O mundo está passando por grandes transformações comportamentais e de consumo, como já falamos por aqui. Em resposta a essas novas demandas, observamos uma crescente aceleração dos modelos digitais, implicando em diferentes modalidades de vendas, compras e, claro, estratégias de marketing. Questões que, quando falamos em nosso setor, deverão afetar, sobretudo, ao varejo de móveis.
Buscando ilustrar melhor a essas mudanças, o time de design e marketing da Impress Decor – fornecedora de superfícies decorativas para a produção de móveis – selecionou alguns cases de outros setores que já abraçaram a esses novos modelos de negócios e estão se saindo muito bem. Com foco nesses exemplos, nós, do Portal Setor Moveleiro, tentamos agora desvendar um pouco mais sobre como esses processos já começam a impactar aos rumos do nosso segmento.
E-Commerce
Apesar do universo virtual e dos gadgets eletrônicos ocuparem um espaço fundamental na vida contemporânea, fatores como a falta de confiança do consumidor e a defasagem do sistema logístico de muitos países, como no Brasil, ainda colocam em cheque a praticidade do e-commerce, que representou pouco mais de 13% de todas as vendas realizadas no mundo em 2019.
Ao mesmo tempo, porém, o isolamento social vem mostrando a rapidez e a forma segura com que o mercado consegue se adaptar às demandas on-line, com a representatividade do comércio eletrônico crescendo em grandes proporções. Áreas como a da “Saúde e Equipamentos Médicos, por exemplo, ampliaram suas vendas no Brasil em mais de 300% entre fevereiro e maio deste ano, segundo levantamento elaborado pelo Mercado Livre. Na categoria “Casa, Móveis e Jardim”, o material aponta aumento de 84% no mesmo período.
Um novo hábito que, ao que indicam especialistas dos mais diversos campos, veio para ficar. Dessa maneira, pensar em soluções em médio e longo prazo na área, inclusive com ações que demonstrem a praticidade e segurança desse tipo de transação, ajudando a construir um novo mindset de mercado, será fundamental para a sobrevivência dos negócios, especialmente no varejo.
Distanciamento social como tendência
O momento pelo qual passamos ainda coloca em destaque um grupo de consumidores que já vinha sendo monitorado e que agora, literalmente, ganha seu espaço. Para eles, quanto menos contato físico e interação social, melhor a experiência de compra. Você já notou, por exemplo, o aumento dos caixas de autoatendimento nas lojas? A Sephora, gigante dos cosméticos, adotou uma solução bem simples e funcional nesse sentido, disponibilizando cestas de compras de diferentes cores para sinalizar os clientes que querem ou não serem assistidos por um vendedor.
Já a Apple desenvolveu um aplicativo todo focado nesse novo perfil de consumidor. Um dos recursos mais interessantes é o “Pick and Go”, uma modalidade de autoatendimento que permite ao cliente, dentro da loja física, fazer a leitura pelo código de barras, pagar on-line, imprimir o cupom fiscal e sair levando o produto sem qualquer interferência. Afinal, se a maneira de fazer compras mudará, as formas de pagamento também, com aplicativos do tipo carteira virtual, como o PicPay, e os bancos digitais, como o Nubank, ganhando cada vez mais adeptos.
O novo coletivo
O distanciamento social vem também incentivando a reinvenção de muitos conceitos, como o de “coletividade”. Enquanto aglomerações, como festas e shows, estão fora de cogitação, grandes e pequenos artistas se apresentam de forma mais intimista direto de suas casas para os lares de milhões de pessoas por meio de live streams no Youtube ou no Instagram. Um ótimo exemplo é também o nosso projeto Webinar Setor Moveleiro, reunindo semanalmente alguns dos maiores especialistas em áreas-chaves para o setor de móveis, de maneira remota com acesso universal e irrestrito por meio da Internet, ressignificando o conceito de talks e palestras.
Essa nova maneira de interagir à distância obviamente tem impactado também a maneira de fazer negócios e ao planejamento de marketing e propaganda de empresas de todos os portes e segmentos, que devem adequar suas estratégias de divulgação, agora que será necessário levarmos nossas marcas até a casa das pessoas. E essa é exatamente a proposta da nossa plataforma de conteúdo estratégico para tomada de decisões Setor Moveleiro: fornecendo, além de conteúdo estratégico, soluções para conectar sua empresa tanto aos fornecedores da cadeia moveleira quanto aos compradores lojistas.
Pesquisa e tecnologia
Antes de um próximo acontecimento como o que estamos vivendo atingir o mundo todo de surpresa novamente, governos e cientistas têm trabalhado ostensivamente para desenvolverem soluções que possibilitem respostas rápidas e assertivas. Apesar de muitas fronteiras fechadas, o momento pelo qual atravessamos demonstra a possibilidade desses profissionais e instituições trabalharem de maneira colaborativa, inclusive entre países.
Esse cenário vem intensificando, também, de forma nunca antes vista ao trabalho de pesquisa e desenvolvimento de grandes multinacionais na área de suprimentos para a indústria moveleira. Com times multiculturais e multidisciplinares atuando de maneira bastante global e colaborativa no levantamento e compartilhamento de demandas e tendências locais nas mais diversas regiões do mundo para a concepção de novas coleções e a entrega de conteúdo de mercado aos seus clientes. Ação especialmente importante e necessária num ano em que não contamos com a realização de algumas das maiores feiras internacionais, que costumam nortear os rumos do segmento.
Internet para todos os fins
E, claro, todas essas mudanças irão demandar um investimento massivo em tecnologia. Com bilhões de pessoas em casa, por exemplo, o volume de conexão cresceu muito nos últimos meses. Para preservarem a banda larga, provedores de Internet e serviços de streaming, como a Netflix, tiveram de diminuir a velocidade e qualidade dos serviços, escancarando a importância do acesso rápido à Internet, mesmo no ambiente residencial. Dessa maneira, autoridades e provedores de telecomunicações começam a buscar novas formas de garantir uma melhor conexão em todos os lugares e para todo tipo de finalidade.
Além disso, a batalha oficial pelo 5G começa de vez, com o Brasil na concorrência. Muito além de velocidade, a tecnologia traz uma série de vantagens que vão da diminuição do consumo de energia elétrica até o aumento do número de aparelhos conectados por área. Fatores que devem possibilitar uma enorme ampliação da tendência mundial da “Internet das Coisas”, influenciando diretamente na forma como iremos interagir com as nossas casas e os nossos móveis no futuro – foco do próximo conteúdo da série.