Indústria moveleira: Produção de móveis cresce 7,4% na comparação janeiro 2020-2021

Boas novas no início do ano para a indústria moveleira. A produção de móveis subiu 3,6% na comparação (sem ajuste sazonal) entre janeiro de 2021 e dezembro de 2020. O resultado é ainda mais expressivo ao compararmos também com o primeiro mês do ano passado: aumento de 7,4%. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Para entendermos o real impacto desses números na indústria moveleira, porém, é preciso contextualizá-los. Habitualmente, quando falamos no volume de produção de móveis, os primeiros meses do ano são mais fracos do que os anteriores. Com as atividades voltando a tomar força, então, no segundo trimestre, já com vista a atender a demanda mais alta da segunda parte do ano. Obviamente, 2020 colocou essa dinâmica de ponta-cabeça.

PIM - PF IBGE INDÚSTRIA DE MÓVEIS PRODUÇÃO DE MÓVEIS SETOR MOVELEIRO

Perspectivas para a indústria moveleira para o primeiro trimestre de 2021

Entre os abismos produtivos e comerciais vividos nos meses de março, abril e maio até o super boom das vendas no varejo no segundo semestre de 2020, muitos foram os desafios. Com especial atenção à escassez de matérias-primas e outros insumos. Fatores que travaram a produção, o estoque e, consequentemente, o atendimento da demanda, causando filas de esperas que ainda se estendem por meses.

Com a Black Friday e o Natal de 2020 já tendo ficado no passado, porém, essa demanda sufocada pode resultar em um primeiro trimestre bastante oportuno para a indústria moveleira, que está fazendo grandes esforços para entregar os pedidos estagnados durante o ano passado. Indo na contramão, porém, a situação do abastecimento ainda continua bastante delicada, com as altas constantes tanto do dólar americano, que regula o mercado, quanto do frete internacional, que aumenta o preço dos insumos, ainda causando impactos significativos na porta da fábrica. Como, então, repassar os reajustes para o varejo? E, pior, em pedidos já formalizados?

(Re)ação em cadeia!

O que vemos, assim, é uma verdade livre para diversas interpretações. A questão é: De que maneira podemos tirar o melhor proveito do momento com o que já temos? Afinal, o fato é que a indústria brasileira, setor que mais empregou em 2020, vem fazendo milagres durante a crise. O que, mesmo com o novo Auxílio Emergencial (que deverá ficar entre R$ 175 e R$ 375), não continuará acontecendo com o mesmo fôlego do último semestre.

Isso, sem levar em consideração a mudança iminente na dinâmica de compras do consumidor, que, com o avanço do programa de imunização à Covid-19, deverá voltar a focar sua renda para o setor de serviços. Com os móveis, em especial, perdendo aos poucos o status de essencialidade conquistado durante o ano passado.

Dessa forma, mais do que guinadas de oportunidade, a luta da indústria junto aos sindicatos e associações das mais diversas classes são por medidas e reformas tanto econômicas quanto fiscais por parte do governo, que de fato beneficiem o setor em médio e longo prazo.

Neste cenário de tantos panoramas, qual a necessidade mais urgente na sua opinião? Temos condições de manter os bons números durante este ano? No Drops Setor Moveleiro de ontem, Laercio Comar compartilhou sua análise sobre o atual cenário moveleiro no Brasil, chamando todos os membros da cadeia à reflexão e à discussão de ideias. Se você ainda não viu o vídeo da semana, é só clicar aqui. Continuamos nossa conversa por meio do Grupo Setor Moveleiro no WhatsApp e em nossas redes sociais. Aliás: Siga-nos nas redes sociais!

Veja também