Hoje, lavar as mãos com mais frequência e usar máscaras em locais públicos são hábitos comuns. A “Obsessão por Segurança” é o novo normal, inclusive nas dinâmicas de consumo. Dessa forma, o medo do contágio e a circulação de informações sobre questões de saúde aumentam a demanda pela disponibilidade de produtos de higiene nas lojas e escritórios, bem como a busca por soluções que não requerem contato físico, elevando os padrões de segurança no atendimento e na entrega de produtos e serviços.
As empresas, claro, devem implementar inovações e medidas estritas de segurança voltadas para a mitigação das preocupações dos consumidores. As primeiras respostas vieram dos setores de serviços e pagamentos. Diante da relutância dos consumidores em visitar lojas lotadas e interagir com humanos, portanto, grande parte do varejo se adaptou rapidamente, oferecendo serviços de pedidos on-line. Restaurantes e supermercados até apostaram na entrega por robôs e drones.
Sem contato e sem dinheiro
Métodos de pagamento sem contato, por exemplo, estão em alta devido ao medo de muitas pessoas em lidar com dinheiro sujo. O mundo todo, aliás, já estava adotando métodos de pagamento sem dinheiro em espécie ou cartões tradicionais, mas a pandemia acelerou ainda mais esta transição. No Brasil, um ótimo exemplo de forma de pagamento que vem se popularizando em 2021 é o PIX. Nosso colunista Pedro Bloch, especialista em e-commerce e marketplace, deu cinco dicas de ferramentas para ampliar as vendas virtuais, leia aqui.
Além de soluções tecnológicas, os consumidores querem também aparelhos com álcool gel e ambientes desinfetados. Eficiência e limpeza, portanto, já não são negociáveis. Tornaram-se itens mandatórios para os consumidores que têm Obsessão por Segurança: nome cunhado pela Euromonitor International para designar uma das dez principais tendências de consumo global em 2021.
Os fabricantes, então, estão lançando produtos de valor agregado para acompanhar o aumento da conscientização em torno da saúde e atender aos novos padrões de higiene. Dessa forma, a COVID-19 estimulou inovações em que a desinfecção era uma característica essencial do produto. Como o ar condicionado auto-esterilizante desenvolvido pela Haier ou a superfície com tecnologia de proteção anti-Covid oferecida pela Guararapes. As vendas globais de aspiradores de pó, especialmente dos modelos a vapor, dispararam com a alta demanda por meios de desinfecção de ambientes.
Obsessão por segurança: Perspectivas
É possível afirmar, enfim, que segurança e saúde nortearão o comportamento dos consumidores daqui em diante. Em todos os setores, as empresas devem desenvolver iniciativas robustas de higiene para lidar com a crescente preocupação nesta área.
As marcas que integrarem recursos excepcionais de desinfecção aos produtos e serviços, assim como garantirem um ambiente seguro para seus funcionários — e, claro, usem o marketing para comunicarem essas ações — atrairão consumidores no novo normal.
Vendas on-line e operações autônomas também deverão ser amplamente adotadas onde for possível minimizar as interações humanas desnecessárias. Com tudo isso, à medida que os consumidores recorrem às suas necessidades, uma marca com uma imagem confiável e que transmita segurança será um ativo intangível para as empresas.