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Oportunidades para a indústria brasileira de móveis no mercado italiano

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Mercado italiano – Que a Itália é uma referência no design e na indústria moveleira, isso não é novidade, com o maior circuito do setor no mundo, a Semana de Design de Milão, tendo ocorrido entre os últimos dias 06 e 12 de junho, recebendo cerca de 400 mil visitantes dos mais variados lugares do planeta.

Além disso, o país posiciona-se também como a 8ª maior economia do mundo e, ainda, como a 17ª economia mais complexa, segundo o Índice de Complexidade Econômica (ICE), o qual utiliza a pauta exportadora de um país para medir a sofisticação tecnológica da sua produção.

Com a indústria de móveis italiana desempenhando um importante papel tanto em esfera mundial como na dinâmica econômica do próprio país, que é o quarto maior produtor de mobiliário do mundo.

Mercado de móveis e colchões na Itália

De acordo com o “Estudo de Oportunidades para Empresas com Potencial e Exportadoras – Edição Itália”, desenvolvido pelo IEMI – Inteligência de Mercado com exclusividade para os associados do Projeto Brazilian Furniture, de iniciativa da ABIMÓVEL (Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário) e da ApexBrasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos),  entre os principais fatores que explicam a popularidade dos móveis italianos está o fato de que a indústria moveleira do país está sempre na vanguarda em termos de design e qualidade, além do peso que a arquitetura italiana possui na definição de novas tendências mundiais.

É verdade, portanto, que o país conta com uma baixa abertura comercial quando se trata da importação de móveis, visto que apenas 15,6% do consumo aparente foi suprido pelo produto estrangeiro nos últimos anos. Por outro lado, uma parcela expressiva da produção Italiana de móveis e colchões é orientada para o mercado externo, considerando que, em 2020, 47,3% da produção foi enviada para o exterior.

Dessa forma, como explica a ABIMÓVEL em comunicado, dando abertura para empresas de fora, como as brasileiras. Em especial àquelas que cumpram com os requisitos do exigente mercado de consumo italiano e que tenham boa experiência em exportação, tais quais as empresas do Projeto Brazilian Furniture.

Dentre os principais fornecedores de móveis para a Itália, o Brasil emprega o segundo maior preço médio, embora ainda possua uma baixa participação como fornecedor deste mercado. “Logo, é possível inferir a partir deste indicador de preço, de maneira geral, que parte dos móveis exportados pelo Brasil para a Itália estão direcionados, justamente, ao mercado de maior valor agregado, implementando-se matérias-primas de categoria premium e foco em inovação na concepção do mobiliário”, pontuam os especialistas da ABIMÓVEL.

Oportunidades para os móveis brasileiros no mercado italiano

No tocante aos canais de compra, os italianos estão cada vez mais motivados a realizar compras on-line. Segundo dados disponibilizados pela Netcomm, Consórcio Italiano de Comércio Eletrônico, em 2020, cerca de 29 milhões de consumidores (48,7% da população) preferiram realizar compras online.

Além disso, a maior parte deste público é multicanal. Isto é, compram tanto em lojas físicas quanto no e-commerce. Uma parcela menor, cerca de 20,8%, utilizou a internet para coletar informações sobre o produto e efetivar suas compras em lojas físicas.

Outro fator interessante a se observar é que de acordo com os dados divulgados pelo Banco italiano UniCredit, o país vem registrando uma crescente preferência por produtos sustentáveis.

Cerca de 85% dos consumidores acham que os produtos sustentáveis têm melhor qualidade e são mais inovadores. Entretanto, sete em cada dez deles não comprariam um produto sustentável que custe 10% a mais que um não sustentável. E apenas 1% dos consumidores comprariam os produtos sustentáveis caso houvesse um aumento de 20% no preço. Realidade que vem crescendo ano após ano e pode ser muito benéfica para as exportações das indústrias de móveis brasileiras.

“A indústria brasileira do mobiliário já tem a sustentabilidade como meta, tanto ambiental quanto econômica e social há muito tempo, estando entre as que mais têm certificações que comprovam práticas de sustentabilidade em seus processos: cerca de 99% das empresas exportadoras de móveis no País têm algum tipo de certificação”, ressalta a ABIMÓVEL.

Entre elas, destacam-se certificações como o Carbono Zero e o FSC (Conselho de Manejo Florestal), que comprovam, por exemplo, a neutralidade de emissão de carbono, a origem da madeira empregada nos móveis e o impacto dos processos de produção no meio ambiente. Atestando a melhoria contínua da qualidade, agregando valor às marcas e produtos brasileiros, bem como atestando indicadores de práticas sustentáveis que atuam como normas padrões para exportação.

Semana de Design de Milão 2022

Com ações tanto no Salone del Mobile.Milano como no Fuorisalone, a ABIMÓVEL, em parceria com a ApexBrasil, levou mais de 39 empresas e 24 designers brasileiros para a capital mundial do design neste ano.

Ao todo, as empresas expositoras associadas ao Projeto Setorial Brazilian Furniture fizeram cerca de 1713 contatos de negócios com compradores internacionais de diversos mercados durante a semana, sendo 89% deles contatos inéditos para essas marcas.

Somando, assim, mais de US$ 36,4 milhões em negócios realizados e prospectados. Sendo mais de US$ 1,38 milhões em negócios imediatos e US$ 35,05 para os próximos 12 meses a partir do evento.

Confira os principais números alcançados pelas empresas do Projeto Setorial Brazilian Furniture durante a Semana de Design de Milão 2022:

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