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Previsibilidade econômica num ano de grandes eventos: inovação no processo de governança corporativa pode ser a chave

Fabio Fares, especialista em macroeconomia da Quantzed, espera uma verdadeira “festa do varejo” no período da Copa aqui no Brasil, com um consumo acelerado de pessoas que querem aproveitar o momento. 

Rodrigo Azevedo, economista e sócio-fundador da GT Capital Investimentos, prevê que empresas de varejo como Magazine Luiza (MGLU3) e VIA (VIIA3) tendem a se beneficiar com a compra de televisores maiores ou mais modernos, por parte dos torcedores.  

Não existem dados mapeados do varejo moveleiro, mas nesse ranking estão os segmentos que abastecem esses MONSTROS do varejo de móveis, vindos de vários POLOS do País. 

Alguns subsegmentos tais como ESTOFADOS, PAINÉIS e RACKS já deveriam estar lançando mão de campanhas para o fomento das vendas, já que esperamos PREVISIVELMENTE, que neste período do segundo semestre, a venda desses produtos tenham um aumento em razão da COPA DO MUNDO. 

Todos os anos existem comprovações, em análises da dinâmica do mercado moveleiro, que demonstram que o segundo semestre sempre é ruim para o comércio desses bens. Consequentemente, impactam na baixa produtividade nesses meses do ano (pouca demanda de compra pelo consumidor final, menos demanda dos lojistas para com os fabricantes). 

A competitividade vista como estratégia, portanto, pode impulsionar vendas, atrair novos negócios e até mesmo promover maior sustentabilidade no faturamento. Isso, já que nesses períodos do ano, sabe-se ser PREVISÍVEL o cenário econômico deficitário. 

Previsibilidade econômica é desafio

Para aqueles que não se recuperaram de uma tensa situação financeira no período de pandemia, arrastar déficits no faturamento para o fim do ano de 2022, pode ser fatal. 

Para que esse cenário previsível não comprometa ainda mais a tração da sua indústria, você empresário precisa “arregaçar as mangas” e se unir aos setores comercial, marketing, dentre outros para a definição das metas e objetivos para esse fim de ano. 

Para os que não perceberam, de outubro até dezembro teremos apenas cerca de 50 dias úteis, sem descontar, nesses, os dias em que teremos JOGOS DA COPA, somados à toda a carga de RETRAÇÃO vivida até o final das ELEIÇÕES.  

O cenário não é positivo! Manter uma estratégia e gestão alinhada com os custos, movimento comercial e perspectivas do mercado é necessário neste momento. 

Alerta: burocracias e governança corporativa

Um alerta, também, para o prazo das obrigações acessórias aos licenciamentos, alvarás e que, geralmente, em razão da queda de faturamento das empresas, são negligenciadas, com a ausência de investimentos em meio ambiente, questões sanitárias e obrigações trabalhistas, deixando as empresas ainda mais vulneráveis. 

Adicionalmente, neste 10 de janeiro de 2023 próximo, inicia-se a obrigatoriedade da internalização pelas indústrias, das novas regras da NR 01, que prevê todas as informações sociais formalizadas no sistema E-SOCIAL. 

Além disso, os estudos e laudos necessários, tais como o PGR – PLANO DE GERENCIAMENTO DE RISCOS e o LTCAT deverão estar atualizados. Bem como os mapeamentos de riscos ergonômicos, conforme NR17 e o PPP – Perfil Profissiográfico Previdenciário, dentre outros. 

O fato é que, analisando os cenários e confrontando-os, vemos a necessidade de investimento nas obrigações e ações mandatórias ambientais, sanitárias e trabalhistas (segurança e saúde ocupacional) contrapondo a queda brusca nos faturamentos e prejuízos no lucro global das empresas neste período. Gerando, assim, uma verdadeira receita do INSUCESSO.  

Inovação!

Inovar é preciso. Entender as oscilações do mercado tão somente não é o bastante. Precisamos agir e manipular as ações internas de nossas empresas para que surjam ideias e propostas novas e positivas para situações tais como essas. 

Inovar no jeito de vender, de anunciar, nos canais, nos meios de divulgação e na criação de parcerias e colaborações, podem ser alternativas. Aliado a isso, é tempo de introspecção e análise das obrigações ambientais que podem impactar a continuação de suas atividades, caso não cumpridas. 

Manter-se inerte e não se mover ao encontro de soluções para mudança nestes cenários, pode ser fatal. 

O período pede atenção, mas também pode ser de oportunidades

Dentre as principais obrigações trabalhistas desses períodos, podemos citar: pagamento do DÉCIMO TERCEIRO; renovação de estudos, exames, laudos; e também planos de saúde, medicina e engenharia do Trabalho. 

Atentem-se também para outras obrigações descritas em Convenções Coletivas  de Trabalho (Sindicais). Evite deixar este tipo de responsabilidade somente nas mãos do seu contador ou técnico de segurança do trabalho.  

Tome ciência de todos os prazos e tarefas que deva ser executada neste período, ainda, programe os custos e investimentos. Invista em tecnologia e em equipes de consultoria especializada. 

A previsibilidade e programação, com antecedência para o enfrentamento de cenários como o que iremos viver até o final deste semestre, é mais que importante. 

As empresas devem se preparar para o cumprimento dessa série de questões e isso deve ser levado a sério.  

Investir em conhecimento e consultorias estratégicas, pode ser o ponto-chave que irá impulsionar sua retomada das finanças de forma saudável. Já que não correrá risco de multas e embargos das atividades, o que já oxigena o cenário de riscos. 

O período pede atenção e união entre sócios, colaboradores e fornecedores. É um momento em que além das previsíveis situações que já se repetem anualmente (segundo semestre sempre tem cenário de baixas vendas e retração do mercado), estamos em ano eleitoral e COPA DO MUNDO. 

Ações contra o absenteísmo nas empresas devem ser pensadas. Pois, poderá haver evasão desses funcionários e faltas imotivadas. Colaboradores podem faltar ao trabalho para assistir aos jogos fora da empresa, além disso, pode haver o uso de bebidas alcoólicas, por exemplo, durante o expediente nos dias em que os jogos coincidirem com turnos de trabalho. Acidentes de trabalho podem ocorrer e estar atento a esses pontos é fundamental para um plano de ação preventivo eficiente. 

Um olhar mais amplo deve ser lançado nas nossas indústrias evitando que os impactos desses cenários impeçam a continuidade saudável dos nossos negócios. Isso é GOVERNANÇA CORPORATIVA

Sabemos que a jornada empreendedora no ramo moveleiro é hostil e dificultosa, mas para toda ela, conte com o GRUPO LEGALIZAR

Fique atento! Não terceirize a estratégia que cabe à você! 

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