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Em meio às atuais polêmicas, os metaversos ainda podem ser a próxima conexão com o consumidor?

Metaversos - Varejo - Mídias - Sociais - Plataforma - Setor - Moveleiro

Metaversos – O preço por si só já não é mais um diferencial. Hoje, mais do que nunca, compra-se valor agregado. Algo geralmente não palpável, mas que traz vantagens reais para a vida de quem compra: seja em agilidade, praticidade, status, identificação ou representatividade etc.

O que se aplica também, claro, aos processos e canais de vendas, que devem ser cada vez mais personalizáveis, responsivos, organizados e intuitivos tanto para gestores e colaboradores como para parceiros e clientes.

“Nesse cenário, as marcas já estavam se encaminhando lentamente em direção à Realidade Virtual quando a Covid-19 apareceu, resultando em uma necessidade aguda de socialização e interação on-line. O metaverso, então —  um agregado do mundo físico, aumentado e virtual — passou a ganhar força… e com rapidez!”, apontaram os especialistas da Hubspot e da Talkwalker, responsáveis pelo estudo “Tendências Mídias Sociais 2022”, que dá base a esta série na Plataforma Setor Moveleiro

Os entusiastas do metaverso, portanto, visto por muitos como o futuro da Internet, dos negócios e das relações sociais, acreditavam que as empresas que primeiro investissem nessa abordagem poderiam — e ainda podem — obter grandes vantagens a médio prazo… mesmo o conceito ainda sendo complexo para muitos, a gente compartilha desse sentimento. Mas será que é mesmo assim?

A questão é, independentemente de você investir em vitrines virtuais, comércio eletrônico, atendimento virtual, encontros digitais ou filtros e recursos baseados em Realidade Aumentada (RA) em seus canais, está cada vez mais claro que a Realidade Virtual (RV) e a Realidade Aumentada (RA), ao menos, vieram para ficar. Abrindo, claro, espaço para o crescimento do metaverso. 

Isso porque, a ampla disponibilidade de tecnologia e mídia social dá à RA também um forte incentivo para criar e manter um espaço digital ou metaverso próprio. Assim, as marcas competitivas poderão se inserir nessas realidades virtuais. 

O futuro é figital!

Seja Minecraft, Fortnite, Roblox, Meta ou metaversos que ainda serão criados, o segredo para permanecer relevante parece mesmo ser a inteligência do consumidor.

E, sim, a gente sabe também que muitas apostas, como a própria Meta (dona do Facebook e outras tantas plataformas), criada por Mark Zuckerberg, têm sofrido para alcançar o potencial que seus criadores prometeram (ou gostariam!). Inclusive com o próprio CEO anunciando a demissão de 11 mil funcionários nesta semana.

É inegável, no entanto, que devemos buscar entender que o mundo está mudando e que teremos que experimentar essas mudanças para entender o que funciona ou não para o nosso público e negócio.

Em todos os setores e mercados, os anunciantes perceberam o potencial único do metaverso e o que a RV pode oferecer. Se o processo for realizado corretamente, as empresas podem se conectar com seu público em um nível ainda mais profundo. Afinal, como a gente vem falando sempre aqui, o futuro é figital!

Metaversos, Realidade Aumentada & Realidade Virtual

Como muitas das tendências que veremos em 2022, a inclusão da Realidade Virtual está sendo comandada pelas gerações mais jovens. Essa tendência emergente é a prova de que as experiências off-line e on-line estão lentamente se fundindo, criando ainda mais oportunidades para as empresas. 

Pode ser difícil de conceber a ideia, mas muitas das marcas em que os jogadores da Geração Z investem servem como espaços sociais e comunidades para além dos jogos. Esses ambientes trazem espaço para a criatividade, colaboração e competição, o que colocaria sua empresa na vanguarda da era digital

Metaverso no varejo

O Gucci Garden é um ótimo exemplo disso. Tratou-se de um evento que combinou arte, cultura e mundo virtual, mostrando como o metaverso pode tornar certas coisas mais acessíveis para as pessoas em todo o mundo. Ao expandir, então, o objetivo de capacitação e autoexpressão da Gucci.

