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IBGE divulga resultados dessazonalizados do fechamento da indústria brasileira em 2021

“Um ano em que a indústria brasileira cresce sobre um período de muita perda.” Foi assim que o gerente da Pesquisa Industrial Mensal (PIM-PF), realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), descreveu o desempenho do setor industrial brasileiro em 2021. Crescendo 2,9% na passagem de novembro para dezembro e acumulando alta de 3,9% no ano passado, o acumulado do ano interrompeu dois anos seguidos de queda: -1,1% em 2019 e -4,5% em 2020.

Apesar do avanço, baseado, sobretudo, em comparações muito baixas no início do ano passado, a produção industrial no Brasil se encontra 0,9% abaixo do patamar de fevereiro de 2020, no cenário pré-pandemia; e 17,7% abaixo do nível recorde, registrado em maio de 2011.  Não compensando, portanto, a queda de 4,5% de 2020. Mas, sem dúvida, trazendo perspectivas um pouco mais otimistas para 2022.

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Indústria brasileira: como ficou o setor moveleiro?

Antes de falarmos sobre os números da indústria moveleira, é importante entendermos, porém, um pouco melhor sobre a metodologia utilizada pelo IBGE para medir o desempenho da indústria mensalmente. Realizando, para tal, ajustes sazonais, ou seja, valendo-se de resultados dessazonalizados que, como esperado, são visivelmente menos voláteis do que as séries sazonalizadas. Isto porque não levam em consideração flutuações típicas de determinadas temporadas e datas especiais que alavancam a produção de determinados produtos, como os móveis.

Dessa forma, na série dessazonalizada, a produção moveleira no Brasil apresentou, segundo o IBGE, queda de 2,3% sobre 2020. O resultado é menor do que os 3,8% experienciado em 2020 sobre o ano anterior, demonstrando certa recuperação. Ainda assim, este é o quarto ano consecutivo em que a Pesquisa Industrial Mensal aponta queda no fechamento da indústria brasileira de móveis.

Ao compararmos o mês de dezembro de 2021 com igual mês em 2020, a indústria em geral recuou 5%; com o setor moveleiro apresentando uma das principais influências negativas na comparação: -25,8%.

Afinal, o consumidor está redirecionando a renda ou falta dinheiro para comprar móveis? Veja a análise de Laercio Comar, CEO da ADDE – Indicadores de Apoio à Gestão, no Drops Setor Moveleiro desta semana – clique para acessar o vídeo.

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