A internacionalização de empresas vem se tornado uma possibilidade bem interessante para os negócios, especialmente para aqueles que descobriram após a pandemia, que atuar apenas no mercado nacional pode não ser tão seguro assim. O que se encaixa muito bem à indústria moveleira.
A verdade é que, cada vez mais cursos, oportunidades e informações foram amplamente oferecidas, sobre os temas importar e exportar. Após olharmos para o mundo e entender o que cada país vem fazendo para se posicionar após a Covid-19, criamos uma forte tendência de nos espelhar em casos de sucesso e novas idéias para nossos negócios.
E o que faz uma empresa estar preparada para essa jornada pelo mundo afora?
Primeiramente, o mindset vem mudando e os conceitos de gestão disruptiva também. Aliado a isso, os empreendedores estão mais abertos a ideias, novos modelos de negócios e até mesmo repensando canais de vendas.
Não só pela escassez de matérias-primas, realidade essa vivida em todos os polos moveleiros do Brasil, mas também pelo aumento positivo no número de missões internacionais, que vem atraindo empresários que podem, então, sentir e perceber de perto o que ocorre em outros países e continentes.
Indústria moveleira: como alcançar mercados fora do Brasil?
Nestas últimas duas semanas, a CNI (Confederação Nacional das Indústrias) junto às suas mais importantes Federações, estiveram presentes nos Emirados Árabes com mais de 300 empresários, sendo quase 200 deles do estado de Minas Gerais.
Alguns empresários do ramo moveleiro também estiveram presentes em visitas técnicas, em que felizmente eu tive a oportunidade de estar presente e vivenciar. O objetivo principal foi participar da Expo Dubai 2020. Além, claro, de experimentar toda uma imersão de networking e informações sobre como fazer negócios com os Emirados Árabes e por que. E este é só um dos muitos mercados para os móveis brasileiros no exterior.
A pergunta que deve pairar nas mentes dos empresários e empresárias da indústria moveleira neste momento deve ser: COMO ALCANÇAR MERCADOS fora do Brasil, seja para comprar ou vender seus produtos, maquinários e commodities?
Quanto à importação:
Habitualmente são feitas negociações com distribuidores de alto poder de compra em outros países, sendo que as principais matérias-primas de uso na indústria moveleira vem, em especial, da China.
O que vem sendo alvo de grande alerta, porém, é que ficar nas mãos de um ou dois fornecedores pode ser muito arriscado para o seu processo produtivo. Com as mais recentes disrupções na cadeia de abastecimento mostrando a todos que o monopólio dessas matérias-primas e insumos produtivos não pode mais ser adstrito a poucos.
A globalização e a figura de novos modelos de tradings vem oportunizando o empresariado a aderir sistemas híbridos de compras. Portanto, muitas vezes pela importação direta com despachantes aduaneiros que podem organizar não só documentos, mas toda a operação dos produtos desde o fabricante até os portos brasileiros. Com tal serviço tornando-se mais interessante no custo final.
Por isso mesmo, é importante dizermos que importar ou exportar já não é mais um “bicho de sete cabeças” ou um mistério. Fazer negócios internacionais, mesmo não falando a língua do local onde se deseja comprar, é possível e seguro.
Existem grandes e renomadas empresas no Brasil com condição de assessorar todo o processo aduaneiro, desembaraço e até mesmo obtenção de licenças e autorizações para essas aquisições. O famoso RADAR – SICOMEX (Registro e Rastreamento da Atuação dos Intervenientes Aduaneiros), criado pela Receita Federal Brasileira, é, na verdade, o “passaporte” para importações.
A figura da Análise de Viabilidade de Importação também é um forte aliado do processo de compras internacionais por parte do nosso empresariado, que podem obter este serviço para não fazer investimentos “no escuro” sem antes entender o preço final do produto até a sua porta.
Dessa forma, já não se demanda mais grandes conhecimentos de Comércio Exterior para empreitada nesses mercados e, sim, bons consultores e gestores aduaneiros para essas operações.
Exemplo de importação
Importar placas solares diretamente da China, por exemplo, é um trâmite super simples e que mantém preços realmente incríveis comparados ao mercado interno (que também compra da China para revender). Ou seja, com o atual aumento da procura por energia solar, torna-se fundamental a análise de custo e viabilidade de importações diretas, em consórcio ou sozinhos, sem perder em nada na qualidade e na rapidez das entregas.
