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Jovens e disruptivos: geração Z, a próxima potência econômica, quer ter influência na inovação de produtos

Autênticos, analíticos e pragmáticos, a geração Z apresenta novos desafios às empresas. Como as marcas devem se adaptar às novas reivindicações e despertar o interesse de compra desse público tão exigente?

Influenciadores e criadores de tendência, os jovens que compõem a geração Z (ou pós-millennials, nascidos entre 1995 e 2015) são nativos digitais, ou seja, possuem íntima relação com a tecnologia. Seus maiores anos de desenvolvimento se deram em meio a pandemia, e agora, a beira da independência financeira, estes jovens buscam mais do que consumir produtos. Segundo o estudo realizado pela Euromonitor International, divulgado na pesquisa Top 10 Tendências de Consumo Globais 2023, a Geração Z deseja conexão, querem se envolver com as marcas e mais: querem influenciar na inovação dos produtos.

Conteúdo real, bruto e relevante. Narrativas transparentes e sinceras geram conexão com seus consumidores. Este público está interessado na história dos diversos processos que constroem o produto final e agregam valor a ele. E, claro, o setor moveleiro — com sua influência nos principais aspectos do viver, das moradias ao trabalho, hospedagens, lazer e o ambiente urbano — é campo fértil para essa (r)evolução.

Como as empresas do ramo de móveis devem se posicionar para atrair a geração Z?

O posicionamento em causas sociais parece mesmo ser um dos principais drivers desses novos tempos. Criar campanhas engajadas com interesses populares e personificação da marca são os desafios para o setor moveleiro e tantos outros.

A Deloitte, empresa global líder em serviços de auditoria, consultoria e assessoria financeira, em um estudo publicado no ano de 2021 com a participação de 8.300 jovens da geração Z, já concluía que os assuntos relacionados ao meio ambiente, por exemplo, estavam no topo das suas preocupações.

Um case corriqueiro usado por estes jovens e que se aplica muito bem ao setor moveleiro é a “reciclagem da madeira”. Termo utilizado para a nova tendência que tem como objetivo criar objetos de utilidade ou decoração com resíduos de matérias-primas que seriam descartados, onde o limite é a criatividade das empresas. Provando que formas mais “clean” e econômicas do ponto de vista ambiental podem atingir resultados mais benéficos tanto para consumidores quanto para empresas, com não só os materiais, mas as práticas produtivas e a cultura organizacional cada vez mais em cheque.

Gerando conexão 

O mundo é seu palco. As redes, sua plateia. A geração Z investe cuidadosamente em sua marca pessoal, se expondo nas plataformas digitais como Instagram, TikTok, Twitter e outros. Os produtos que consomem fazem parte e reforçam a construção dessa autoimagem. Por este motivo, estão em busca de marcas que compartilham de suas crenças e ideais.

Sendo assim, deixar de se posicionar e ficar “em cima do muro” diante de questões sociais relevantes causam desconexão entre empresa e consumidores da geração Z. Fato que, por sua vez, podem manchar a reputação da marca. E, como indica a pesquisa da Euromonitor, 24% dos jovens entrevistados boicotam empresas que não compartilham de suas crenças sociais ou políticas.

Além disso, publicidade tradicional parece já não mais despertar o interesse desse grupo de consumidores. Os pós-millenials estão mais interessados em marketing transparente e de alto impacto. Isso, já que a grande quantidade de conteúdo criado todos os dias reduz para segundos o tempo de atenção destes consumidores.

No entanto, nada de promessas rasas! A pesquisa realizada pela Euromonitor International demonstra que esse público está atento se a marca realmente tem adotado iniciativas condizentes com seus posicionamentos.

 

Marketing de Recomendação

Nesse sentido, o Marketing de Recomendação ou de Referência também volta a funcionar, como uma espécie de adaptação ao mundo virtual do bom e velho boca a boca. Empresas convidam influenciadores que compartilham dos mesmos valores a usarem suas marcas e registrarem nas redes as experiências com o produto.

Dessa forma, lojas de diversos ramos buscam personalizar seus ambientes internos, comunicando com criatividade por meio de móveis e decorações, tornando os locais “instagramáveis”, incentivando os consumidores a registrar sua presença com fotos e vídeos.

Mais uma oportunidade para o setor moveleiro, intimamente ligada ao design de interiores! O objetivo é deixar os ambientes visualmente atrativos para incentivar a divulgação proativa dos seus consumidores. Fato que pode ser especialmente importante para as lojas físicas e showrooms, mas também para feiras e, por que não, em campanhas virtuais interativas.

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