Na Pesquisa Industrial Mensal (PIM) referente ao mês de agosto, divulgada em 3 de outubro, pelo IBGE, os móveis figuram positivamente com um aumento de 5,1% na produção. Além disso, ao analisar as grandes categorias econômicas, observamos que os bens de consumo duráveis e os bens de capital apresentaram as maiores taxas positivas, com crescimento de 8,0% e 4,3%, respectivamente.
A produção industrial do país aumentou 0,4%, revertendo parte da queda de 0,6% no mês anterior. As influências mais significativas nesse crescimento incluem produtos farmoquímicos e farmacêuticos, com um aumento de 18,6%.
Os produtos de madeira contribuem negativamente com -13,9% para o acumulado do ano até agosto. Por outro lado, o acumulado de bens de consumo duráveis (4,1%) também mostrou crescimento frente a agosto de 2022.
Pesquisa Industrial revela quadro de “perde e ganha”
O cenário da indústria nacional segue um padrão de altos e baixos, refletindo um panorama de estabilidade. Em comparação com agosto de 2022, houve um avanço de 0,5%, após uma queda de 1,1% em julho. No acumulado do ano, a indústria apresenta uma redução de 0,3% em relação a 2022. Nos últimos 12 meses, a variação é negativa em 0,1%.
André Macedo, analista da pesquisa, destaca que a indústria permanece operando em um cenário de oscilações, mantendo-se próximo do mesmo patamar. Ele observa que, nos últimos 12 meses, houve três meses de variação nula. O analista atribui esse cenário à política monetária restritiva, mesmo com movimentos em direção à redução das taxas de juros.
Na opinião do economista Renan Luquini, “apesar do aumento recente, a indústria ainda não conseguiu estabelecer uma série consistente de altas, e há uma considerável volatilidade no comportamento de seus componentes quando se analisa a difusão, por exemplo”, menciona.
Por fim, vale destacar que o Boletim Macro da FGV IBRE, referente a setembro, também ressalta um conflito entre a política fiscal, que é expansionista, e a política monetária, que adota medidas restritivas para conter a inflação. Consequentemente, um conflito que pode dificultar uma redução mais intensa das taxas de juros no futuro, acrescenta a pesquisa.
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[Foto da capa: divulgação lançamento Móveis Kappesberg]