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Quanto à Exportação:
Comparado ao ano de 2020, as exportações brasileiras cresceram cerca de 70%, segundo dados de estudos encomendados pela Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos) e a ABIMÓVEL (Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário), além de estarem em pleno crescimento desde o ano passado.
Atualmente, o mercado que mais adquire produtos da indústria brasileira de móveis são países da América do Norte e da América Latina, além de mercados europeus.
As empresas do setor, por meio de seus sindicatos e associações, podem convergir para uma maior união, eis que, apesar de muitos manterem móveis de qualidade, não têm a força e a pujança necessária para essas exportações de forma isolada ou sozinhos.
Surge, então, a figura forte do Projeto Brazilian Furniture e outros paralelos que podem auxiliar neste processo. Existem muitos mercados a serem explorados como por exemplo a África e os Emirados Árabes, onde a procura por bens de consumo cresce exponencialmente.
Aliado a isso, os sindicatos podem utilizar nesses processos a figura de distribuidores e trading companies para essas intermediações. A abertura de empresas nos Emirados Árabes, por exemplo, são bem simples, fáceis e desburocratizadas, com impostos reduzidos e zonas francas de todos os tipos.
Lado outro, a necessidade de assessoria em Direito Internacional Empresarial se torna fundamental neste processo, e manter contratos como Memorandos de Entendimento, Referral fee e outros, são super necessários, visto que quando se faz negócios em outros países, em especial para venda de produtos, os brasileiros devem blindar suas negociações com cláusulas de desistência, custeio alfandegário e até mesmo influenciar diretamente a forma em que o produto será exposto em outros países, fortalecendo o branding e sua marca como um todo.
Internacionalização na indústria moveleira
Outra grande possibilidade para algumas empresas que têm o perfil de produção no método While Label, é a produção em larga escala. Tal modalidade vem ganhando muito espaço em empresas de grande capacidade produtiva, mas que não conhecem o mercado internacional a ponto de se apresentarem com sua marca própria.
Trata-se, portanto, literalmente do uso de marca de terceiro em seu produto. Com a empresa compradora, então, desejando apenas terceirizar produção, mantendo padrões de qualidade, fornecendo seu know-how e contratos de exclusividade para grandes marcas.
No setor moveleiro, grandes marketplaces de e-commerce de móveis já utilizam desse método de compra, onde conseguem a garantia de entrega e ofertam preços mais competitivos no mercado consumidor final. E por que, então, não fazê-lo internacionalmente?
Neste contexto da exportação, é salutar a encomenda de estudos de mercado e captação de interessados, criação de rodadas de negócios internacionais, que podem ser promovidas pelas associações e sindicatos para fomento do empreendedorismo internacional e, claro, a promoção de nossas marcas e produtos em mercados nunca antes alcançados.
Todos têm seu lugar ao sol
Entender o grau de maturidade empresarial, as grandes oportunidades de mercado e estudar se seu produto compete de forma satisfatória fora do Brasil virou uma obrigação para as médias e grandes empresas do setor moveleiro nacional.
Já as pequenas empresas, podem se utilizar da criação de cooperativas específicas para exportação, em conjunto de seus produtos, o que já se vê em grandes países como a China, que mantém várias dessas associações que unem pequenos negócios para fornecimento a outros países, já que sozinhos não conseguiriam chegar a esses mercados.
Observa-se, dessa forma, grandes oportunidades e possibilidades dessas manifestações nacionais em outros países. Inclusive os produtos brasileiros que têm destaque no cenário internacional pelas riquezas naturais e alto valor agregado, além da qualidade ambiental, segurança do trabalho e aspectos legais que viabilizam um bom nome para nossos móveis em territórios estrangeiros.
Por fim, é fundamental que o empresariado do setor moveleiro se inspire, estude, entenda e converse por meio de benchmarking com outros polos moveleiros e façam um verdadeiro intercâmbio de cultura e experiências.
Estamos aqui para te ajudar!
Para mais informações sobre Missões Empresariais em 2022 para os Emirados Árabes Unidos e/ou Consultoria de Viabilidade de INTERNACIONALIZAÇÃO, entrem em contato para agendamento de reuniões estratégicas pelo e-mail carolinebalbino@legalbusinessconsulting.com. A plataforma Setor Moveleiro é um dos principais Sponsors das Missões aos Emirados Árabes Unidos em 2022. Fiquem atentos aos lançamentos.
O mundo está aberto a oportunidades! Vem com a gente?