Pesquisa Mensal do Comércio – Primeiros dados a serem divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro d e Geografia e Estatística) em 2023 com relação ao varejo de móveis e eletrodomésticos, confirmam novo avanço no volume de vendas na categoria, que após crescer 2,5% na passagem de setembro para outubro, subiu mais 2,2% no mês de novembro de 2022.
Segundo indicadores apresentados pelo instituto na mais recente edição da PMC (Pesquisa Mensal do Comércio), o desempenho foi um dos melhores da pesquisa, que observou crescimento apenas em duas entre oito categorias na variação.
A venda de móveis e eletrodomésticos no varejo nacional até novembro, em volume, apresentou, então, recuo de 7,5% no acumulado do ano, não registrando crescimento desde agosto de 2021 (+2,6%). Na variação dos últimos 12 meses, a queda foi maior: -8,7%, com quedas consecutivas desde outubro de 2021.
Um bom indicador, contudo, é que além de ser superior ao resultado do mês de outubro, as vendas da categoria em novembro de 2022 também foram maiores do que em igual mês em 2021: +3%. Esta é a primeira vez desde março do ano passado (+7,2%) que o indicador anual apresenta variação positiva na categoria. O que sustenta, mais uma vez, o indicativo de restabilização no varejo a níveis similares aos do pré-pandemia.
As projeções do IEMI, aliás, divulgadas AQUI na Plataforma Setor Moveleiro na semana passada, apontam para um fechamento de ano 6,5% inferior ao desempenho das vendas de 2021, mas 2,1% superior ao de 2019, quando se trata do volume de móveis, descontando-se os eletrodomésticos, comercializados no varejo nacional em 2022: em torno de 388 milhões de peças.
Importante ressaltar, contudo, que diferente dos últimos anos, os móveis exerceram o maior impacto negativo na categoria tanto na variação mensal, com queda de 8,5% na comparação de novembro de 2022 com novembro de 2021; como no acumulado do ano passado, com o resultado de janeiro a novembro ficando 11,1% menor do que em igual período em 2021. Em 12 meses, houve recuo parecido: -11,5%.
Receita no varejo de móveis e eletrodomésticos
Quando o assunto é a receita no varejo de móveis e eletrodomésticos em novembro de 2022, esta também apresentou novo crescimento, +1,8%, em novembro frente a outubro, depois de ter crescido 2,3% no décimo mês do ano.
Tal faturamento é 10,1% maior do que o alcançado em novembro de 2021. Colaborando, assim, para um acúmulo de 3,7% no ano e de 2,3% em 12 meses.
A variação continua positiva ao ser observado o desempenho apenas no setor de móveis, sem contarmos as vendas de eletros. A receita das vendas de mobiliário no varejo em novembro de 2022 foi 4,7% maior do que em igual mês no ano anterior. Dessa forma, os resultados foram positivos em valores nominais tanto no acumulado de janeiro a novembro quanto em 12 meses: +2,6% e + 1,8%, respectivamente.
Para o fechamento de 2022, considerando-se a performance das vendas de mobiliário em receita, a expectativa do IEMI, como divulgada, é de +3,5% em relação a 2021. Devendo bater, então, R$ 109,3 bilhões em receita. Possivelmente maior, também, do que em 2019, quando foram comercializados R$ 90,4 bilhões em móveis no varejo nacional.
Ressalta-se, todavia, que tal comportamento de queda no volume, mas crescimento da receita no varejo de móveis é justificado especialmente pela evolução dos preços do mobiliário devido ao impacto inflacionário no setor ao longo de 2022, +16,56% até novembro.
Pesquisa Mensal do Comércio
Na passagem do décimo para o penúltimo mês do ano passado, as vendas no comércio varejista no país recuaram 0,6%. Nessa comparação, é a primeira vez que o varejo fica no campo negativo desde julho de 2022 (-0,2%). Com isso, o comércio varejista nacional se encontra 3,6% abaixo do maior nível da série, registrado em outubro de 2020; e 2,6% acima de fevereiro do mesmo ano último mês sem efeito da pandemia). No acumulado de janeiro a novembro, o varejo avançou +1,1% e, nos últimos 12 meses +0,6%.