Produção e emprego – A indústria de móveis indicou recuperação no mês de maio de 2022, com aumento da produção, dos investimentos e do emprego no setor. É o que aponta a última edição da Conjuntura de Móveis, relatório mensal desenvolvido pelo IEMI – Inteligência de Mercado para a ABIMÓVEL (Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário).
O volume de móveis produzidos no quinto mês do ano foi de 32,6 milhões de peças. Representando, assim, uma alta considerável de 15,4% em relação ao mês anterior, com a indústria moveleira nacional retornando a níveis similares aos conquistados no decorrer do ano passado.
No acumulado dos primeiros cinco meses do ano, porém, a produção moveleira continua registrando recuo de 21,8%. Ainda assim, menor do que o observado no mês anterior, -24,9%.
Em valores, a receita da indústria moveleira alcançou o montante de R$ 6,3 bilhões em maio de 2022. Aumento de 15,8% sobre abril. No acumulado no ano, no entanto, a queda é de 12,3%.
Segundo a ABIMÓVEL, tais resultados se concretizam num cenário em que o consumo aparente de móveis e colchões, ou seja, o volume destinado ao mercado interno, foi de 31,1 milhões de peças. Um crescimento, portanto, de 15,8% em relação ao mês anterior.
No acumulado do período de janeiro a maio deste ano, contudo, o panorama ainda é de queda: -22,6% quando comparado com o mesmo período do ano passado. Nos últimos doze meses, o decréscimo registrado é de 17,7%.
A participação dos produtos importados sobre o consumo interno nacional, por sua vez, foi de 1,6% em maio de 2022.
Balança comercial
Em maio, aliás, o Brasil importou cerca de US$ 9,7 milhões em móveis e colchões. Número que representa uma alta de 11,9% na comparação com o mês anterior. Já no mês seguinte, em junho, as importações apresentaram queda de 27,4%, atingindo o montante de US$ 7 milhões.
Quando o assunto são as exportações de móveis e colchões brasileiros, em maio de 2022 foram exportados US$ 72,8 milhões no setor, uma alta de 10,2% sobre abril deste mesmo ano. Em junho, nova alta de 2,5%, atingindo o montante de U$ 74,6 milhões em peças exportadas.
Mais investimentos na indústria de móveis
Ao mesmo tempo em que a produção e as exportações sobem, crescem também os investimentos na indústria moveleira nacional. As importações de máquinas para fabricação de móveis apresentam aumento de 57,5% no acumulado do ano.
Os segmentos que apresentaram os maiores aumentos nesse período são:
- Outras (538,0%)
- Máquinas para fender, seccionar, desenrolar (84,7%)
- Máquinas para furar ou escatelar (33,0%)
Cresce também produção e emprego na indústria moveleira
Cenário em que cresce também as taxas de ocupação. O volume do emprego na indústria moveleira cresceu 0,1% no comparativo com o mês anterior. Número ainda tímido, mas colaborando para recuperar o ritmo de perdas do ano, que acumula queda de 7,8% de janeiro a maio e de 2,2% nos últimos 12 meses.
O número de horas trabalhadas também aumentou no mês de abril: +5,9%.
Aliás, houve crescimento em todos os aspectos analisados em relação à ocupação na indústria moveleira na passagem de abril para maio, assinalando recuperação do volume do emprego, da renda e da produtividade.
A média salarial apresentou um aumento de 4% na comparação, enquanto a massa salarial cresceu 4,2%, expandindo para R$ 285 milhões em maio de 2022. Já a produtividade do trabalho aumentou 8,9% no quinto mês do ano em relação ao mês anterior.
Varejo de móveis e colchões
Recuperação que reflete também no varejo nacional. As vendas em volume de peças apresentaram alta de 10,9% em maio no comparativo com o mês anterior, de acordo com o relatório
Como já divulgado anteriormente, porém, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o varejo de móveis não decolou em maio, mesmo com Dia das Mães — clique para ler.
Veja o resumo dos principais indicadores da Conjuntura de Móveis com dados de maio e junho de 2022: