O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou o levantamento da produção de móveis no primeiro trimestre de 2021. No comparativo com março do ano passado — primeiro mês de parada das fábricas devido à pandemia —, a alta foi de 35,8%. Vindo num ritmo crescente desde o início do segundo semestre de 2020, no entanto, a produção moveleira caiu 9,3% em março deste ano na comparação com o mês imediatamente anterior (fevereiro), segundo a Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF).
Não é difícil compreender estes números. Enquanto as restrições mais rígidas limitaram o volume produtivo no final do primeiro trimestre do ano passado, justificando o aumento significante no confronto com março de 2020; a estabilização da demanda combinada aos desafios relacionados à compra de insumos e matérias-primas para a produção de móveis já apontavam para um desaceleração da atividade fabril na indústria moveleira.
No acumulado do primeiro trimestre de 2021 frente a igual período do ano anterior, porém, a produção de móveis cresceu 14,7%. Resultado que demonstra uma atividade positiva e constante mesmo em meio a um período ainda turbulento. Já no acumulado dos últimos 12 meses, a alta registrada foi de 0,5%.
Além da produção de móveis: Indústria geral
Todos esses pontos levantados vêm impactando também a outros setores industriais no Brasil. Em março de 2021, a produção industrial geral caiu 2,4% frente a fevereiro, na série com ajuste sazonal. Frente a março de 2020, porém, a indústria geral avançou 10,5%, sétima taxa positiva consecutiva nessa comparação e a maior desde junho de 2010 (11,2%).
Com isso, o setor industrial brasileiro acumula alta de 4,4% no primeiro trimestre de 2021. O que confirma o ritmo de crescimento frente ao último trimestre de 2020, totalizando aumento de 3,4%. O acumulado em doze meses, porém, apresentou recuo de 3,1%.
Na semana passada trouxemos também os números da “Conjuntura de Móveis” — relatório encomendado pela Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário (ABIMÓVEL) para o IEMI – Inteligência de Mercado —, com os resultados referentes à produção de móveis e colchões, bem como das exportações, importações, emprego e varejo no setor moveleiro no primeiro bimestre do ano. Leia aqui.