Após um ano vivendo sob restrições de sociabilidade e mobilidade, buscamos cada vez mais por oásis ao ar livre. Um lugar onde possamos nos sentir soltos e renovar nossas energias com os olhos para o céu e não para o teto. Ao mesmo tempo que possamos manter o distanciamento social ainda tão necessário. Inclusive, com um fenômeno bastante interessante já em movimento: Os riscos sanitários das grandes cidades, combinado à flexibilização do trabalho por meio do home office, faz com que cada vez mais famílias deixem ou considerem deixar as grandes cidades para viver em áreas menos urbanizadas. Criando, assim, um movimento contrário ao que vimos nas últimas décadas, e que certamente já começa a afetar os os hábitos de consumo de móveis.
Diferente do que se possa imaginar, no entanto, o desejo é socializar e desenvolver laços, mas de maneira adequada e segura. Dessa forma, esses oásis ao ar livre oferecem uma mudança de cenário e um local para fazer conexões longe das multidões e aglomerações. Locais abertos onde se pode comer, fazer exercícios, socializar, relaxar e, por que não, comprar são essenciais para manter a saúde física e mental dos consumidores confinados.
Consumo de móveis: Levando o interior para o exterior
Ao mesmo tempo em que buscam essa experiência de mais tranquilidade e segurança que o campo oferece, é importante lembrarmos que o desejo por conveniência, conforme falamos aqui na semana passada (clique para ler), também é uma das dez principais tendências de consumo em 2021. Dessa maneira, os consumidores querem vivenciar esse oásis ao ar livre, mas não necessariamente abrindo mão de toda a praticidade da vida urbana.
Para acompanhar esse movimento, muitas empresas vêm adotando medidas sanitárias que possibilitem a realização de eventos a céu aberto para atrair consumidores de maneira segura para fora de suas casas. Além dos eventos em si, essas mesmas empresas tentam adaptar suas estratégias de desenvolvimento de produtos para abranger a tranquilidade da vida rural em ambientes urbanos. Dessa forma, então, tentando atender melhor aos consumidores insatisfeitos com os “perigos da superurbanização”.
Oásis ao ar livre: Perspectivas
Com isso, a Euromonitor International — líder mundial no fornecimento independente de pesquisa estratégica de mercado — acredita que as marcas poderão replicar suas unidades internas em espaços abertos. Construindo, então, estruturas temporárias e aperfeiçoando seu atendimento. Integrar os recursos do “oásis ao ar livre” será essencial para que organizações dos mais diversos setores, incluindo o varejo e o consumo de móveis, voltem a atrair clientes para as lojas físicas e consolidar a fidelidade deles.
A adoção de modelos de negócios com alternativas para condições climáticas adversas e a abordagem dos riscos sanitários serão as principais táticas no atendimento aos consumidores que se adequem a esta nova tendência de consumo. As empresas precisam criar os próprios Oásis ao Ar Livre. Dependendo do clima, a adaptação pode ser complexa e cara. Mas o investimento na construção de estruturas em locais abertos será compensado pelo aumento na demanda de espaços seguros e pela atração que tal conceito exerce sobre o consumo de móveis e demais artigos – de roupas a alimentos.