Exportar se tornou assunto – e desejo – cada vez mais latente entre as indústrias moveleiras nacionais. Enquanto mercados como o americano, o uruguaio e o britânico continuam bastante relevantes, a Arábia Saudita aparece como um novo destino em potencial, com um avanço considerável nos últimos anos. Colocando, assim, nossa indústria em concorrência com outros mercados. Um deles é o egípcio, que tem o território saudita como o seu principal alvo de exportações de móveis. E é sobre a indústria moveleira no Egito que falamos hoje em mais um conteúdo do nosso giro pelo mundo.
Estatísticas: Indústria moveleira no Egito
O tamanho médio do mercado de móveis egípcio é estimado em US $ 2,6 bilhões. Com uma taxa de crescimento anual de 5% a 7%. As vendas industriais no primeiro trimestre de 2020 foram de US$ 649 milhões – uma queda de 20% em relação ao mesmo período do ano passado. A diminuição das vendas se deu, sobretudo, devido à suspensão das atividades e o isolamento social a partir de março, a exemplo do que ocorreu na maior parte do mundo.
As exportações do setor caíram 33% no período janeiro-junho de 2020. Registrando US $ 95 milhões, ante US $ 143 milhões no mesmo período de 2019. A Arábia Saudita ficou em primeiro lugar em termos de países que importaram móveis egípcios durante os primeiros seis meses deste ano. Com US $ 26 milhões, em comparação com cerca de US $ 35 milhões no mesmo período de 2019. Os Emirados Árabes Unidos aparece em segundo lugar, com cerca de US $ 14 milhões em comparação com US $ 19 milhões em 2019.
Existem cerca de 120 mil empresas de móveis no Egito. Apesar de espalhadas por todo o país, há maior concentração em algumas províncias. Damietta, por exemplo, é considerada a capital moveleira do Egito – contando com 35% de empresas moveleiras egípcias. O número de empregados na indústria moveleira nacional gira em torno de um milhão, com queda de 25% em relação ao ano anterior.
No Egito, a taxa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) real aumentou para 5,6% no ano fiscal de 2019 (encerrado em 30 de junho de 2019), em comparação com 4,6% nos três anos anteriores. Este desempenho robusto foi sustentado ao longo da primeira metade do ano fiscal de 2020, impulsionado principalmente por investimentos e melhoria das exportações líquidas.
Situação da indústria moveleira
Atualmente, o setor moveleiro no Egito sofre muitos problemas, como o alto custo das matérias-primas e a fraca comercialização. As soluções são discutidas com os órgãos competentes e, na falta de uma solução, o Conselho de Exportação de Móveis Egípcios (Efec) acredita que a demanda local por móveis será fraca. O que, consequentemente, afetará a produção local e as exportações, em geral, diminuirão.
Como aqueles nas indústrias de hospitalidade e turismo, movidos a commodities, as empresas orientadas para a exportação e altamente alavancadas sofrerão o impacto das atuais circunstâncias. No caso da aplicação do cenário de crescimento, a Efec acredita que as exportações deverão chegar a US $ 220 milhões até o final de 2020. E posteriormente crescer 20% em termos de exportações e trabalhadores.
Perspectiva mais longa
Deixando a pandemia de lado, o Egito está lançando outra onda de reformas para lidar com as restrições de longa data. Visando uma forte transformação econômica liderada pelo setor privado. Estes devem se concentrar na redução da burocracia, no levantamento das barreiras comerciais não tarifárias, na promoção de condições equitativas entre os atores econômicos públicos e privados, bem como na facilitação de acesso aos principais insumos (como terra e mão de obra qualificada) para atender ao setor privado. Permitindo, assim, sua expansão para setores mais produtivos. De modo que o setor privado se torne capaz de gerar mais e melhores empregos que podem impulsionar a prosperidade compartilhada e reduzir a pobreza no país.
No longo prazo, a indústria moveleira do Egito precisa trabalhar nos seguintes aspectos: em primeiro lugar, para melhorar e aumentar o valor acrescentado dos produtos finais e introduzir produtos inovadores; depois, ter uma melhor representação do setor moveleiro no mercado internacional; terceiro, envolver especialistas altamente treinados e qualificados em empresas egípcias; por fim, abrir novos mercados e promover a integração econômica.