Após o desempenho positivo no mês de maio, a indústria de móveis experimentou duas quedas consecutivas nos meses seguintes, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Dessa forma, mantendo a tendência de declínio estabelecida no primeiro semestre do ano, quando a Pesquisa Industrial Mensal, a PIM-PF, indicou recuo de 19,8% na produção moveleira quando comparada a igual período no ano passado.
Abrindo um novo semestre, a produção no último mês de julho foi 5,4% inferior ao produzido em junho deste ano e 14,8% menor em relação a igual mês no ano passado, sendo esta última a maior queda entre todas as atividades pesquisadas na mesma variação.
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Indústria de móveis
É sempre importante lembrar que o setor moveleiro foi um dos que mais se projetaram durante o isolamento social, com bases comparativas bastante altas, em especial durante os 12 meses entre o início do segundo semestre de 2020 e de 2021. Ainda assim, não estamos num momento de “tapar o sol com a peneira”, com tal desempenho devendo ser observado e interpretado por todos os players da cadeia produtiva, com vista à busca de alternativas e soluções que ofereçam melhorias no ambiente de negócios dentro do setor e incentivem o consumo na ponta.
No acumulado dos últimos 12 meses, a produção de móveis demonstrou recuo de 19,9%. Enquanto no acumulado de 2022 (janeiro a julho), a produção da indústria de móveis é de -19,1% comparada a igual período do ano anterior: também a menor entre as atividades industriais e bem distante dos -2% da indústria geral, que apesar do recuo na variação, avançou 0,6% na passagem de junho para julho.