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Produção volta a cair na indústria de móveis em junho

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A indústria de móveis apontou recuperação no mês de maio de 2022. Foi o que indicaram os dados divulgados tanto pela ABIMÓVEL (Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário) quanto pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) no mês passado.

O que parecia indicar uma leve recuperação no ritmo de perdas do semestre, contudo, não se manteve no mês seguinte, junho, quando a produção de móveis caiu 1,5% em comparação ao quinto mês do ano.

Os novos indicadores são da Pesquisa Industrial Mensal (PIM-PF), desenvolvida pelo IBGE.

O resultado freou o crescimento assinalado no mês de maio em comparação a abril. Fazendo, dessa forma, com que o volume preliminar do acumulado do primeiro semestre deste ano, fechasse o ciclo com um declínio de 19,8% em relação a igual período no ano passado.

Menor resultado entre todas as atividades industriais. Distanciando-se bastante do valor, já negativo, acumulado pela indústria geral no período, que ficou na casa dos -2,2%.

Primeiro semestre 2022 x 2021

Sim, como sempre reforçamos, é importante relembrar o cenário em que tal comparação se constrói, com a indústria moveleira entrando nos primeiros meses de 2021 ainda devendo produto para o varejo, devido ao descompasso entre a oferta e a procura por móveis e colchões a partir da segunda metade de 2020.

O que acelerou a produção naquele momento, tanto pela demanda ainda aquecida quanto pelo fato de ela ainda não estar totalmente atendida em relação aos pedidos do ano anterior. Neste segundo caso, pelas diversas razões já amplamente comentadas, tais quais a falta de estoque na indústria e no varejo, bem como a escassez e a alta precificação de matérias-primas e insumos produtivos, que continuam prejudicando as mais variadas cadeias produtivas no Brasil e no mundo.

Análise do cenário na indústria de móveis

Realidade diferente da passagem de 2021 para 2022, quando a demanda passou a se mostrar reprimida não mais pela dificuldade em encontrar oferta, mas pelas limitações geradas por falta de renda e/ou crédito na economia nacional.

Período, portanto, em que tanto consumidores quanto lojistas se mostraram mais cautelosos, até mesmo por conta da alta da inflação, que elevou os preços na porta da fábrica e consequentemente no varejo; além da alta nos juros, que dificulta o acesso ao crédito; entre outras questões, como as taxas de desemprego e informalidade.

Com tudo isso, o acumulado da indústria de móveis nos últimos 12 meses permanece, então, negativo, agora com um recuo de 19,9%. Novamente a menor performance entre as atividades industriais, das quais falaremos mais na próxima semana, aqui na Plataforma Setor Moveleiro.

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