Produção industrial ensaia avanço, mas ainda se encontra muito abaixo de nível recorde

Em fevereiro de 2022, a produção industrial no Brasil cresceu 0,7% frente a janeiro, na série com ajuste sazonal, eliminando parte da queda de 2,2% registrada no mês anterior. Frente a fevereiro de 2021, no entanto, houve recuo de 4,3%.

Com isso, vemos um contraponto: a indústria acumula queda de 5,8% no ano, mas cresceu 2,8% nos últimos 12 meses. Um ponto a ser observado como referência, portanto, se quisermos ter uma ótica mais abrangente da situação, é que a produção industrial no Brasil se encontra 18,9% abaixo do nível recorde alcançado em maio de 2011. Lacuna que deve ser superada para que possamos sentir efetivamente avanços reais na reindustrialização brasileira.

Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal, PIM-PF, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Produção industrial de móveis

Apesar do pequeno salto, ainda no campo da estabilidade, do primeiro para o segundo mês do ano, em meio às piores influências negativas entre as atividades está, infelizmente, o setor de móveis: -28,3% na média móvel trimestral e -30,7% no ano.

Na comparação de fevereiro com janeiro de 2022, porém, percebemos impulso positivo na produção moveleira no País, que subiu 3,3%. Dando-nos um sinal de que poderemos estar iniciando uma retomada, ainda que tímida, dos níveis de produção na indústria de móveis.

Importante ressaltar que a pesquisa do IBGE não faz diferenciação entre móveis residenciais, corporativos, escolares etc.

Cabe-nos aguardar, também, os resultados das movimentações geradas a partir das primeiras feiras do ano, que retomam suas atividades presenciais, aliás, bem como a proximidade de datas que tendem a agitar o comércio.

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