A produção industrial do país variou 0,1% na passagem de maio para junho, sendo o segundo mês consecutivo com resultado positivo. Em maio, a indústria já havia avançado 0,3%, porém, ainda é uma taxa muito próxima da estabilidade. Na comparação com junho de 2022, o avanço é de 0,3%, demonstrando que o ritmo atual está aquém do necessário para o setor recuperar as perdas do passado. Esses dados são provenientes da última Pesquisa Industrial Mensal (PIM), divulgada em 01/08/23 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No acumulado do ano, a indústria nacional registrou uma retração de 0,3%, enquanto nos últimos 12 meses cresceu apenas 0,1%.
A indústria moveleira continua enfrentando desafios com uma queda de -2,4% em junho, após apresentar variações significativas nos últimos meses. Confira ainda nesta matéria os dados do setor na Pesquisa Industrial Mensal.
Produção Industrial Mensal (mês/mês anterior)
No resultado da Pesquisa Industrial Mensal um dos setores mais afetados foi o de bens de consumo duráveis. Esse segmento registrou uma queda de 3,9% em junho de 2023, na comparação com junho de 2022, interrompendo cinco meses consecutivos de crescimento nessa comparação. Já o setor de bens de capital teve um recuo de 10,3% e alcançou a 10ª taxa negativa consecutiva nessa comparação. Dentre as 17 atividades em queda, máquinas e equipamentos tiveram uma redução de -7,3%.
Vale ressaltar que o setor produtor de bens de capital e máquinas e equipamentos, é fundamental para o desenvolvimento econômico de um país, pois fornece os meios para modernizar e expandir a capacidade produtiva das indústrias.
Resultado de junho é impulsionado pelo extrativismo
Quando analisado o resultado da indústria nacional na passagem de maio para junho de 2023, somente uma das quatro grandes categorias econômicas e sete dos 25 ramos industriais pesquisados apresentaram crescimento na produção. A maior influência positiva veio de indústrias extrativas, que avançaram 2,9% em junho, após um crescimento de 1,4% em maio.
Ao comparar os resultados de junho de 2023 com o mesmo mês de 2022, observa-se na Pesquisa Industrial Mensal um avanço de 0,3% em junho na produção da indústria. Esse avanço foi registrado em duas das quatro categorias econômicas, em oito dos 25 ramos, em 34 dos 80 grupos e em 41,7% dos 789 produtos pesquisados. Mais uma vez, destacam-se as indústrias extrativas, com avanço de 11%.
Queda de -2,4% reforça desafios da indústria moveleira
A fabricação de móveis continua em declínio, registrando -2,4% no mês de junho, em comparação com -2,2% em maio. Esses dados refletem os desafios que o setor moveleiro tem enfrentado nos últimos meses. Em abril, houve uma pequena variação negativa de -0,2%, enquanto ocorreu uma forte retração de -4,1%. No entanto, em fevereiro, também houve uma leve recuperação de 0,4%, seguida de um avanço de 2,1% em janeiro na variação mensal.
Esses dados reforçam a importância de monitorar a produção industrial no Brasil, considerando os desafios enfrentados pelo setor e suas perspectivas para o futuro. A Pesquisa Industrial Mensal do IBGE é uma ferramenta essencial para compreender o cenário industrial e tomar decisões estratégicas.
O setor moveleiro continua a buscar estabilidade em meio às oscilações registradas nos últimos meses. A indústria enfrenta desafios tanto internos, relacionados à demanda e à concorrência, quanto externos, como questões econômicas e de logística.
Na enquete mensal realizada pela Plataforma Setor Moveleiro com a participação de importantes players do mercado, é possível constatar essas problemáticas gerais e a expectativa do mercado.
Enquete Mensal da Plataforma Setor Moveleiro
De acordo com a enquete realizada com aproximadamente 100 participantes, o mês de julho continua abaixo das expectativas para a maioria dos entrevistados (58,4%). Além disso, os meses anteriores também ficaram aquém do esperado para mais de 50% dos pesquisados.
É fundamental que as empresas do setor acompanhem de perto as tendências do mercado e busquem inovação e diferenciação para se adaptar às demandas dos consumidores e superar os obstáculos impostos pelo cenário econômico atual.
Os resultados da enquete mostram que a expectativa de rentabilidade dos participantes registrou uma queda de 8,7% em julho, em comparação com o mês anterior. Atualmente, o índice de maior expectativa é 14,9%, enquanto em junho eram 23,6% mais otimistas (confira no gráfico abaixo).
A expectativa de rentabilidade é uma variável crucial para o planejamento financeiro e estratégico das empresas. Compreender as tendências e mudanças nessa pode ajudar as organizações a enfrentar os desafios e capitalizar as oportunidades, assegurando a sustentabilidade e o sucesso em um ambiente de negócios em constante transformação.
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