“Novo morar: Como o design pode responder às novas tendências e necessidades do viver?” Empatia pode ser a resposta! “Precisamos pensar como o nosso consumidor e nos perguntarmos: Com o que a gente não vivem sem?”, fala Andrea Colin Corrêa, supervisora de marketing e desenvolvimento de produtos da Berneck, que palestrou sobre a temática em mais uma edição do Webinar Setor Moveleiro
O novo morar reflete um momento único em nossa história. Assim como o consumidor final foi afetado. Nós, enquanto indivíduos, também tivemos de adaptar vários aspectos das nossas vidas e lidarmos com diversas transformações funcionais e emocionais. Nesse contexto, as pessoas de um modo geral passam a repensar seus espaços para fazer deles um efetivo lugar de bem-estar. Como um antídoto contra a ansiedade. Um local onde podem realizar múltiplas funções, aliviar as tensões e ainda expressar sua personalidade.
Mas como, agora enquanto empresários, podemos adequar as práticas e os processos recorrentes ou mesmo substituí-los por novos modelos de negócios ainda não testados? Um risco? Bem, talvez. Mas um risco inevitável. A verdade é que essa mudança aconteceria de uma forma ou de outra. “Muitos dos inputs com os quais a Berneck trabalha hoje foram levantados bem antes da pandemia. O que acontece é que questões como a do isolamento social, por exemplo, acabaram por acelerar tendências. Fazendo com que tenhamos que encará-las todas de uma vez”, explica a palestrante.
Estilo de vida como alvo
Isso tudo transformou também a segmentação de design e venda. Que passa a focar cada vez menos em dados demográficos e mais em agrupar os consumidores por comportamento. Fator que de fato tem delineado às demandas de consumo, sobretudo nesse novo normal / novo morar.
“Já há um tempo considerável, o consumidor vem buscando mais do que um produto. Ele quer soluções para sua vida. Algo que possibilite com que ele se alimente melhor, durma melhor, trabalhe melhor, descanse melhor, entretenha melhor, organize melhor etc.”, enfatiza Andrea. Dessa forma, o foco deixou de ser em uma classe social, como vigorou por muito tempo, e passou a ser em lifestyle.
O que esse consumidor precisa para levar a vida que ele quer levar de forma otimizada e de tal maneira que ele se sinta valorizado? “Tudo isso faz com que não olhemos mais para um público-alvo. Mas para estilos de vidas, grupos comportamentais, independente de status social”, ressalta a supervisora de marketing e desenvolvimento de produtos da Berneck.
O design como agente solucionador do novo morar
E se nesse processo acelerado os móveis assumiram um papel de necessidade funcional e afetiva. Como uma extensão de quem somos e o que fazemos. O design, por sua vez, chega como o agente solucionador para um viver que se torna cada vez mais personalizável (consumo consciente e de identificação), compacto (tudo acontecendo em um mesmo espaço) e multi-propósito (a casa para além do morar: como hub de atividades e possibilidades).
Nesse sentido, a própria sociedade passa a enxergar melhor os múltiplos papéis que o design pode desempenhar. “O design passa a ser visto como um processo, como sempre foi, capaz de gerenciar várias questões, de produtos a serviços. Por isso, o bom design é sempre um reflexo do que está acontecendo na sociedade. Tanto da parte mais funcional, de entender como as pessoas estão vivendo e o que estão demandando. Aos mais abstratos, como conceitos e valores”, explica Andrea.
Para democratizar o design, porém, tornando essas soluções cada vez mais reais e possíveis em todas as escalas produtivas, inclusive na seriada, precisamos investir na preparação de toda a cadeia moveleira – fornecedores, equipe de vendas e compradores no varejo. Trabalhando juntos no levantamento das necessidades de seus clientes e na busca por respostas para incorporar estética e função de forma prática, acessível e integral. Cocriando o mercado do futuro.
Webinar Setor Moveleiro
E como esse futuro se parece, afinal? Multifuncional! Com o mesmo móvel atendendo não só a diferentes atividades, mas a diferentes necessidades e limitações (gerações, gêneros, espaços, mudanças e assim por diante). Entenda melhor na apresentação de Andrea Colin Corrêa.