Móveis ‘resimerciais’? O mobiliário com estética e funções tanto residenciais como comerciais é a grande sacada para o morar contemporâneo

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Móveis resimerciais

Como desenvolver produtos que atendam aos novos modelos de trabalho, inclusive dentro de casa? Foi esta a indagação levantada em nosso último conteúdo da série “Home Lifestyles 2025”, aqui na Plataforma Setor Moveleiro. Relembre aqui: Como as novas formas de trabalho impactaram as casas até 2025: missão da indústria moveleira é atender às novas necessidades dos consumidores”

Enquanto multifuncionalidade é a chave numa rotina cada vez mais multitarefa, muitas são as maneiras de colocá-la em prática. E são sobre algumas delas que fala o estudo da WGSN, que trata de tendências para o morar que deverão se consolidar até 2025 e as oportunidades na criação de produtos para atender a essas necessidades em ascensão. 

Móveis resimerciais e outras oportunidades de produtos

Casa híbrida

O trabalho híbrido não mudou apenas o modo como exercemos a nossa profissão. Mas também como comemos e fazemos atividade física (ambos cada vez mais em casa), bem como estruturamos os nossos dias, com mais pessoas se dedicando a hobbies e compromissos familiares. 

Quando a PepsiCo formalizou a sua proposta de trabalho híbrido em 2021, a empresa citou uma pesquisa do instituto Gallup, afirmando que esse formato gerava 15% mais produtividade, 31% menos absenteísmo e 10% menos turnover. 

Em um estudo global da Lenovo,ainda, mais de 60% dos 20 mil entrevistados disseram que são mais produtivos em casa.

Os estilos de vida híbridos parecem mesmo terem vindo para ficar e estão criando novas oportunidades em diversos segmentos, sobretudo naqueles relacionados à casa, como é o caso do setor moveleiro. 

Em 2025, haverá uma demanda maior por móveis, além de outros produtos e serviços capazes de ajudar as pessoas que estão em casa a focar mais, preparar refeições rapidamente, se manter em forma, ter boa aparência nas reuniões por Zoom e alternar entre trabalho e lazer, acreditam os especialistas da WGSN. 

Potenciais inovações

Móveis conectados

Superfícies que possam carregar gadgets eletrônicos

Eletrodomésticos inteligentes 

Apps de produtividade

Blocos de nota digitais

Assistentes de Inteligência Artificial

Calçados híbridos para ambientes internos/externos

Aparelhos eletrônicos à prova d’água para crianças

Casa flexível

Nossas casas tiveram que se tornar mais flexíveis e multifuncionais nos últimos três anos. Agora, nos próximos três, deveremos ver marcas oferecendo produtos para diversas necessidades, como mesas com anexos dobráveis, luminárias portáteis, itens de two-mile wear, produtos de beleza que protegem da luz azul, fragrâncias funcionais que criam ambientações diferentes em cada cômodo e até câmeras de videoconferência que seguem a pessoa à medida que ela se desloca pela sala. Qualquer item com múltiplas funções terá apelo. 

Em nível estrutural, a novidade é (e isso já vínhamos falando há bastante tempo): a casa com cômodos separados estará em alta novamente! Isso, à medida que as pessoas se interessam por espaços individualizados que sirvam para diversos propósitos.

O luxo de ter um home office, claro, continua sendo o sonho de muitas pessoas. Por isso, as marcas precisam desenvolver produtos que ajudem o consumidor a transformar os espaços existentes e criar zonas privadas, mesmo que por meio de divisórias. 

Avalie também se é possível tornar esses produtos, como os móveis, mais úteis, por meio da inclusão de recursos integrados de armazenamento ou de absorção do som, ou mesmo utilizando materiais translúcidos e aberturas que ajudem a iluminar o espaço. 

O estúdio holandês Halle Design combina arte têxtil e funcionalidade com suas divisórias de tecido dupla face, que podem ser usadas para absorver o som e melhorar a acústica. Já a sueca String Furniture incorporou uma mesa ao seu sistema de estantes, permitindo que o móvel se transforme em uma mesa de trabalho ou jantar. 

Possíveis inovações

Móveis multifuncionais

Mesas inteligentes

Cadeiras ‘resimerciais’ multiuso

Mesas com ajuste de altura

Divisórias portáteis

Casa confortável

Sabe aquela pilha de livros improvisada, que você usa para apoiar o notebook? Ou aquele banquinho da cozinha, que você usa como cadeira de escritório? Três anos após o surgimento da pandemia, os nossos espaços de trabalho precisam de um upgrade. 

O conforto será um motivador-chave, à medida que o consumidor investe em escritórios dentro de casa. E essa tendência, como é de se esperar, deverá influenciar também outros segmentos que lidam com o bem-estar, como comfort foods, mantas e aromatizadores de ambientes.

No nível estético, veremos linhas curvas, formas acolchoadas, superfícies táteis, cores que acalmam e materiais macios e respiráveis para móveis, roupas e aparelhos eletrônicos. 

Com a recessão econômica no horizonte, o conforto dos itens retrô clássicos também deverá se manter em alta. Atualizados por novas cores, materiais ou coleções em edição limitada.

A tendência dos móveis “resimerciais”, como são chamados pela WGSN aquelas peças que cumprem funções tanto residenciais quanto comerciais, estará em alta. 

A estadunidense Herman Miller, por exemplo, cria cadeiras de escritório em diversas cores e materiais, adequadas ao ambiente da casa (a categoria de home office da empresa cresceu 300% entre 2019 e 2020). Enquanto a chinesa UFOU Studio desenvolveu uma mesa com tampo inclinável e pernas que podem subir ou descer para que a pessoa se sente ou se apoie, estimulando uma vida menos sedentária.

Possíveis inovações

Cadeiras ‘resimerciais’

Paredes-cortina para separação de ambientes

Papel de parede com toque macio

Arte têxtil e tapeçarias

Capas para móveis

Casa discreta

A partir do momento que mais aparelhos eletrônicos e eletrodomésticos de cozinha ganham espaço na casa, as marcas, então, terão que investir em uma estética doméstica para que esses produtos pareçam mais discretos e acolhedores.

Materiais naturais, tecidos macios, formas minimalistas e cores discretas serão importantes. Assim como as inovações capazes de ocultar a função de um objeto – como porta-retratos que atuam como carregadores de telefone ou luminárias que acendem ou apagam com o movimento

das mãos.

O design discreto também precisa ser usado na parte de serviços e de experiência do usuário. Conforme mais consumidores se cansam do número de aparelhos digitais e assinaturas, será essencial oferecer gadgets que se conectam a outros produtos e serviços de modo prático.

Em 2025, a tecnologia inteligente vai estar mais disponível e adaptada ao ambiente. Estando, assim, incorporada, invisível e capaz de tomar as próprias decisões.

Potenciais inovações

Interfaces naturais

Monitores dobráveis

Alto-falantes com recursos de IA

Teclados ergonômicos

Alertas de ambiente

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