Em nossa busca por desbravar os possíveis caminhos para “o futuro do varejo”, nós falamos recentemente aqui na Plataforma Setor Moveleiro sobre o distanciamento social como uma tendência para os negócios e sobre como a tecnologia, com recursos de Realidade Virtual e Aumentada, por exemplo, vem colaborando na construção desse momento. O fato é que essa nova maneira de interagir à distância obviamente tem impactado não só ao planejamento de marketing e propaganda como também a forma de vender e entregar de empresas de todos os portes e segmentos, e é este o tema de nosso artigo de hoje!
Encontrando meios de interação remota, então, além da famosa “live”, usada cada dia mais para a promoção de marcas, produtos e serviços, o Instagram permite a seus usuários também a ferramenta de tag de preços em postagens. O objetivo não é ser apenas um aplicativo de “álbum de fotos e vídeos”, mas uma ferramenta auxiliar no processo de vendas de produtos e serviços. Com isso, o botão “comprar” tem sido cada vez mais explorado nas redes sociais e este é mesmo o futuro.
O Tik Tok também já possui tal funcionalidade, que permite que seus criadores de conteúdo monetizem por meio de vendas na plataforma.
“O Live Commerce é uma prática que ganhou força inicialmente na China, por conta das restrições ao mercado físico, e apresenta serviços e produtos em streamings com o objetivo de gerar vendas. Nas lives são abordadas as funcionalidades dos produtos, além de descontos e cupons exclusivos para a compra dos itens durante a sessão”, explicou Carlos Bessa, CEO da Plataforma Setor Moveleiro, em sua palestra “O Futuro do Varejo”, durante o Varejo Experience Brasil 2022.
E, claro, não dá para atender diferente, sem entregar diferente.
Novas formas de consumir, novas modalidades logísticas
Parte do conceito “O2O” (Online to Offline), expressão usada no marketing digital para descrever sistemas que atraem consumidores em um ambiente digital a fazer compras de bens ou serviços de empresas físicas, as dark stores vêm ganhando espaço no varejo, podendo ser definidas como espaços comerciais com funcionalidade limitada à entrega, não sendo abertas ao público.
A principal vertente deste conceito é realizar o same day delivery. Termo em inglês que significa que o consumidor recebe o produto no mesmo dia da compra, o que obviamente chama a atenção e agrada ao consumidor que possa se deslocar minimamente para obter o produto.
Outra palavra bastante em evidência e que representa uma grande evolução nas modalidades logísticas é o fulfillment. Expressão que pode ser traduzida para algo como cumprimento, realização, satisfação. Aqui, trata-se de um modelo logístico no qual um varejista oferece aos lojistas parceiros de seu marketplace serviços que vão desde a coleta e o armazenamento até o empacotamento e a entrega dos produtos ao consumidor final. Visando, claro, sempre o maior índice de satisfação possível no final da cadeia.
“Exemplos de sucesso são da Amazon e do Mercado Livre: os produtos de indústrias de bens de consumo que antes operavam por logística própria, hoje são transferidos para galpões de parceiros de negócio que realizam a entrega em poucos dias úteis”, pontua Bessa.
Os pontos de drop-off também são outra inovação nos modelos de entrega que vem crescendo. Diz respeito a locais nos quais os vendedores podem deixar as mercadorias para que sejam entregues pela própria plataforma.
A multinacional americana Uber, aliás, já conta com o serviço de drop-off no Brasil e o utiliza para entrega de bens essenciais em curtas distâncias. Mais uma prova de que a modalidade tem tudo para crescer e ser aplicada em diversas etapas em diferentes cadeias produtivas.
E estas são apenas algumas das mais comentadas modalidades logísticas em ascensão no varejo. E sua empresa, já vem apostando em alguma delas? E o frete, é grátis? Este já é assunto para o nosso próximo conteúdo da série “O Futuro do Varejo”.