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Novo MDIC: o Ministério da Indústria está de volta

Novo MDIC - o Ministério da Indústria está de volta

No que é apontado pelo setor industrial brasileiro como um importante passo no processo de reindustrialização do País, que vem passando por uma conjuntura complicada de retração nos últimos anos, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, popularmente conhecido como MDIC, está de volta!

Tendo como algumas das principais atribuições a criação de políticas de apoio às empresas de diferentes portes; o estabelecimento de critérios de defesa comercial; bem como a promoção de negociações internacionais que estimulem um mercado competitivo e justo, com o comércio exterior voltando, então, à pasta; a indústria brasileira recebe com otimismo a notícia da recriação do ministério, que será comandado por Geraldo Alckmin, que acumula também a função de vice-presidente do Brasil, na nova gestão do Presidente Luiz Inácio “Lula” da Silva. 

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Na avaliação da CNI (Confederação Nacional da Indústria), a recriação do MDIC é fundamental para a reversão do processo de desindustrialização ocorrido no Brasil nas últimas décadas. Para que isso aconteça, contudo, o presidente da entidade, Robson Braga de Andrade, defende que o ministério precisa ser forte o suficiente para viabilizar a construção de uma política industrial moderna, alinhada com as melhores práticas internacionais, atenta à transição do Brasil para uma economia de baixo carbono e em sintonia com o que está sendo feito pelas principais economias do mundo nessa área.

A CNI defende que a política industrial a ser implementada precisa contemplar uma estratégia nacional para a inovação, fator fundamental para o ingresso do País na 4ª Revolução Industrial, que já está em curso. Além disso, deve promover o fortalecimento do comércio exterior, com recomposição dos instrumentos de financiamento e garantias. Além de ampliar a participação do Brasil nas cadeias globais de valor, aproveitando as vantagens competitivas do País.

A partir de 2024, o Brasil precisa crescer, no mínimo, 4% ao ano para gerar emprego, renda e qualidade de vida para os brasileiros. E para isso, a indústria também precisa crescer 4%”, acrescenta Andrade. O presidente da CNI avalia que, com uma política industrial bem-sucedida, o setor aumentará a sua participação no PIB (Produto Interno Bruto) de 22% para 25% entre três e quatro anos. 

“A indústria sempre foi e continuará sendo extremamente importante para o desenvolvimento econômico e social. Não apenas do Brasil, mas de todas as nações”, opina.  O setor industrial é, de fato, um dos que mais dinamizam a economia brasileira. Pagando mais impostos, gerando empregos, induzindo a inovação e contribuindo para o aumento da competitividade dos demais segmentos.

Essa presença mais ampla do setor industrial na economia tem um efeito em cascata: para cada R$ 1 produzido na indústria, este gera R$ 2,44 na economia nacional como um todo. Um valor maior do que é propiciado pelos demais segmentos.

 

Recepção do anúncio da recriação do MDIC no setor moveleiro


Entidade representativa do setor moveleiro nacional, a ABIMÓVEL (Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário) já havia assinalado a importância da recriação do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Ressaltando que uma política industrial moderna necessita de uma estrutura de governança robusta, que assegure a articulação institucional entre os vários órgãos públicos envolvidos em seu planejamento e na execução.

Nesse sentido, a recriação do MDIC é estratégica, com reintegração do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e da ApexBrasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos).


Repercussão na indústria

A Fiesp (Federação das Indústrias de São Paulo) disse que a recriação do ministério “atende aos interesses maiores do País, considerando ser prioritária uma política industrial de longo prazo”.

A Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro) elogiou a escolha de Alckmin. Em nota, afirmou que “o novo ministro reúne as qualidades necessárias aos desafios colocados para o desenvolvimento de uma política industrial sólida e consistente”.

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