A colaboração entre a Roblox (uma plataforma de jogos global que une pessoas em ambientes virtuais) e a Gucci (gigante da moda) tornou-se uma referência impressionante de inclusão e engenhosidade. 

A plataforma Roblox ofereceu um banquete visual, apresentando ambientes detalhados com texturas, padrões dinâmicos e personalizados para o manequim de cada visitante individual. Semelhante à exposição física em Florença, a versão Roblox do Jardim Gucci tem várias salas temáticas onde os visitantes podem estar imersos na criatividade, nas inspirações e na visão da marca.

Como os consumidores impulsionam a tendência

A Realidade Virtual é uma tendência que continuará a ser impulsionada pelos consumidores. Alguns estão criando ambientes com suas próprias regras; outros estão experimentando roupas sem entrar na loja; alguns ambientando espaços por meio da RA e comprando móveis sem precisarem ir a uma loja física ou tirar medidas; outros ainda estão se beneficiando de um atendimento digital mais personalizado. As “coisas” que os consumidores desejam e precisam são variadas e, às vezes, totalmente distintas.

A oportunidade fantástica que a RA traz consigo é que ela reduz os problemas e barreiras que as marcas podem ter ao tentar chegar até um cliente. Esse é um grande triunfo para o setor de varejo, como mostrado quando a icônica marca brasileira de chinelos Havaianas colaborou com o jogo online Battle  Royale Fortnite apresentando conteúdo de calçados físicos dentro do jogo. Com a RV, os consumidores podem ver os produtos em seu tamanho real sem ter que sair de casa.

Importante dizer, todavia, que embora coletivamente estejamos passando mais tempo online; não importa o quanto a tecnologia avance, os humanos sempre serão animais sociais, e transitamos pela vida nos orientando por interações e relacionamentos. 

O metaverso é, portanto, uma alternativa, não uma solução, para a forma como as pessoas poderão interagir no futuro. Assim, as marcas devidamente equipadas para entender as percepções do consumidor poderão alcançar sucesso nessa nova realidade.

É o mundo do consumidor

Não importa se você está se engajando com seu público nas mídias sociais ou entrando em um mundo construído no Fortnite: como marca, precisa estar constantemente ciente do que o consumidor diz e pensa.

Entenda as comunidades que você está tentando alcançar

Imagine que você tenha uma empreiteira construindo uma casa para um cliente. Se a empresa não está preocupada em conhecer esse consumidor ou obter qualquer informação sobre suas preferências, de que jeito isso acabaria?

O mesmo conceito se aplica ao metaverso e à Realidade Virtual

As pessoas não se interessarão pela sua marca, plataforma ou espaço se você não atender às suas

necessidades e interesses. Assim, reserve um tempo para refletir e reunir insights do consumidor antes de mergulhar no metaverso e nas infinitas possibilidades que ele traz.

Considere a inclusão e atente aos problemas

À medida que o metaverso e seus componentes se expandem, o mesmo ocorrerá com os problemas que vêm junto com ele. Para atingir o maior número possível de comunidades, a segurança e a inclusão são fundamentais, como exemplificado pela experiência do Gucci Garden. Para ter sucesso na criação de um metaverso que seja criativo, vibrante e proveitoso, você deve considerar todos esses fatores desde o início.

Cuide da sua competitividade

Da mesma forma como o Snap foca o Spotlight como um concorrente direto do TikTok, se você pretende entrar no mundo digital e ter sucesso, precisa ter atenção ao que os outros fazem bem, além de aprender com os erros deles.

Experimente e tenha criatividade

Existem muitas incógnitas que vêm com o metaverso, e ter a mente aberta é meio caminho andado. Mesmo que o metaverso esteja pegando embalo, levará algum tempo até que ele seja totalmente aceito. Seja um único metaverso ou várias marcas e plataformas criando os seus próprios, está claro que a experimentação é vital para testar e ver o que funcionará nesse período.

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