Produção de móveis: o que dizem os números da Pesquisa Industrial Mensal?

Pesquisa industrial Mensal – Enquanto a produção industrial no Brasil teve leve variação positiva de 0,1% em abril sobre março, fechando, então, o primeiro quadrimestre deste ano com queda controlada de 3,4% sobre igual período do ano passado; a indústria de móveis vive um sobe e desce no volume produzido no ano, que acumula queda de -25% até o quarto mês.

Demonstrando ritmo inferior à média geral, portanto, e comprovando um momento delicado para o setor moveleiro nacional, após crescer em fevereiro (+0,7%) e cair em março (-4,5%), a produção de móveis em abril alcançou um avanço significativo, porém, na passagem do terceiro para o quarto mês do ano: +4%.

Quando comparado com o volume de produção de abril de 2021, contudo, o recuo ainda é alto: -11,6%. Lembrando que ainda vivíamos um aquecimento na demanda por móveis e colchões durante o primeiro semestre de 2021. Com a queda, portanto, sendo considerada “prevista” e “normal” para os especialistas da área.

Pesquisa Industrial Mensal: produção de móveis no Brasil

No acumulado dos últimos 12 meses, a produção de móveis acumula decréscimo de 16,7%, novamente a menor entre as atividades industriais.

Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Veja a evolução da produção de móveis no ano, segundo o IBGE:

Tabela_-_PESQUISA_INDUSTRIAL_MENSAL_-_ABRIL_2022_-_INDÚSTRIA

Com um início de ano complicado, portanto, espera-se uma reação positiva para o segundo semestre, quando, tradicionalmente, o setor alcança melhores resultados tanto na indústria quanto no varejo.

Indústria geral e cenário no País

André Macedo, gerente da pesquisa, explica que, embora modesta, há, sim, uma melhora no comportamento da indústria em geral no Brasil. O que, porém, ainda é insuficiente para compensar as perdas do passado, apesar de otimista.

Ele pontua que o ganho acumulado de 1,4% entre fevereiro e abril, por exemplo, ainda sequer elimina a queda de 1,9% registrada em janeiro. “Mesmo que nos últimos seis meses a indústria tenha mostrado cinco taxas no campo positivo, ainda assim está 1,5% abaixo de fevereiro de 2020 e 18% abaixo do ponto mais alto da série, em maio de 2011”, finaliza.

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