos colaboradores; ausência de tecnologia no controle documental.
- Setor meio ambiente e segurança do trabalho: acidentes; cassação de licenças e autorizações; falta de gestão da informação, fazendo com que o colaborador ou consultor saia e leve todos os documentos e dados da empresa consigo; perda de prazos para cumprimento de obrigações ambientais e condicionantes de licenças.
- Setor almoxarifado e compras: fraudes contratuais; corrupção ativa e passiva; perda de contratos; descadastramentos como fornecedor; perda de clientes por atrasos e prejuízos em compras erradas; ausência de processos internos de FIFO, dentre outros, impactando a qualidade de produtos; ausência de transparência nos processos de compras; ausência de gestão de estoque, fazendo com que a empresa perca dinheiro com compras erradas.
- Diretoria / Sócios: brigas por ausência de transparência entre os sócios; ausência de criação de relatórios de desempenho; ausência de transparência quanto aos contratos firmados; ausência de publicidade do desempenho da empresa; falta de alinhamento na gestão, promovendo confusão entre colaboradores (dúvidas sobre quem tem o poder decisório); estresse da equipe; perda da credibilidade entre sócios e para com stakeholders em geral.
Em se tratando de uma indústria de móveis, a classificação dos riscos são calculados como sendo ALTOS.
A Lei de Liberdade Econômica (13874/2019) com entrada em vigor antes da pandemia teve sua tração e amplitude prejudicada. Dessa forma, apesar de editada para facilitar, não cumpre o papel completo por resistência dos próprios órgãos fiscalizatórios. Já a lei da Microempresa (Lei Complementar 123/2006), determina uma desburocratização em prol das empresas MEI, ME e EPP.
Porém, isso não quer dizer que as empresas devem ter a lei e o governo como “pais e mães”, não devendo ser interpretadas como uma “flexibilização” sem precedentes. Mas, sim, dar engajamento na regularização, chamando os empresários a internalizar suas obrigações de forma menos pesada e menos ostensiva.
Lado outro, a fiscalização não parou, nem mesmo na pandemia, servindo de alerta aos empresários que, mesmo detentores de benefícios legais para facilitar o acesso à regularização, não estão excluídos de fazê-lo no tempo e da forma certa.
Sairão ganhando as empresas que:
- Não socializam seus passivos (trabalhistas e ambientais) com a sociedade;
- Internalizam seus custos e implantam a sustentabilidade como MISSÃO;
- Praticam a rastreabilidade e a transparência para com seus stakeholders (consumidores, colaboradores, fornecedores, sócios, sociedade como um todo);
- Documentam e possuem gestão do conhecimento em todos os setores, evitando perdas de padrões, processos, garantindo maior segurança jurídica e melhor desempenho na Governança documental;
- Monitoram dados e usam tecnologia e P&D nos seus modelos de gestão. Lembrem-se que essas orientações são meramente exemplificativas.
A Governança corporativa em uma indústria ou fabricação de móveis é POSSÍVEL e se adapta a esse negócio de ponta a ponta, sendo um real MODELO DE GESTÃO. O que, então, não só garante a sobrevivência do negócio como também colabora na manutenção dele no mercado e ajuda-o a manter-se competitivo frente aos concorrentes.
Fato é que o ESG chegou para ficar e quem está fora desses conceitos e não os internalizam em seus negócios estão perdendo feio, quer seja em termos financeiros, quer seja em termos de controle sobre o seu negócio.
A Governança por si só não alcança sozinha os objetivos da SUSTENTABILIDADE. É preciso uma consciência EVOLUÍDA para tal modelo de gestão.
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