Paradoxo da socialização: um retorno conflituoso à vida e ao consumo

Tendências de consumo — Os consumidores estão se aproximando de um retorno à vida pré-pandêmica de maneiras diferentes, com base na busca por diferentes níveis de conforto. Isso porque, alguns deles estão ansiosos para retomar suas atividades de forma total, enquanto outros ainda hesitam, criando o “paradoxo da socialização”.

Para responder a este paradoxo, então, as empresas devem fornecer soluções integradas e várias opções em todos os canais. Isso, claro, sem sacrificar a experiência.

O que, sim, sabemos não ser tão simples assim. No entanto, 47% dos profissionais ouvidos no último ano pela Euromonitor International, já sabiam que explorar novos modelos de negócios — como marketplaces ou venda direta ao consumidor — seria uma prioridade estratégica para sua empresa nos próximos 12 meses.

Hábitos flutuantes desafiam modelos de negócios

A recuperação está no horizonte. Em 2021, 51% dos consumidores esperavam que a vida deles fosse ser melhor nos próximos cinco anos. O paradoxo da socialização define as muitas maneiras pelas quais os consumidores estão retornando à sua rotina normal. Alguns consumidores se acostumaram com a vida no confinamento e continuarão comprando para consumir em casa. Outros ficaram “inquietos e rebeldes” durante o auge da pandemia e estão prontos para voltar a participar plenamente da sociedade.

Entre essas duas preferências estão os que desejam uma nova forma de normalidade, dispostos a se aventurar em atividades selecionadas, mas ainda são cautelosos e estão preocupados com a saúde.

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Agilidade entre fases de recuperação no consumo 

Em vista desses contrapontos, as empresas mudaram e mostraram resiliência. Oferecendo, entre outras questões, opções digitais para compensar as visitas físicas. Sabendo, dessa forma, que os modelos de negócios híbridos precisam criar uma experiência integrada para o cliente, independentemente do canal.

À medida que o foco muda da sobrevivência para o crescimento, portanto, marcas que implantarem esses modelos conseguirão fazer mais facilmente a transição entre as fases de recuperação.

Políticas flexíveis, como isenção de taxas de cancelamento, por exemplo, também podem acomodar as variações nas restrições e os diversos níveis de conforto para o consumidor.

Nesse mesmo universo, embora esses consumidores façam compras on-line por conveniência ou segurança, eles também anseiam por conexões interpessoais significativas. Usar uma abordagem mista para atender ao novo normal de consumo, portanto, será crucial.

Perspectivas para os consumidores que vivem o paradoxo da socialização

O paradoxo da socialização é uma fase comportamental que influencia os hábitos de consumo. Os consumidores querem socializar, mas exigem uma abordagem flexível. Para tanto, as empresas devem ser receptivas e fornecer uma experiência integrada com soluções inovadoras e adaptáveis.

O trabalho remoto e os eventos virtuais vão coexistir com os compromissos presenciais. Mas os consumidores querem ter a opção de escolha. As empresas precisam levar em consideração os oscilantes níveis de conforto. Modelos de negócios híbridos, desta maneira, vão colocar os consumidores no controle de sua experiência desejada.

Um bom exemplo disso, aliás, é o PAINEL SETOR MOVELEIRO, evento híbrido e itinerante organizado pela Plataforma Setor Moveleiro, com o objetivo de proporcionar uma visão integral do momento pelo qual o mercado de móveis atravessa, levando alternativas estratégicas para o futuro da cadeia do mobiliário no Brasil.

A última edição ocorreu no auditório do Intersind (Sindicato Intermunicipal das Indústrias do Mobiliário de Ubá) no dia 05 de abril de 2022. Mas toda a dinâmica foi transmitida também pelo youtube.com/setormoveleiro. Confira a íntegra do evento:

 

 

 

 

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