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No dinâmico cenário do setor moveleiro, a revolução visual está redefinindo a forma como os consumidores interagem e tomam decisões de compra. A indústria, em resposta a essa transformação, está investindo cada vez mais em imagens digitais e virtuais, utilizando softwares e equipamentos de alta performance para a apresentação e valorização de produtos. As imagens renders saem disparadas na frente em questão de velocidade no fechamento de negócios.
O consultor especialista em varejo e indústria de móveis, Paulo Pacheco, destaca a crescente importância das imagens estáticas, em movimento e vídeos em 3D. Ele enfatiza que, atualmente, as representações visuais desempenham um papel estratégico no cenário empresarial, superando as imagens reais em termos de qualidade. “Elas permitem a valorização de detalhes e acabamentos, facilitando a criação de ambientes e decorações rápidas com excelente custo-benefício”, observa.
Antigamente, a obtenção de fotos ambientadas era cara e demorada, levando semanas para montar cenários e decorar. Atualmente, graças a bibliotecas de decoração de alta qualidade, esse processo é significativamente mais ágil, aplicando-se tanto à imagem estática quanto a vídeos, utilizados para apresentar produtos e demonstrar sua montagem.
Paulo Pacheco destaca a importância estratégica das imagens na atração de clientes, especialmente considerando que a maioria dos clientes acessa lojas por meio de mídias sociais ou WhatsApp. “Lojas utilizam imagens como ferramentas de atração, gerando leads automaticamente, embora a conversão desses leads demande competência e ferramentas adequadas”, afirma.
A revolução das imagens na apresentação de produtos
A imagem virtual de capa utilizada pela plataforma Setor Moveleiro para ilustrar essa matéria, é design da Rudnick e modelada pela Dip Studio 3D. Destaca-se como um exemplo de sucesso entre os cases do estúdio.
São numerosos os projetos bem-sucedidos que acompanham a trajetória da Dip Studio. O gestor de design, Cássio Girolometto, esclarece que no processo de criação da imagem digital, é essencial renderizá-la, destacando que já dedicaram um ano à digitalização completa da biblioteca de produtos de uma empresa.
“Nós virtualizamos os produtos da empresa para uso em plataformas e mídias digitais. Hoje a padronização virtual dos produtos é essencial para o crescimento da empresa. Contudo, é preciso planejamento e profissionais alinhados e engajados com o aumento das vendas, não só com a arte da criação”, afirma.
Ele destaca que o planejamento precisa ser estratégico, com o foco no sucesso do produto, no aumento das vendas, na receita e no lucro da empresa. Obviamente, há custos envolvidos, mas esses investimentos retornam para a indústria em termos de velocidade de vendas”, complementa Cássio. Ele destaca que, atualmente, a imagem desempenha um papel crucial para não perder oportunidades de negócios, enfatizando que “quem apresenta e entrega antes tem maior probabilidade de fechar o negócio”. “Não tem mais haver somente com a produção da empresa, mas sim com a capacidade de apresentação”, afirma. Ele destaca a mudança de foco da produção para a capacidade de apresentação como essencial nos dias de hoje.
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*imagens divulgação Dip Studio 3D
Imagens renders: uma trajetória de sucesso
A arquiteta Ana Paula Patussi, do escritório StudioAlfa, concorda que o uso das imagens 3D é um caminho sem volta. “É muito mais racional usar as maquetes 3D do que fotos dos ambientes”, afirma. Ela considera que ao longo dos anos tem aumentado muito a sua contribuição no processo de apresentação de ambientes por ser muito mais econômico e ágil. “Ao utilizar imagens 3D e a manipulação computacional, é possível visualizar inúmeros detalhes e ângulos inusitados, o que é incrível”, considera.
Ana Paula ressalta como uma grande vantagem conseguir enxergar o produto de uma maneira muito real antes mesmo dele estar fisicamente pronto. “Isso nos permite economizar diversas etapas nos mock-ups, maquetes e protótipos, pois você já tem uma ideia bastante clara do produto. A maquete eletrônica, o render, o 3D proporcionam uma compreensão abrangente”, afirma.
Agilidade na apresentação de lançamentos
Na perspectiva do gerente comercial nacional da MGM Móveis, Sandro Luís Canabarro, as imagens são primordiais para a divulgação da linha de produtos, bem como para apresentar os seus diferenciais. “Não adianta quebrarmos a cabeça desenvolvendo produtos e até mesmo pagando designers se depois não conseguirmos transmitir isso para os clientes e consumidores”, disse. Nesse sentido, a empresa faz a utilização de imagens inclusive para treinamento da equipe, além de usar para divulgação nas redes sociais.
Canabarro destaca a agilidade e versatilidade na utilização de imagens 3D e renders no lançamento de produtos. “Temos uma agência muito focada trabalhando em parceria conosco, pois faço muitos testes de cores e modelos antes mesmo de desenvolvermos protótipos. E depois, lógico, ‘abusamos’ muito na quantidade e diversidade de ambientes”, exemplifica.
Custo-benefício notável
Para ele, a agilidade é uma das principais vantagens de utilizar renders em 3D em comparação com imagens reais na promoção de móveis. Em razão do custo-benefício e da possibilidade de usar ambientes muito variados, proporcionando mais utilidade aos produtos.
O gerente destaca que o uso do QR Code deixou de ser um diferencial para se tornar parte do cotidiano de todos. Atualmente, essa praticidade tornou-se uma necessidade, com as pessoas buscando agilidade em seus smartphones. Diante disso, ele enfatiza a importância de os fabricantes de móveis estarem atentos a essa tendência. “Os móveis precisam estar de olho nisso e divulgar vídeos, manuais e informações através dessa ferramenta”, afirma.
Superando desafios e encontrando profissionais
Em resumo, para o especialista no setor moveleiro Paulo Pacheco, as marcas que reconhecem a importância das imagens em 3D e seus benefícios têm alcançado melhor o mercado com o advento dos e-commerce. “Muitas, inclusive, avançam e chegam diretamente ao consumidor, pulando a etapa do canal de distribuição, que é o varejo de terceiros, indo do b2b ao b2c”, disse.
Os desafios, segundo Pacheco, são mais na ordem cultural e visão de mercado, do que de investimento e fornecedores. “Pois temos estúdios qualificados em imagens 3D para móveis e colchões, com know how, equipamentos com tecnologia e profissionais para fazer o melhor”, conclui.
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